A gestão estratégica de custos é uma ferramenta voltada para a criação de valor, promovendo melhorias contínuas nos processos de toda a cadeia produtiva e contribuindo para o aumento da lucratividade.
O controle dos dispêndios em uma empresa permite monitorar a evolução dos gastos, além de ajudar a controlar o orçamento previamente definido. Quando é cuidadosamente realizado, consegue alavancar a eficiência dos processos e da tomada de decisões, consequentemente melhorando os resultados gerais.
E ainda é possível ir além, agregando valor aos produtos e serviços, o que aumenta a satisfação dos clientes e torna a empresa mais lucrativa.
Elaboramos este post para esclarecer melhor o conceito dessa gestão, explicar por que as empresas precisam implementá-la e aproveitar para mostrar como ela pode ser adotada na prática. Continue com a leitura para saber mais!
No que consiste a gestão estratégica de custos?
Resumidamente, podemos defini-la como uma análise dos custos com o objetivo de identificar e desenvolver estratégias mais acertadas, que contribuam para alcançar vantagem competitiva. Em outras palavras: o foco está na busca pela melhoria contínua da lucratividade e da competitividade.
Além disso, esse modelo de gestão tenta elaborar estimativas sobre qual será o possível cenário da empresa no futuro, considerando curto, médio e longo prazos. Para isso, toma como com base todas as variáveis que compõem o ambiente organizacional.
Nesse sentido, é preciso entender que existem os custos da produção, os custos administrativos e os de manutenção, entre outras diversas categorias, sendo que eles podem ser fixos ou variáveis. Essas são questões básicas para se implementar uma boa gestão de custos.
Por que as empresas devem apostar nessa gestão?
São diversas as vantagens de se implementar esse modelo de gestão na empresa. Confira a seguir as principais!
Diminuição de riscos
Uma gestão de custos eficaz viabiliza a análise antecipada dos riscos, bem como a possibilidade de elaboração de ações para evitá-los ou, ao menos, reduzir seus impactos nos resultados. Ao diminuí-los, consegue-se também minimizar as oscilações na produção.
Alinhando a gestão do custeio à estratégia produtiva, chega-se a um ponto de otimização da produtividade.
Aumento da competitividade
Outra grande vantagem é vista em forma de melhoria na precificação dos produtos e serviços. Conhecendo detalhadamente os gastos que compõem o esforço para se chegar às ofertas aos clientes, é possível definir um preço mais justo e, ao mesmo tempo, a uma margem de lucro mais satisfatória.
Na prática, apesar de cada empresa ter uma estratégia de preços definida, baseada em critérios próprios, todas elas dependem do conhecimento do custo dos produtos produzidos para conseguir realizar a precificação.
Redução de gastos
Com a mentalidade de que o custo ideal é apenas o necessário para produzir os itens com a devida qualidade, qualquer gasto que passe disso é supérfluo, podendo ser desconsiderado. Com esse tipo de análise, inicia-se uma avaliação dos processos produtivos, a fim de identificar o que é desnecessário. É o caso de:
- tarefas repetitivas;
- retrabalhos;
- paradas e perdas na produção;
- uso de insumos ou matérias-primas que poderiam ser substituídos por semelhantes, mas menos onerosos.
A partir daí é possível saber com maior precisão quais são aqueles pontos fracos que elevam os custos e se traduzem em desvantagens para os produtos. Com isso em mente, basta elaborar planos de ação para reduzi-los ou mesmo eliminá-los.
Avanço na lucratividade
Uma das principais análises a fazer quando o assunto é a gestão estratégica de custos diz respeito à margem de lucro obtida com as vendas. Para isso, é preciso calcular o resultado das receitas menos os custos.
A lógica é simples: quanto mais adequados forem os dispêndios, maior será a lucratividade, visto que sobra mais dinheiro para a empresa. Com um estudo cuidadoso, é mais que possível alcançar essa melhoria sem ser necessário reduzir a produção ou mesmo comprometer a qualidade dos produtos.
