Embora os processos de aquisição para a lubrificação na indústria naval sejam similares aos de outros segmentos, esse setor merece atenção especial. Afinal, diferente dos demais, é necessário que os compradores estejam por dentro de muitos outros detalhes. Legislações, questões tributárias, logística, planejamento e detalhes técnicos aprofundados sobre os insumos negociados são alguns deles.
Diante de tantas questões, é natural que os profissionais tenham dúvidas acerca dos critérios mais relevantes. Para descobrir quais são eles, consultamos a equipe técnica da PETRONAS, especialista em lubrificação na indústria naval. Neste artigo, André Povoas, João Luís Sant’anna e Bruno Hauber comentam sobre os cuidados que se deve ter na hora de negociar com fornecedores. Acompanhe!
Saiba o que considerar ao adquirir produtos para a lubrificação na indústria naval
A primeira grande diferença da indústria naval para as demais quando o assunto é aquisição de insumos é que o preço não é um fator decisivo. Claro que o custo-benefício é algo buscado em diversos segmentos e não são apenas esses compradores que já entenderam que, nem sempre, o melhor preço representa o melhor negócio. Porém, quando falamos do transporte marítimo, esse ponto ganha ainda mais destaque.
Entretanto, por ser um processo que exige mais estudo dos compradores, existem outros pontos de atenção. Abaixo você confere os demais itens levantados pelos especialistas da PETRONAS.
1. Especificações técnicas
A viscosidade é, comumente, o aspecto técnico mais importante na hora de buscar a cotação de lubrificantes. “Na indústria naval, esse fator também importa, mas não é o único aspecto a ser observado. Isso porque os equipamentos são bastante distintos ― tanto entre si quanto entre os presentes em outras indústrias ―, o que faz com que o fornecedor precise de mais informações para indicar o melhor produto”, pontua Bruno Hauber.
João Sant’anna complementa: “o combustível utilizado é um bom exemplo por conta do percentual de enxofre do diesel utilizado. Quando falamos em veículos terrestres, falamos sempre de S10 ou S500. Enquanto isso, no transporte marítimo, estamos nos referindo a quantidades substancialmente superiores desse elemento, algo em torno de 3,5% e 4%. Sem contar que pode haver variações no percentual a depender do local. Esse detalhe tem influência direta na lubrificação na indústria naval”.
2. Portfólio completo
Quando se fala na lubrificação na indústria naval, muitos já restringem o pensamento ao óleo de motor. Não é para menos, afinal esse é um produto imprescindível, bem como responsável pelo maior volume de compra. Porém, os especialistas da PETRONAS pedem atenção para o fato de que não é apenas ele que deve estar a postos assim que o navio atracar.
“Mesmo que o vendedor consiga entregar 10 mil litros de óleo de motor em tempo recorde, se não conseguir suprir a demanda de outros 200 litros de lubrificante hidráulico, muitos problemas podem surgir. Há de se considerar também que buscar um fornecedor para cada insumo é inviável. Por isso, é preciso ter certeza que o parceiro suprirá todas as necessidades dos equipamentos sem falhas”, explica João Luís Sant’Anna.
3. Suporte técnico
Este, sem dúvidas, é um dos pontos mais importantes de serem observados durante a aquisição de insumos para a indústria naval. Como você pôde ver até aqui, são muitos os fatores que devem ser levados em conta na lubrificação na indústria naval. E, mesmo que exista um bom alinhamento entre compras e manutenção por parte do armador, ter o olhar de um especialista no assunto é essencial.
“A proximidade com o fornecedor é muito benéfica. Quando ele pode estar perto, conhecer os ativos com os quais o cliente trabalha, tem base para fazer sugestões muito mais acertadas”, explica Bruno Hauber. E isso não fica restrito apenas ao momento da compra. Ao desenvolver uma parceria estratégica, há um acompanhamento da performance que possibilita otimizar ainda mais a lubrificação na indústria naval.
Em relação a essa questão, André Povoas ainda comenta: “quando o navio chega no porto, há uma janela de tempo restrita que deve ser aproveitada ao máximo. Ou seja, a equipe técnica deve estar disponível para realizar as análises nesse tempo. Caso contrário, a permanência no porto acima do permitido gera multas altíssimas. Por isso, avaliar se o fornecedor tem essa capacidade de atendimento é um dos pontos de atenção mais críticos para os compradores”.
4. Tecnologia
Mesmo que a indústria naval tenha inúmeras particularidades, ela compartilha alguns objetivos com todos os outros setores. Os principais, como não poderiam deixar de ser, são o aumento da eficiência, saving e disponibilidade dos equipamentos. E os fornecedores de insumos têm participação direta no alcance dessas metas. Desse modo, a tecnologia utilizada no desenvolvimento das soluções tem papel fundamental na definição do melhor parceiro. Um bom exemplo vem do posicionamento global da PETRONAS, o Fluid Technology Solution.
Nele, a principal premissa é o foco no desenvolvimento e oferta de produtos e serviços adequados às necessidades de cada cliente de forma específica. Isso se dá de duas formas. A primeira acontece a partir de estudos de mercado que visam a guiar a formulação de graxas industriais e lubrificantes adaptados às exigências das principais OEMs de cada segmento. Os produtos são desenvolvidos de acordo com as recomendações dos fabricantes e, posteriormente, submetidos a rigorosos testes que comprovam a qualidade. Porém, as condições específicas de algumas indústrias, como a naval, podem exigir um estudo mais profundo. Assim, é possível desenvolver soluções tailor-made, ou seja, sob medida.
Para conhecer as soluções que a PETRONAS pode oferecer à lubrificação na indústria naval, entre em contato com a nossa equipe de especialistas. Aproveite e inscreva-se também no canal exclusivo do Portal Inovação Industrial no Telegram. Lá você recebe todas as nossas notícias e insights em primeira mão.