Manutenção Industrial

Manutenção de termoelétricas: como funcionam e quais os principais pontos de atenção?

Em 2019, antes de qualquer sinal da crise provocada pelo novo coronavírus, foi elaborado o Plano Decenal de Expansão de Energia, que visa a estabelecer os objetivos do segmento até o ano de 2029. No documento, a meta é clara: a desativação das termoelétricas a carvão, altamente poluentes. Entretanto, em 2020, o setor energético foi um dos mais atingidos pela crise sanitária e, em 2021, a falta de chuvas tem alertado para a necessidade de uso dessas usinas.

O Brasil tem grande parte da sua energia gerada por hidrelétricas (63,2%). As termoelétricas, por sua vez, ocupam o segundo lugar no ranking, correspondendo a 24,9%. As fontes primárias englobam, além do carvão, o gás natural ou de aterro, a biomassa e o óleo diesel. A indústria segue como a principal consumidora, registrando 28,2 milhões de metros cúbicos/dia, no acumulado entre novembro de 2018 e 2019.

Entretanto, essas usinas cumprem um papel importante ao abastecer as indústrias, liberando a rede elétrica desse fornecimento. Em muitos casos, a produção excedente de energia é, inclusive, disponibilizada para a rede. Devido à grande importância que as termoelétricas têm, é preciso mantê-las operando sob máxima eficiência. Essa necessidade leva a, claro, um maior empenho dos profissionais de manutenção.

Para conhecer melhor os pontos de atenção em termoelétricas, conversamos com os especialistas técnicos da PETRONAS, Bruno Hauber e João Luis Sant’anna. Neste artigo, trouxemos as principais recomendações e indicações para o bom desempenho das usinas. Acompanhe.

Gestão da Manutenção Industrial

Os 3 principais pontos de atenção em termoelétricas

Dependendo do combustível utilizado para realizar o aquecimento da água, os pontos de manutenção podem variar. Neste artigo, trouxemos os comuns a todos. Porém, os especialistas da PETRONAS dão um alerta especial em relação à lubrificação das usinas que realizam a queima de derivados de petróleo. Nessa modalidade de termoelétricas, a formação de fuligem é um problema bastante comum. Caso esse fator não seja controlado, o intervalo entre as trocas de lubrificante diminui e a vida útil dos sistemas fica comprometida.

Transformadores

Um estudo divulgado no XXIV Simpósio de Engenharia de Produção analisou o custo de manutenção de transformadores ao longo de 10 anos. Em equipamentos de 138kV, os reparos gerais, enchimento e secagem por meio de óleo mineral representam 71,45% dos gastos médios. Para otimizar os investimentos, é preciso conhecer as características principais dos componentes do ativo para determinar as prioridades nas rotinas de revisão.

Diferente de outros equipamentos, os transformadores são estáticos. Isso influencia diretamente no plano de cuidados que será adotado, uma vez que as necessidades do ativo são diferentes. Embora não existam danos corriqueiros ao maquinário industrial, como manutenção por conta de abrasão, é essencial dedicar atenção constante a outros fatores, como a conferência da pintura do tanque e a presença de partículas não condutoras no óleo, bem como a sua qualidade.

Turbina

Segundo Bruno Hauber, “a principal preocupação da manutenção em relação à turbina deve ser quanto à lubrificação. Por conta da velocidade em que ela gira e das cargas no eixo da turbina, o filme deve ser bastante resistente”.

João Luís menciona ainda a programação das paradas. “Como em qualquer setor, no energético um ativo parado é sinônimo de perda financeira. Por isso, os gestores estão sempre em busca de insumos que possam estender esse período. Quanto às turbinas, o lubrificante ideal deve ter uma excelente resistência à oxidação, o que evita a formação de verniz. Outro ponto de atenção é com relação à contaminação por água”, adverte o especialista.

Redutores

Os redutores estão entre os principais afetados por mecanismos de desgastes na indústria. “Eles são engrenagens, portanto, o micropitting é um problema bastante comum”, explica Hauber. Entretanto, a caixa de engrenagens está associada à turbina, o que faz com que o produto utilizado nela seja aplicável, também, nesse caso.

Algumas usinas ficam muito tempo paradas e são acionadas sob demanda. “Antes de colocá-las em operação, é preciso conferir a integridade do lubrificante. Por ficar muito tempo parado, ele pode oxidar, o que leva à necessidade de realizar uma filtragem desse produto”, comenta o especialista.

Conheça o PETRONAS Jenteram G: o lubrificante ideal para turbinas e redutores

Os lubrificantes PETRONAS Jenteram Series são fluidos de alta performance. Disponíveis nas versões G e Syn, oferecem excelente proteção antidesgaste e estabilidade térmica e oxidativa, essenciais para um bom desempenho em turbinas. Foram desenvolvidos para as que operam a vapor e a gás, além das que utilizam o ciclo combinado ― que já representam a maior parte dos equipamentos.

O PETRONAS Jenteram G (abreviação de gear) é um óleo mineral, recomendado para ativos com engrenagens. O produto tem, inclusive, homologação da TGM, a principal OEM do país. Entretanto, ostenta, também, outras especificações de performance:

  • ALSTOM HTGD 90117;
  • ASTM D-4304 Tipo I, II e III;
  • BRITISH STANDARD BS 489;
  • DIN 51515 Parte I e II;
  • DIN 51524 Parte I;
  • FIVES CINCINNATI P-38;
  • GB 11120-2011 L-TSA e L-TGA;
  • GENERAL ELECTRIC GEK-101941A;
  • GENERAL ELECTRIC GEK-32568K;
  • ISO 8068 L-TSA & L-TGA;
  • ISO 8068 L-TSE & L-TGE;
  • ISO 11158 HH e HL;
  • SIEMENS AG TLV 9013 05;
  • SIEMENS AG TLV 9013 04;
  • Solar ES 9224 Classe II.
Guia da viscosidade em lubrificantes industriais

Outra característica importante do PETRONAS Jenteram G é a formulação livre de zinco, um aditivo antidesgaste. Isso porque, mesmo ele sendo imprescindível para outras aplicações, tem fácil emulsificação. Como a capacidade de separar água e óleo é essencial para os lubrificantes de turbinas, esse componente deve ser evitado na sua composição. O que não quer dizer que a proteção contra o desgaste não esteja presente.

A fórmula é enriquecida com avançados aditivos antioxidantes, antiferrugem e antiespuma, o que proporciona alta proteção antidesgaste e contra a formação de verniz. Além da excelente estabilidade térmica e da oxidação, com um desempenho até três vezes mais duradouro.

Para conhecer todos os detalhes e a ficha técnica do produto, acesse este link. E para se manter por dentro de todas as novidades e entrevistas com especialistas do Inovação Industrial, cadastre-se no Telegram.

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