Melhoria de qualidade
Com uma boa gestão, pode-se trazer melhorias até mesmo dentro do próprio processo. É possível, por exemplo, identificar etapas que podem ser alteradas, eliminadas ou até adicionadas, ganhando-se com isso em produtividade, qualidade, redução ou adequação dos custos.
Com essa redução, também é possível trabalhar com mais margem em determinado produto, usando essa sobra para reinvestir na qualidade.
Conhecimento sobre o negócio
A melhor forma de se conhecer as atividades da empresa é entendendo sua linha de produção. E o melhor: por trás dela está toda a cadeia de custos. Fazer uma análise mais holística da linha de produção da companhia significa, portanto, ter amplo conhecimento dos custos.
É muito improvável uma pessoa conseguir fazer uma gestão de custos eficiente sem conhecer o chão de fábrica. Portanto, quando se conhece a área produtiva, os colaboradores passam a entender realmente a proposta do negócio.
Como implementar essa gestão na empresa?
A adoção da gestão estratégica de custos depende do modelo e dos objetivos dos negócios. Mas existem alguns pontos em comum, fundamentais para uma implementação bem-sucedida. Confira!
Revisão de processos
Antes de mais nada, é preciso investir no mapeamento e na revisão dos processos. Ao analisar o fluxo de trabalho e os recursos gastos em cada um, fica bem mais fácil identificar falhas e suas possíveis causas, pensando em ações para corrigi-las, alcançando resultados mais satisfatórios e reduzindo os custos.
Consumo de receita
O processo de análise também ajuda a identificar quais são os principais gargalos da produção, detectando quais deles consomem as maiores fatias da receita. Um bom exemplo prático disso é a execução de tarefas repetitivas ou desnecessárias, que não agregam valor ao produto ou serviço.
Mapeamento de custos ocultos
Um custo oculto é tudo aquilo que é difícil mapear e mensurar, podendo trazer problemas para a gestão e comprometer parte da lucratividade. Podemos citar como exemplos:
- falhas no processo produtivo.
- retrabalhos;
- defeitos;
- excesso de produção;
- excesso de movimentação interna.
Por não serem facilmente contabilizados e não fazerem parte do processo de custeio, acabam comprometendo a eficiência dos processos. Por isso, caso não sejam controlados, fica muito mais difícil implementar melhorias.
Continuidade das análises
Para garantir a eficiência dessa gestão, é preciso apostar em análises contínuas. Afinal, por maior que seja o grau de maturidade da empresa, é sempre possível encontrar alguma brecha para a otimização.
Controle dos custos
A disciplina é fundamental para manter a continuidade de uma nova ação implementada. Por isso, por mais que a gestão seja eficiente, não se deve deixar de realizar um controle minucioso dos custos, sempre com o objetivo de encontrar pontos de melhoria.
Além disso, podemos citar:
- a importância de contar com bons profissionais da área de custos;
- a realização de um gerenciamento inteligente, com decisões conscientes a respeito das reduções;
- a relevância de contar com um planejamento de custos para guiar as decisões.
Como gerir custos em manutenção industrial?
A manutenção é uma atividade de extrema relevância em qualquer cadeia produtiva — principalmente se feita de forma inteligente e preventiva. Desde que programadas, as paradas podem otimizar bastante a linha de produção, trazendo redução dos custos. Entre as dicas que podemos oferecer nesse sentido estão:
- invista em manutenção preditiva e corretiva;
- programe as paradas para períodos de menor trabalho;
- não coloque o foco na economia, pois é mais importante fazer uma manutenção cuidadosa.
Como você viu aqui, a gestão estratégica de custos é de suma importância para a indústria conseguir eliminar desperdícios e sanar tantos outros problemas que não geram valor para os clientes. Além disso, é por meio dela que se consegue aumentar a qualidade dos produtos e serviços, tornando a empresa cada vez mais competitiva no mercado.
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O meu maior espetativo é conhecer esta cadeira para com fim saber orientar os meus negócios, gerencia de custos dos meus produtos, consumo das receitas, controlo de custos…