Pode acreditar: a história dos lubrificantes é bem mais antiga do que você imagina. Milênios antes de usarmos compostos sintéticos em automóveis e equipamentos industriais, os egípcios já improvisavam troncos de madeira para facilitar o transporte dos pesadíssimos blocos de pedra usados em suas construções. Como isso chegou nos tecnológicos lubrificantes industriais é o que você vai descobrir ao acompanhar este conteúdo!
Ao longo dos próximos tópicos, vamos relembrar um pouco da história dos lubrificantes e como eles foram (ainda são, na verdade) importantes para o desenvolvimento da civilização humana. Curioso? Então fique atento!
Os lubrificantes dos engenhosos egípcios, gregos e romanos
Não vamos mentir: é difícil precisar quando o primeiro humano teve a ideia de usar algum composto líquido ou pastoso para reduzir o atrito entre peças móveis.
É possível que os lubrificantes tenham sido criados pouco depois da invenção da roda, mas de certo mesmo só podemos dizer que o primeiro registro confirmado de sua utilização é no Egito Antigo.
Isso porque algumas das grandes obras de Engenharia dessa civilização ainda estão de pé e, por isso, podem ser estudadas.
Egípcios
Para transportar blocos imensos de pedra (alguns com mais de 60 toneladas), os egípcios usavam galhos e troncos de árvores como uma espécie de trilho, arrastando os blocos sobre eles.
Sim, é uma tecnologia rudimentar, mas que, por si só, já segue os mesmos princípios de um lubrificante moderno: a redução do atrito entre 2 elementos em movimento relativo.
O primeiro vestígio confirmado de um composto pastoso usado como lubrificante surgiu só em 2600 a.C., também no Egito Antigo, mais especificamente nas rodas do trenó do faraó Ra-Em-Ka.
Para deslizarem, elas eram enceradas com sebo de boi ou de carneiro. Acredita-se que diversos outros tipos de lubrificantes eram usados pelos egípcios em seus veículos e suas engenhosidades.
Gregos
Quase 2 milênios depois, em 776 a.C., foram celebrados os primeiros jogos olímpicos da antiguidade na Grécia Antiga. Na estreia, uma das modalidades era a corrida de bigas, carruagens de guerra movidas a cavalos.
Para vencer a resistência ao movimento com mais facilidade, diversos tipos de gordura animal eram aplicados aos eixos e às rodas.
Além desse uso na competição esportiva, os historiadores estão convencidos de que os lubrificantes eram usados no cotidiano dos gregos, inclusive em combates. E o mesmo se confirma em um dos maiores impérios que já existiu: o romano.
Romanos
Dominando praticamente toda a região do mediterrâneo na Europa, os romanos se transportavam pelo seu vasto território em veículos que também eram lubrificados com gordura animal.
Há registros que confirmam essa utilização pelo menos a partir de 200 a.C., mas possivelmente essa já era uma prática anterior.
A evolução dos lubrificantes na idade média e nas grandes navegações
Há quem acredite que, durante a idade média, a Europa mergulhou em uma era de atrasos, sem nenhum tipo de desenvolvimento científico.
Mas não é bem por aí. Diversas invenções importantes surgiram nesse período, que começa após a queda do império romano, no século V, e se estende até meados do século XV.
O moinho é um exemplo clássico de mecanismo da época. Usando a força das águas ou dos ventos como fonte de energia, os moinhos eram capazes de triturar grãos com muito mais eficiência que as soluções anteriores, que faziam uso de tração animal ou humana.
Para funcionarem corretamente, eles eram lubrificados com gordura animal, que também era aplicada em diversos outros mecanismos, como portões de castelos, pontes levadiças e até trabucos, uma espécie de catapulta.
Na mesma época, os Vikings usavam óleo de baleia para lubrificar as articulações de velas e eixos dos lemes dos seus temidos dracares, grandes barcos que cruzaram os oceanos do planeta.
O óleo de baleia também foi empregado como lubrificante de navios na era das grandes navegações, no século XV. Muito provavelmente, Pedro Álvares Cabral chegou ao litoral brasileiro em caravelas com timões lubrificados pelo óleo de baleia!
O petróleo, por sua vez, que já era conhecido pela civilização há séculos, começou a ser aplicado timidamente como lubrificante por volta do século XVI, quando a expansão do uso de mecanismos com partes móveis exigiam compostos mais eficazes que a gordura animal — como a prensa inventada por Gutenberg em 1450 e difundida na Europa nos séculos seguintes. Nessa época, porém, a disponibilidade do recurso ainda era muito pequena.
