O cálculo da depreciação de máquinas é um dos mais importantes para a indústria. Saber o quanto, em valores reais, o desgaste dos ativos custa é fundamental para que outros cálculos sejam realizados, como o custo de produção e custo total dos produtos. Embora seja de suma importância para a saúde financeira do negócio, nem sempre as contas da perda de valor dos equipamentos são realizadas corretamente.
No artigo de hoje, você vai entender melhor os cálculos que revelam o quanto custa para a indústria, em especial o sucroalcooleiro, a depreciação de máquinas. Mas, antes de colocar tudo na ponta do lápis, é preciso entender melhor sobre esse conceito. Acompanhe.
Entenda o que é a depreciação
Todo e qualquer bem sofre ação da depreciação. Mesmo os seus fundamentos teóricos ainda não sejam unanimidade, inclusive na teoria contábil, um dos conceitos mais difundidos explica que depreciação é “o fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os bens imobilizados sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão e/ou perda de valor pelo seu uso” (Sá e Sá, 1995).
Deste modo, podemos dizer que depreciação é a perda do capital investido. Ao comprar uma máquina, é natural que ela perca valor financeiro ao longo do tempo. Saber de quanto é essa perda ajuda os gestores a entender de quanto, por mês, deve ser a reserva necessária para a aquisição de uma nova máquina ao fim da vida útil da atual.
A depreciação de máquinas é dividida em duas categorias.
Depreciação de máquinas por uso
Refere-se ao desgaste natural das peças e componentes por conta do seu emprego operacional. Incluem-se aqui também os fatores naturais, como ação de chuva, poeira e outras adversidades recorrentes às máquinas da agroindústria.
Plantadeiras, colhedoras, carros que compõem a frota, tratores e os equipamentos ligados à produção direta são os que sofrem maior perda de valor. Isso acontece, justamente, por seu uso intenso na lavoura.
Depreciação de máquinas por obsolescência
A obsolescência é a condição em que um ativo fica ultrapassado e pode se apresentar de três formas:
- Operacional: bastante comum em equipamentos que utilizam tecnologia. Ao ser lançada uma vantagem adicional, a versão anterior perde valor de uso;
- física: desgastes não relacionados à atividade desempenhada pelo ativo, como oxidação de peças;
- Econômica: acontece quando há mudanças legais de oferta e procura.
Agora que você já entendeu melhor o que é depreciação e como ela ocorre sobre as máquinas agrícolas, chegou a hora de saber como calcular esse valor. Continue lendo e saiba mais.
Como calcular a depreciação de máquinas na agroindústria
O cálculo de depreciação de máquinas leva em conta os seguintes dados:
- valor residual ― o valor que será obtido da venda do equipamento ao fim da vida útil;
- vida útil do ativo ― esse valor deve ser sempre estipulado em meses;
- valor investido na sua aquisição.
Nas tabelas disponibilizadas pela Receita Federal e pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é possível encontrar as taxas de depreciação anuais do maquinário agrícola, assim como a vida útil em horas e o valor residual dos equipamentos. É bom lembrar que as taxas variam de acordo com o equipamento, sendo essas fontes apenas uma base para compor os cálculos.
Para fins de exemplo, vamos considerar a compra de uma colhedora no valor de R$1 milhão. A vida útil do equipamento está estimada em 10 anos, ou seja, 120 meses. O seu valor residual, de acordo com a Conab, é de 25%. Desta forma, ao fim desses 10 anos, ela será vendida por R$250.000,00.
A diferença entre compra e venda é de R$750.000,00, sendo este o seu valor de depreciação. Este valor deve ser dividido entre os meses de uso do ativo na indústria.
Esse é o valor mensal de depreciação da colhedora para a indústria. Assim, tem-se um norte do capital que deve ser reservado todo mês para ser investido na compra de uma nova máquina ao fim da vida útil. Como falado anteriormente, esse valor deve ser considerado um custo de produção.
