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[ENTREVISTA] CENIBRA discute Floresta 4.0 e fala da importância da PETRONAS como fornecedor estratégico de consumíveis

A Celulose Nipo-Brasileira, a CENIBRA, é uma empresa que, desde 1973, investe na construção de uma grande companhia de base florestal. Fundada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e pela Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. (JBP), opera a partir da transferência de tecnologia do Japão para o Brasil. Hoje, está presente em 54 municípios, onde implementa diversos projetos socioambientais, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da região.

A CENIBRA, por ser uma das maiores empresas do setor no Brasil, já vem inserindo um novo conceito em suas rotinas: a Floresta 4.0. Assim como acontece em outros segmentos, esse modelo de atuação levou mais eficiência às operações e, também, muitos desafios. Para entender melhor o panorama atual, conversamos com o Coordenador de Manutenção e Engenharia de Desenvolvimento da CENIBRA, Edvaldes José do Amaral.

Edvaldes José do Amaral, Coordenador de Manutenção e Engenharia de Desenvolvimento da CENIBRA

Neste artigo, trouxemos os principais pontos discutidos acerca da Floresta 4.0. Vantagens, desafios e a importância de parcerias estratégicas com fornecedores qualificados são alguns dos temas abordados a seguir. Confira!

Floresta 4.0: como esse conceito tem impactado o mercado

II: A Indústria 4.0 é bastante associada, ainda, aos parques fabris. Mas ela também se mostra nas florestas. O que, para o senhor, é a Floresta 4.0? 

C: O conceito de Floresta 4.0 está sendo construído rapidamente e, também, aplicado nos processos de gestão. Isso inclui, claro, a manutenção e operação nas atividades de colheita e silvicultura, assim como o uso de novas tecnologias para acompanhamento dos ativos florestais na produção de madeira para celulose e papel. Na Floresta 4.0 há o uso de inovações específicas para automação, transmissão e troca de dados, armazenamento em nuvem e sistemas integrados homem-máquina.

Então, pode-se dizer que a Floresta 4.0 busca promover um trabalho mais eficaz, que economize tempo e recursos, viabilizando a geração, monitoramento, envio e controle de dados como base de processos produtivos mais precisos. E, claro, isso amplia  a capacidade competitiva e assegura a empresa em termos de custo, qualidade, segurança e atendimento aos requisitos normativos.

II: O senhor comentou acerca dos processos de gestão. Como a Floresta 4.0 se mostra, internamente, nas empresas do setor de papel e celulose?

C: A aplicação do conceito de Floresta 4.0 já não é mais uma demanda silenciosa e não se mostra apenas na disponibilidade dos recursos tecnológicos. É, também, uma necessidade oriunda dos usuários nas empresas. Estas, exigem o desenvolvimento, individual ou de equipe, de um método de trabalho mais eficaz, ágil e a menores custos.

O objetivo, claro, é implementar as automatizações. Com esse ganho de velocidade que elas proporcionam, o colaborador passa a dispor de um maior tempo para realizar atividades mais especializadas, as quais agregam valor ao processo. Assim, o profissional se torna muito mais estratégico para o negócio.

Os desafios que a Floresta 4.0 traz para o setor

II: Quais os principais desafios que setor de papel de celulose enfrenta atualmente?

C: De forma geral, são muitos os desafios desse segmento. Dentre eles, estão os ligados ao setor de manutenção de equipamentos móveis, utilizados na colheita e na silvicultura. Nesse campo, é crescente a demanda por máquinas mais eficientes em relação à produtividade e à vida útil. Consequentemente, isso leva a novas necessidades quanto ao uso de materiais consumíveis, como combustíveis, lubrificantes e insumos de reposição.

Por isso, a área florestal busca soluções cada vez mais tecnológicas junto aos fabricantes e fornecedores de insumos. É preciso que elas sejam ótimas em relação ao custo, segurança e aspectos ambientais, sendo, sobretudo, sustentáveis.

A Floresta 4.0 vem repaginando o segmento de papel e celulose. A PETRONAS está alinhada com essa revolução e ajuda a levar toda essa transformação adiante com conhecimento, inovação e tecnologia. Veja mais sobre a nossa participação nesse setor:

II: A chegada da tecnologia nos equipamentos trouxe novos desafios em lubrificação?

C: Muitos. E eles crescem exponencialmente com a intensificação do uso de equipamentos, cada vez mais exigidos para o crescimento produtivo das empresas. A entrada da tecnologia embarcada traz, diariamente, novos desafios para fornecedores de consumíveis, como os lubrificantes. Eles estão, basicamente, ligados a essa maior exigência do trabalho, seja quanto ao tempo de uso ou em relação  à utilização em operações mais severas.

Essa nova condição operacional demanda um acompanhamento mais próximo das atividades de manutenção preditiva. Também, é preciso maior rigor no controle dos efeitos dos lubrificantes nos mecanismos. Isso porque eles são diretamente afetados pela qualidade do fluido, dos aditivos, frequência de reposição e controle de contaminantes. Nesse ponto, embora existam mais desafios, a tecnologia ajuda significativamente ao analisar os dados e entregar uma melhor condição para tomadas de decisão.

Como a parceria estratégica com a PETRONAS ajuda o setor a superar esses desafios

II: E a questão da sustentabilidade? Qual o panorama atual? Como a PETRONAS e a CENIBRA estão alinhadas a essa diretriz? 

C: A sustentabilidade dos processos produtivos é, hoje, premissa para a perenidade de qualquer indústria. Sem esse valor, a cadeia tem vida curta. O panorama atual na área de manutenção florestal mostra uma demanda crescente de atividades que exigem processos controlados em todas as suas etapas. As empresas estão alinhadas em maximizar o resultado do uso de recursos. Para isso, é preciso ampliar o uso de tecnologias para minimizar e controlar os efeitos ambientais.

II: Qual a importância da parceria com a PETRONAS para a CENIBRA?

C: Para a CENIBRA, a parceria com a PETRONAS fortalece a prática de melhoria contínua nas atividades de manutenção. Isso porque ela nos oferece soluções em lubrificantes, substituindo o conceito do simples fornecimento do produto. A sinergia criada por essa relação permite que os desenvolvimentos tecnológicos na aplicação de lubrificantes sejam rapidamente aplicados.

Então, há uma transferência de conhecimento. Isso é convertido em resultados rápidos nas demandas de redução de desgastes de componentes em equipamentos. Além disso, o estreitamento do relacionamento técnico e comercial permite obter ótimos retornos, tanto em termos de custo quanto ambientais. Dessa forma, a PETRONAS auxilia a empresa a fortalecer os seus valores de sustentabilidade nos seus processos.

Esta entrevista faz parte de uma série produzida pelo Inovação Industrial com clientes de diferentes segmentos da PETRONAS. Continue acompanhando o nosso blog. Cadastre-se, também, na lista exclusiva no Telegram e fique a par das novidades do cenário industrial brasileiro.

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