Lubrificação

[INFOGRÁFICO] 15 mitos e verdades sobre lubrificantes utilizados pela indústria

Responsáveis pela redução da fricção entre peças e a refrigeração de equipamentos, os lubrificantes são itens indispensáveis em qualquer processo de manutenção industrial.

Entretanto, seu uso ainda é cercado de dúvidas, principalmente no que diz respeito à aplicação correta dessas substâncias.

Poucos entendem o real funcionamento de óleos, pastas e graxas de lubrificação. Seja em oficinas mecânicas ou na linha de produção, não é raro se deparar com o senso comum de que “todo lubrificante é igual, e serve para qualquer coisa”.

No post de hoje, você vai conhecer 15 mitos e verdades sobre lubrificantes utilizados pela indústria. Confira!

1. “Lubrificantes para carros e motos podem ser usados na indústria, e vice-versa”

Mito. Lubrificantes de carro e motos foram desenvolvidos para trabalhar em motores à combustão, e portanto possuem aditivos com aplicação específica para essas situações.

Ao serem aplicados ao mundo industrial, essas substancias não terão o efeito desejado, podendo trazer malefícios ao maquinário e equipamento da linha de produção.

Na aplicação industrial, por outro lado, você tem a necessidade de outros tipos de aditivos e viscosidades, que diferem das especificações dos motores à combustão.

Dessa forma lubrificantes para carros e motos, se aplicados a uma engrenagem industrial, podem fazer com que ela quebre em questão de horas.

2. “Ao contrário do óleo para veículos, lubrificantes para a indústria não necessitam de aditivos”

Mito. Lubrificantes da indústria precisam de ainda mais aditivos do que os utilizados por carros e automóveis, dependendo da aplicação.

Aditivos são extremamente necessários para gerar uma produtividade extra dos lubrificantes, otimizando seu efeito em máquinas e equipamentos que trabalham sob condições ambientais típicas da indústria como: altas temperaturas, nível elevado de oxidação, extrema pressão, entre outras.

3. “Lubrificantes de qualidade não escurecem com o uso”

Mito. Na verdade, lubrificantes de qualidade precisam escurecer com o uso. Ao adquirirem uma tonalidade mais escura, eles cumprem seu papel de preservação da máquina, absorvendo as impurezas e os contaminantes externos e contribuindo com o bom funcionamento das peças.

Por atuarem como uma espécie de filtro, essas substâncias tendem a adquirir uma coloração mais escura com o tempo, atestando seu bom funcionamento.

4. “Um óleo industrial novo com a coloração escura está estragado”

Mito. Muitos óleos industriais apresentam a coloração escura antes mesmo do seu uso, dependendo da aplicação. Isso se deve ao óleo básico utilizado, que pode apresentar um alto nível de viscosidade, e aditivos específicos que apresentam naturalmente uma coloração escura.

Lubrificantes minerais de engrenagens e redutores industriais, por exemplo, são naturalmente muito escuros.

5. “Graxas, óleos e ceras lubrificantes têm o mesmo efeito no maquinário”

Depende. Todos funcionam de forma a proteger o maquinário, evitando o contato metal com metal e resfriando a peça. Entretanto, composições específicas de lubrificantes são destinadas a aplicações diferentes na indústria.

Peças que exigem o uso do óleo não serão beneficiadas pelo uso da graxa, e vice-versa. A escolha do produto ideal precisa levar em conta as especificações do maquinário, as orientações de fábrica e as normas regulamentadoras como a DIN, ISO e outras.

6. “Todos os lubrificantes podem ser utilizados em qualquer tipo de equipamento, sem especificação”

Mito. Não existe um produto universal. Substâncias lubrificantes são muito diferentes entre si, e carregam três parâmetros em sua composição: o tipo de óleo básico (mineral, sintético ou semissintético), a viscosidade (se ele é mais grosso ou mais fino) e as presença de substâncias químicas aditivas. Portanto, a proporção desses três elementos irá variar conforme o produto e sua aplicação na indústria.

7. “Lubrificantes sintéticos e semissintéticos são melhores que os minerais”

Verdade. Todo lubrificante passa por um processo de degradação ao entrar em uma máquina. Seja por oxidação, perda de viscosidade ou pela ação de agentes externos.

Entretanto, produtos de base sintética possuem uma composição “mais pura”, se comparados àqueles de origem mineral. Por não terem tantos contaminantes, produtos sintéticos apresentam uma resistência maior à degradação, oferecendo uma proteção mais prolongada ao maquinário.

8. “Lubrificantes sintéticos e semissintéticos são mais caros que os minerais”

Verdade. Bases de origem sintética necessitam de mais tempo, insumos e tecnologias para serem produzidas, o que eleva seu custo de fabricação.

9. “Lubrificantes são fundamentais à produtividade do maquinário e equipamentos”

Verdade. Um lubrificante de tecnologia superior e de alta performance pode proporcionar ao maquinário um rendimento acima da média.

Se aplicados corretamente em processos de manutenção, esses produtos podem não apenas garantir a vida útil do equipamento, mas também otimizar sua produção.

10. “Lubrificantes reduzem o índice de quebras do maquinário e equipamentos”

Depende. Nem todo lubrificante adicionado ao maquinário fará com que ele funcione corretamente. É preciso selecionar o composto específico, destinado à aplicação específica de cada processo.

Dito isso, produtos aplicados indevidamente podem ter o efeito oposto na linha de produção, acentuando a quebra de máquinas e equipamentos.

11. “A densidade é um item vital na escolha do lubrificante”

Mito. Ao contrário do que muitos pensam, a densidade não está relacionada à espessura do lubrificante. A escolha do produto ideal deve levar em conta a viscosidade, ou seja, a capacidade do líquido de se movimentar em uma mesma temperatura. Óleos com baixa densidade e alto nível de viscosidade podem ser bastante efetivos na indústria, e vice-versa.

12. “Lubrificantes de marcas renomadas garantem uma melhor performance do equipamento”

Verdade. Marcas renomadas são submetidas a um processo rigoroso de seleção e aplicação de matérias primas, com a realização de testes de especificação técnica antes, durante e após a fabricação do produto.

Além disso, produtos de renome são formulados conforme as normas e  especificações de fábricas e montadoras de máquinas e equipamentos presentes no mercado.

13. “Lubrificantes precisam atender a regras e regulamentações ambientais e de qualidade”

Verdade. Além de serem submetidos às especificações de montadoras, óleos lubrificantes precisam estar de acordo com normas estabelecidas por órgãos ambientais e governamentais diversos.

No Brasil, esses produtos estão sujeitos às regulamentações estabelecidas em lei pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Internacionalmente, esses produtos ainda precisam atender a padrões de qualificação como a DIN e a ISO.

14. “É possível avaliar a qualidade do lubrificante por meio do toque”

Mito. Muitas pessoas tentam avaliar a qualidade e viscosidade do óleo com o toque dos dedos. Entretanto, o toque humano não é capaz de captar com precisão características inerentes aos lubrificantes.

Esses elementos só podem ser aferidos com o auxílio de máquinas e equipamentos de  alta tecnologia.

15. “Lubrificantes filtrados podem ser reutilizados”

Mito. Essa prática é completamente errada. Quando o lubrificante é utilizado, mesmo se filtrando e tirando as impurezas, os aditivos que estavam lá originalmente para proteger o maquinário já foram gastos.

Por isso essas substâncias têm uma vida útil, determinada conforme o uso. Apesar de limparem parcialmente o óleo, processos de filtragem não repõem os químicos aditivos presentes no composto original.

Confira abaixo o nosso infográfico com os principais mitos e verdades!

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