Este, claro, é um exemplo simplificado do que deve ser considerado na hora de calcular a depreciação de máquinas. Para um valor mais fidedigno, outros valores podem ser considerados, tais como:
- horas trabalhadas por hectare;
- capital imobilizado;
- seguro.
Como a manutenção influencia no cálculo de depreciação de máquinas
As ações em manutenção tem a clara missão de evitar o desgaste dos sistemas e aumentar a vida útil dos equipamentos. E isso tem impacto direto no cálculo de depreciação de máquinas. Caso seja comprovado, mediante laudo, que os reparos, consertos ou reformas aumentaram a vida útil do ativo, o valor investido nessas manutenções deve ser somado ao valor de aquisição.
Dessa forma, alteram-se dois valores fundamentais para o cálculo de depreciação: a vida útil do equipamento e o seu valor de aquisição. Nesses casos, um novo cálculo, com base nos novos dados, deve ser realizado. Agora, caso o cuidado preventivo não tenha como resultado o aumento da vida útil, os valores com manutenção seguem contabilizados como custo de produção.
Entretanto, a manutenção não deve ser levada em conta apenas para o aumento da vida útil do equipamento. Mesmo que esse tempo não aumente significativamente, a correta observância dos componentes tem relação direta com a produtividade e confiabilidade da produção.
Com um setor tão competitivo quanto a agroindústria, manter o ritmo das atividades na lavoura é questão de sobrevivência no mercado. Além disso, o impacto financeiro da ociosidade das máquinas é significativo: de um total estimado em R$8.688.309,98 de custos indiretos nos meses de colheita, R$4.741.200.00 referem-se apenas aos momentos em que o processo é interrompido.
Para garantir o pleno funcionamento das máquinas agrícolas, a PETRONAS oferece em seu portfólio uma série de especial de lubrificantes. Com atuações diferentes sobre componentes distintos, eles mantêm a função do ativo por mais tempo. A linha MECAFLUID P AGRO, inclusive, é utilizada para a manutenção externa dos equipamentos, preservando o aspecto original e aumentando, assim, seu valor residual. Se você quer saber mais sobre a linha PETRONAS com foco na diminuição da depreciação de máquinas agrícolas, entre em contato conosco!
Podemos considerar as taxas de Depreciação as mesmas em relação máquinas e equipamentos da mineração?
Olá Edison, tudo bem?
O cenário de máquinas e equipamentos agrícolas é bem diferente quando comparado ao segmento de mineração. Normalmente equipamentos de mineração ( caminhões, escavadeiras, carregadeiras) trabalham em média entre 15 a 20 horas por dia resultando em mais de 5.000 horas por ano. Alguns equipamentos do segmento agrícola atuam de maneira sazonal ( Colheitadeiras de algodão por exemplo trabalham 2 a 3 meses ) por ano.
Ouros pontos devem ser levados em consideração para preservação dos equipamentos:
Agrícola
Qual colheita realizada? Cana de açúcar por exemplo, os equipamentos são mais exigidos
Equipamentos operam em uma menor quantidade de horas por dia (4 a 5 horas por dia)
Ciclo de trocas de equipamentos é maior. Grandes empresas trocam seus equipamentos entre 8 e 10 anos de uso
É realizada manutenção preventiva e preditiva (Análise de óleo, por exemplo?)
Mineração
Qual material está sendo extraído? O mineral a ser extraído impacta diretamente no estado do equipamento.
Equipamentos operam em uma maior quantidade de horas por dia (15 a 20 em média)
Quantidade de reformas em equipamentos são maiores
É realizada manutenção preventiva e preditiva (Análise de óleo, por exemplo?)
No caso da depreciação, há necessidade de substituição de bens pelo desgaste do uso, ação da natureza ou obsolescência normal, fatores que influenciam diretamente no valor do ativo.
A consulta a órgãos especializados e/ou profissionais da área contábil também poderá ser muito útil nesta questão.
Esperamos ter respondido sua questão.Se tiver mais alguma dúvida, só nos enviar.
Obrigado pelo interesse.