Lubrificação

Processamento de minério: saiba quais os principais pontos de lubrificação dos equipamentos envolvidos

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Na planta industrial de uma mineradora, são muitos os equipamentos necessários. Fixos, móveis e, comumente, de grande porte, que suportam pressão extrema, esses ativos exigem atenção constante em relação a sua lubrificação. Afinal, problemas com contaminantes ou aplicações equivocadas podem ser a causa raiz de falhas graves. Aqui no Portal Inovação Industrial, já falamos sobre os principais pontos de lubrificação na mineração de maneira geral. Mas hoje o nosso foco está em uma das partes mais fundamentais dessa atividade: o processamento de minério.

Nessa etapa, cones, peneiras, bomba de rejeito, correias transportadoras e moinhos podem estar presentes. Isso porque não são todas as mineradoras que atuam da mesma maneira, portanto, existem diferenças significativas nos equipamentos envolvidos de uma empresa para outra. Mas para entender melhor as recomendações comuns a todas, conversamos com o especialista técnico da PETRONAS, Rafael Tavares. Neste artigo, trouxemos as observações mais importantes, bem como as indicações do profissional. Acompanhe.

Processamento de minério: conheça os principais pontos de lubrificação

Britadores

Responsável pela redução do minério, os britadores estão severamente expostos a muitos dos mecanismos de desgaste presentes na mineração. Os redutores industriais desses equipamentos, por sua vez, são considerados os componentes mais delicados quando o assunto é lubrificação. Isso acontece por conta dos perigos da contaminação na hora da aplicação. Afinal, a poeira e outros detritos sólidos provenientes da quebra das rochas podem facilmente entrar em contato com o lubrificante e, assim, circular por todo o sistema.

Esse fator faz com que, no cuidado com os redutores, o acompanhamento do óleo por meio de análises seja mais importante que se atentar à oxidação. “É muito mais comum o lubrificante precisar ser substituído por estar contaminado com particulados de ferro do que por chegar ao fim da sua vida útil”, explica o especialista da PETRONAS.

Indicação do especialista

Em relação às indicações, Rafael Tavares é taxativo: “ninguém melhor que o fabricante do equipamento para dizer qual insumo deverá ser utilizado. Isso porque, muitas vezes, eles são bastante explícitos sobre a base necessária, se sintética ou mineral”.

Para os redutores que necessitam de lubrificantes com base mineral, Tavares aponta o PETRONAS Gear MEP como uma excelente opção. O pacote de aditivos o torna uma solução para a utilização em caçambas, escavadeiras de rodas, dragas, lavadores, clarificadores e britadores da indústria da mineração. Como todos os produtos PETRONAS, foi submetido a diversos testes que comprovam sua qualidade e eficácia nesses sistemas.

Conheça o case: Como PETRONAS Gear MEP ajudou a superar condições extremas da mineração

Já nos casos onde a utilização de um material com base sintética é a recomendada, Tavares cita a linha PETRONAS Gear Syn PAO como a melhor opção. Ela consiste em lubrificantes de desempenho premium, desenvolvidos especialmente para diversos tipos de engrenagens fechadas, operando desde condições normais a serviços extremamente pesados. Sua fórmula inclui óleos básicos sintéticos com alto índice de viscosidade (PAO), enriquecidos com avançados aditivos inibidores de pressão extrema, antidesgaste, antioxidantes, antiferrugem e antiespuma.

Peneiras vibratórias

Na etapa do processamento de minério, as peneiras vibratórias são essenciais para realizar a separação do minério por tamanho. Como o próprio nome sugere, esse equipamento tem um ponto de atenção no que diz respeito à vibração. “O próprio trabalho da máquina pode fazer com que a graxa utilizada nos rolamentos seja expulsa dos trilhos. Além do desperdício, isso leva à lubrificação insuficiente, que deixa as faces metálicas em contato”, explica Rafael Tavares.

Indicação do especialista

Para garantir que a graxa aplicada ficará onde é necessário, Tavares comenta que existem duas opções. A primeira é utilizar uma graxa com aditivo sólido, já a segunda é apostar em um produto com adesividade maior. A recomendação, nesse caso, é a PETRONAS Tutela MRSC. Formulada à base de sulfonato de cálcio, é indicada para aplicações onde características extremas estão presentes, como a altas temperaturas e exposição à lavagem com água.

A PETRONAS Tutela MRSC possibilita múltiplas aplicações, com excepcional estabilidade mecânica, resistência à água, oxidação e corrosão, além das características de extrema pressão. Suas especificações, próprias para mancais altamente solicitados, sujeitos ao calor e à lavagem por água, proporcionam uma redução significativa na frequência de relubrificação. É adequada para o uso na faixa de temperatura entre “-19ºC e 180ºC”.

Guia da viscosidade em lubrificantes industriais

Correias transportadoras

Após o processamento do minério, ele é transportado para, então, ser estocado. Isso acontece por meio das correias transportadoras, que atuam sempre com cargas altíssimas. Dessa forma, um óleo lubrificante sem aditivo de extrema pressão pode não suportar a carga e se romper, deixando os metais em contato. E, com esse contato, o surgimento de micropitting é inevitável. Por conta disso, os rolamentos são os pontos de atenção mais importantes desse equipamento.

Indicação do especialista

A PETRONAS Grease LI EP 2, inclui óleos básicos minerais selecionados e enriquecidos com sabão 12-hidroxiestearato de lítio. Além disso, a fórmula contém avançados aditivos inibidores de corrosão, pressão extrema, antioxidantes e antiferrugem. A graxa de lítio é indicada para atuação sob extrema pressão e foi especialmente desenvolvida para aplicações multiuso e lubrificação de rolamentos planos e antifricção.

 Indicadores da manutenção industrial: o guia completo

Retomadora de minério

Por ser um equipamento bastante robusto, os pontos de lubrificação da empilhadeira-retomadora, como também é chamada, são muitos. Mas, segundo Tavares, ao analisarmos a máquina de forma compartimentada, podemos perceber que ela não exige uma grande variedade de lubrificantes. Mas isso não significa que a manutenção da empilhadeira-retomadora seja mais simples. A parada desse ativo pode prejudicar a cadeia produtiva ao interromper o abastecimento dos vagões ou estoques. Para evitar o colapso, os responsáveis pela manutenção precisam se atentar a dois componentes: redutores e sistemas hidráulicos.

Indicação do especialista

Nos redutores, a indicação geral é por lubrificantes minerais. Mas, em relação à viscosidade, cada um tem uma exigência. Isso porque, para determiná-la, é preciso examinar alguns fatores, como a rotação e carga”, explica Rafael Tavares. Para esse sistema, é recomendada a mesma aplicação do britador: o PETRONAS Gear MEP.

Já para os sistemas hidráulicos, a boa lubrificação garante segurança da operação e impacta diretamente no consumo de energia do equipamento. O PETRONAS Hydraulic ESF é o fluido hidráulico mais indicado. A formulação semissintética inclui óleos básicos rigorosamente selecionados e enriquecidos com melhorador de viscosidade ― polímeros orgânicos solúveis em óleo que o “engrossam” na medida em que ele aquece, de acordo com a temperatura operacional. Outros aditivos presentes são os antidesgaste, antioxidantes, antiferrugem e antiespuma.

Em relação à economia, proporciona uma redução direta de até 6% no consumo de combustível de equipamentos móveis. Já nos fixos, o desempenho é ainda superior: 10% a menos no gasto energético.

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