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Oléo e gás: as perspectivas para o setor em 2019

O setor de óleo e gás brasileiro sempre passa por mudanças. Elas são decorrentes de alterações na economia, decisões do Governo e também por questões inerentes a esse mercado — como negociações, tendências e novos processos.

Pensando nessas questões e nas expectativas para o ano de 2019, elaboramos este artigo para explicar o que se espera para o setor. Falaremos sobre os desafios, as previsões, os impactos na economia e como aproveitar as oportunidades. Boa leitura!

Os desafios do Mercado de Energia no Brasil

Um dos grandes desafios do mercado de óleo e gás é identificar formas de maximizar o processamento e a saída da produção nos poços (processo que é geralmente chamado de output). Essa dificuldade decorre, principalmente, das variações da demanda e da durabilidade.

O investimento nesses poços é elevado e existem muitas variáveis que afetam o desempenho das distribuidoras. Elas precisam, por exemplo, analisar questões como:

  • condições mais favoráveis de preços;
  • incidência de impostos;
  • custos de transporte.

Tudo isso precisa ser considerado, evitando que seja necessário armazenar combustível extra (além da capacidade), ao mesmo tempo em que se previne a ruptura do estoque. Alcançar esse equilíbrio entre a diminuição dos riscos de faltas e excessos, é outro grande desafio.

Entender e gerenciar bem todos esses fatores (produção, investimento e estoque) é um ponto essencial para alcançar uma rentabilidade satisfatória, em qualquer lugar do mundo. Entretanto, considerando o cenário brasileiro, existem outras influências que tornam as incertezas ainda maiores, como:

  • a alta complexidade no sistema fiscal;
  • os custos logísticos (com as variações no custo do frete entre as regiões);
  • restrições de circulação de caminhões de grande porte em determinadas áreas (principalmente nos grandes centros urbanos).

Outro aspecto que vale ressaltar é a possível dificuldade de manter os níveis de eficiência alcançados durante a crise — mantendo o controle, a disciplina e a organização dos custos —, conseguindo acelerar a alocação de capital durante a retomada do crescimento.

Em outras palavras, em épocas de recessão, é normal que se adote uma gestão mais enxuta, com uma limitação maior em relação aos gastos. Nesse sentido, o desafio está em justamente manter essa consciência voltada para a eficiência ao mesmo tempo em que os investimentos passam a ser maiores de acordo com o crescimento do setor.

Já do ponto de vista do Brasil, o desafio está em estabelecer um ambiente institucional e regulatório mais estável, de forma que transmita mais segurança e confiança para os investidores. Em outras palavras, é preciso criar normas e oferecer mais garantias para atrair mais investimentos para a indústria.

Nesse sentido, a adoção de novas estratégias para o setor de óleo e gás — bem como para as energias renováveis — é uma linha que precisa ser mantida. A ideia é priorizar a criação de parcerias que ajudam a alcançar um bom ritmo de investimentos e o aumento do valor do pré-sal.

Otimismo para 2019: o que podemos esperar

Apesar dos desafios, a expectativa para 2019 está em clima de otimismo. Confira nos próximos tópicos, o que se pode esperar do setor para este ano:

Aumento da demanda

As previsões são de crescimento da demanda por óleo e gás na América Latina. Parte disso vem da perspectiva da melhora da economia este ano. Espera-se que o Brasil lidere o consumo de petróleo — o aumento esperado é de 33 mil barris por dia (bpd) em relação ao ano passado (20 mil bpd em 2018 para 53 mil bpd em 2019).

Aumento da produção

Em concordância com o aumento da demanda, espera-se que o Brasil apresente grandes taxas de crescimento. De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), esse aumento em 2019 está muito ligado ao crescimento que se espera dos novos projetos no Brasil.

Porém, ainda é preciso fazer essa análise com cautela. Essas estimativas dependem de ações adotadas pelos Governos e também da variação de preço de commodities (como o petróleo).

Geração de oportunidades no mercado de trabalho

A retomada do crescimento em 2019 também traz boas perspectivas para o mercado de trabalho. Com mais oportunidades e o aumento da produção (e da demanda), as previsões são de criação de novos postos de emprego no setor.

Aumento dos preços

Os preços do petróleo tiveram um aumento recente para a máxima de três anos e meio. Por outro lado, as ofertas globais se tornaram mais apertadas.

O impacto dessas previsões na economia do Brasil

Se o desempenho do setor alcançar os níveis estimados, podemos esperar certa melhora para a economia no país. Com a geração de emprego, essa melhora chega até outros setores, já que, com mais pessoas trabalhando, o consumo é mais estimulado.

Outro ponto que vale a pena citar é o aumento da segurança para os investimentos. Isso atrai mais dinheiro (incluindo de investidores internacionais), o que contribui ainda mais para melhorar a economia.

Como aproveitar as oportunidades

O crescimento do setor pode promover uma busca por parcerias de maior qualidade entre as empresas. Isso quer dizer que as prestadoras de serviços vão precisar encontrar meios de se diferenciar dos concorrentes — como é o caso de adotar boas práticas voltadas para a Saúde, a Segurança e o Meio Ambiente.

Além disso, o setor deve focar em oportunidades que indiquem uma combinação de um volume de produção considerável, ao mesmo tempo em que apresenta um custo reduzido para exploração e produtividade. Nesse caso, o pré-sal apresenta um grande potencial para o mercado.

Isso também abre margem para que as instituições do segmento se posicionem não apenas como empresas de óleo e gás, mas também de energia. Essa é uma excelente oportunidade para se destacar dos concorrentes.

Entretanto, não podemos pensar que o processo é simples. Devemos ter em mente que ainda existem diversos desafios a serem enfrentados, como a forma como essas mudanças ocorrerão na prática. A partir dessa realidade, é que se deve buscar ampliar o valor do óleo e do gás — considerando o cenário brasileiro, no qual existem altos volumes de reservas de petróleo que devem ser exploradas, isso se torna ainda mais importante.

Em suma, o mercado de óleo e gás brasileiro passou por diversas alterações negativas, mas agora vem apresentando boas perspectivas de melhora e crescimento, o que deve deixá-lo ainda mais competitivo. Consequentemente, podemos esperar mais eficiência operacional e investimento em novos processos relacionados a esses produtos — o que resulta em produtos com mais qualidade e valor para os clientes finais.

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