A manutenção em mineradoras é uma responsabilidade fundamental para a longevidade dos equipamentos, a redução de custos e, o mais importante, a segurança dos colaboradores. O ambiente na mineração é agressivo e hostil até mesmo para o maquinário desenvolvido especificamente para esse trabalho. Os equipamentos operam sob poeira e água, muitas vezes em tempo integral. Por isso, o desafio no gerenciamento de manutenção nessa área é grande.
E para esclarecer melhor sobre como funciona a manutenção em mineradoras, conversamos com Eliezer Vasconcelos, Assessor Técnico da Petronas Lubrificantes Brasil. Confira!
Desafios da manutenção em mineradoras
Em qualquer tipo de atividade industrial, gerenciar a manutenção é fundamental por quatro fatores principais: evitar que pausas não programadas prejudiquem o fluxo de trabalho, aumentar a longevidade dos equipamentos, minimizar quebras de máquinas e garantir a segurança de quem opera esse maquinário.
“Na mineração, isso não é diferente: muitas minas operam 24 horas por dia e 7 dias por semana para alcançar o máximo de produtividade, o que significa uma alta exigência das ferramentas empregadas neste trabalho” avalia Eliezer. Além disso, as grandes empresas investem em inovação e produtos de alto desempenho para minimizar ao máximo os custos, garantindo a lucratividade da operação.
Existem dois ambientes principais de trabalho no setor, e ambos podem ser considerados agressivos para o maquinário: o externo, onde caminhões, escavadeiras e correias transportadoras trabalham debaixo de chuva e expostos à muita poeira; e a parte de usinas, onde há britadores, peneiras vibratórias e outros equipamentos que ficam expostos a produtos químicos, contaminação por água e às vezes até mesmo pelo material extraído.
“O ambiente é muito agressivo, muito hostil, com poeira e água. Os equipamentos trabalham em condição de severidade muito grande”, aponta Eliezer.
O ambiente é realmente um ponto que diferencia a mineração, mas além dele existem outras especificidades da área que pesam bastante. Um descuido com a manutenção na mineração pode acarretar em um desastre ambiental de proporções elevadas, com danos pesados para a natureza, pessoas e um custo gigantesco com reparações.
O papel decisivo da manutenção preditiva
Uma regra básica da manutenção é que é sempre mais interessante realizar a manutenção preventiva dos equipamentos, evitando ao máximo a necessidade da manutenção corretiva, que é quando o maquinário quebra e a linha de produção para enquanto ocorre o conserto.
Mas na mineração, assim como em outros segmentos, um bom plano de manutenção preventiva não basta. É preciso investir fortemente na chamada manutenção preditiva, que envolve o acompanhamento constante de indicadores relevantes ao equipamento, como vibração, temperatura e outros.
“O que é muito adotado em mineração é a manutenção preditiva, com o acompanhamento do equipamento por meio de análises de vibrações, análises termográficas e análises de óleo”, considera Eliezer.
Com a manutenção preditiva, é possível antecipar quebras e tomar ações de correção antes que o prejuízo se torne maior. Se o nível de vibração de uma máquina atinge um grau muito elevado, por exemplo, pode ser necessário pausar e investigar o que está acontecendo, o que evita quebras e acidentes de trabalho.
Análises de óleo também são de grande importância, para garantir que os lubrificantes utilizados estão em boas condições, assegurando a performance do equipamento e evitando danos. Por isso, muitas mineradoras que ficam distantes de centros urbanos contam inclusive com laboratórios para realização dessas análises.
Cuidados com a lubrificação na mineração
Além da importância da análise do óleo regular, existem outras boas práticas que são adotadas por mineradoras em relação à lubrificação. Um destaque vai para a chamada lubrificação centralizada, também conhecida como lubrificação automatizada.
Com um sistema que distribui lubrificantes de forma automática para múltiplos equipamentos, a técnica da lubrificação centralizada reduz a chance de erros na manutenção e agiliza o trabalho executado. O segmento que mais utiliza esse tipo de lubrificação é mineração, porque diminui possibilidade de erros de lubrificação.
“Essa prática vem sendo muito aplicada em indústrias de forma geral e a mineração é líder nesse conceito”, observa Eliezer. “A grande vantagem é que não tem a chance de que uma pessoa cometa erros aplicando graxa ou óleo no ponto de lubrificação”, completa.
Outras preocupações recorrentes da lubrificação na mineração são os cuidados com o armazenamento dos lubrificantes, para evitar que eles percam suas propriedades ou sejam contaminados ainda no estoque; além da atenção com o plano de lubrificação.
Importante em qualquer segmento, o plano de lubrificação detalha como e quando essa tarefa será realizada em cada equipamento do maquinário. “Se você não executa bem o plano de lubrificação, o equipamento pode trabalhar com nível baixo de lubrificante e com lubrificante com prazo de vida útil ultrapassado. Isso aumenta a chance de parada do equipamento. Portanto, deve haver foco na execução do plano de lubrificação para que o equipamento trabalhe nas melhores condições possíveis”, acrescenta Eliezer.
Produtos PETRONAS indicados para manutenção no segmento
Já sabemos como a lubrificação é importantíssima para a manutenção de equipamentos na mineração, mas além do conhecimento técnico e de boas práticas, é essencial contar com os melhores produtos disponíveis. E a PETRONAS oferece as soluções certas para isso. No segmento de veículos (caminhões, carregadeiras e escavadeiras), a melhor escolha é o Urania K, Lubrificante multiviscoso 100% sintético, para os motores diesel turbinados com ou sem injeção eletrônica e naturalmente aspirados.
“Esse produto é recomendado para motores diesel de serviço pesado e operando em condições de alta severidade, possibilitando a extensão do período de troca do lubrificante e, consequentemente, maior disponibilidade do equipamento e de mão de obra, menor volume do lubrificante descartado e custo-benefício melhor do que lubrificante mineral” aconselha Eliezer.
A PETRONAS também tem a linha Tutela Transmission que atende fabricantes de equipamentos, óleos para transmissão e óleos hidráulicos. Esse produto é um óleo lubrificante para transmissão e sistemas hidráulicos de máquinas de terraplenagem.
Já as graxas no segmento envolvem tanto a parte de tração quanto a parte industrial. Nessa linha, as recomendações são a Tutela MR LX, a Tutela MR LM e a Tutela MR RM.
Por fim, vale a pena destacar também o Petronas Coolant UP pronto para uso, que é um produto de arrefecimento, que reduz ao extremo os riscos de parada.
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