O papel essencial dos lubrificantes na revolução industrial
No século XVIII, nossa civilização passou pelo que talvez tenha sido seu período mais transformador: a revolução industrial, que introduziu a mecanização das manufaturas e gerou um aumento exponencial da produtividade. Como resultado, a população cresceu e a expectativa de vida nos anos seguintes aumentou.
Eram usados diversos tipos de lubrificantes para garantir o bom funcionamento das máquinas industriais, o que incluía desde os primeiros teares mecânicos até os equipamentos mais avançados que os sucederam ao longo dos séculos.
Um ponto de virada acontece em 1859, quando um ex-maquinista norte-americano, Edwin Drake, perfura o primeiro poço de petróleo, a 21 metros de profundidade.
Em poucos anos, empresas já começam a explorar o petróleo comercialmente para que fosse usado em uma diversidade imensa de aplicações, incluindo a lubrificação de trens e dos primeiros automóveis.
A modernização dos lubrificantes na atualidade
A partir de 1866, o petróleo começa a ser melhor estudado. Inicialmente, era utilizado na lubrificação sem praticamente nenhum tipo de refino.
Ao longo das décadas seguintes, no entanto, foram desenvolvidos processos para isolar o óleo mineral lubrificante de alta viscosidade.
Em 1930, cientistas alemães começam o desenvolvimento de óleo sintético como uma alternativa para suprimir a alta demanda de lubrificantes para os militares do país, que ultrapassava a disponibilidade de petróleo na região. Durante a Segunda Guerra Mundial, tanto os óleos lubrificantes minerais como os sintéticos eram usados por todos os envolvidos no conflito.
E os lubrificantes não pararam de evoluir. Hoje em dia, são usados para diversas finalidades na indústria e nos automóveis, com variações dependendo da sua destinação.
Um óleo mineral de base naftênico, por exemplo, é feito para manter suas propriedades de lubrificação em baixas temperaturas, enquanto os diésteres, lubrificantes sintéticos com base em óleos de éster, são empregados nas turbinas da aviação civil em todo o mundo.
O avanço dos lubrificantes e o nascimento da PETRONAS
Após anos de lutas durante a Segunda Guerra, os então territórios britânicos na península malaia começam a se organizar em busca da independência. Inicialmente, viraram União Malaia, em 1946.
Depois, em 1948, Federação Malaia. Mas a independência só é efetivamente alcançada em 1957, sendo que, em 1963, com a entrada do norte de Bornéu e de Sarawak na federação, o novo país adota o nome de Malásia.
Ciente da importância estratégica do petróleo e do gás natural, o governo malaio funda, em 1974, a PETRONAS. Em alguns anos, já se transformou na companhia mais lucrativa da Ásia e uma das maiores empresas do mundo!
Entre as especialidades da PETRONAS está o desenvolvimento e a comercialização de lubrificantes para diversas aplicações, desde automóveis até máquinas industriais pesadas.
A empresa investe bastante na área e é uma referência em todo o mundo, com unidades espalhadas em diversos países, inclusive no Brasil!
E então, gostou de conhecer mais sobre a história dos lubrificantes? Aproveite para entrar em contato com a PETRONAS para saber mais sobre como usar lubrificantes mais avançados na sua empresa!
[…] Antes, utilizavam até gordura animal, o muito conhecido óleo de baleia e até mesmo o petróleo pu…Aplicavam em todos os equipamentos e em todas as máquinas, mas, ainda assim, o sistema de lubrificação não era eficiente e contínuo, com manutenção. […]
Quero tanto saber o nome do primeiro fundador, lubrificante do óleo de origem mineral
Gostaria saber quem na verdade foi o primeiro lubrificante que fundou o óleo de origem mineral
Olá Sérgio, tudo bem?
Primeiro, obrigado pelo interesse em nosso conteúdo. Sobre a informação que você que procura, infelizmente também não temos esse nome. Fizemos algumas buscas, e também não encontramos, só sabemos a história de maneira mais ampla mesmo. Caso você descubra, não deixe de passar pra gente também! Talvez possamos incluir no post para que mais pessoas tenham acesso a ela.
Obrigado mais uma vez pelo interesse! E continue acompanhando nosso conteúdos!