Lubrificação

Regime severo: quais as características dos lubrificantes para essas condições

Embora os caminhões de transporte de cargas sejam bastante exigidos, ainda assim, esses ativos não são considerados como expostos ao regime severo. Isso porque durante o trajeto, as variações de velocidade são poucas, fazendo com que as condições não sejam tão duras. Por outro lado, os veículos que atuam na cidade, como os ônibus de passageiros e os que fazem a coleta do lixo, são altamente exigidos em vários sentidos.

Dessa forma, os processos da manutenção de rotina e, também, os insumos utilizados nesses veículos têm características diferentes das exigidas no modelo rodoviário. E para entender melhor quais são essas particularidades, conversamos com os especialistas técnicos da PETRONAS, João Luis Sant’anna, Bruno Hauber e Eliézer Vasconcelos. Acompanhe!

As particularidades dos lubrificantes com aplicação no regime severo

O “anda e para”, a baixa velocidade, cargas extremas e vias que, muitas vezes, estão longe de serem consideradas ideais, são algumas das características que classificam o regime severo de operação em transportes. Esses veículos pesados são altamente exigidos e o mesmo acontece com os insumos utilizados na hora da manutenção. Abaixo, você confere as principais recomendações dos especialistas da PETRONAS.

Óleo de motor

Embora diferentes, os veículos que atuam sob regime severo compartilham um ponto de atenção com os que fazem o transporte rodoviário: o motor. Todos eles utilizam o diesel e, dessa forma, estão expostos aos desafios que esse combustível impõe à manutenção. O principal deles, sem dúvidas, é em relação à formação de ácidos. Durante a queima, vapor é produzido e, quando em contato com o enxofre presente no diesel, resulta na produção de elementos que corroem as peças metálicas.

Isso nos leva à primeira característica fundamental para um bom óleo de motor: a reserva alcalina. Ela se refere ao poder do lubrificante em neutralizar os ácidos gerados e, assim, preservar os componentes. Ainda, é importante que mantenha a viscosidade e tenha propriedades que reduzam o acúmulo de resíduos. Outro ponto de atenção diz respeito à tecnologia empregada na fabricação do fluido. Isso porque entrará em vigor, em breve, a Proconve-P8, o equivalente nacional à norma Euro 6 ― esta, sim, já aplicada em países da União Europeia. Ambas as resoluções especificam os limites máximos de emissão para gases de escapamento, ruído e partículas e dão prazo limite para a adequação da frota.

Guia da viscosidade em lubrificantes industriais

A PETRONAS, antevendo a necessidade que o mercado brasileiro terá de se adequar aos novos padrões, já oferece no portfólio o PETRONAS Urania 5000 SE. Formulado com tecnologia StrongTech™, é um lubrificante 100% sintético que proporciona extrema força e eficiência para motores diesel, com ou sem injeção eletrônica, que operam em condições severas.

João Luís pontua que os caminhões de lixo precisam ter um controle diferente no que tange à vida útil do óleo. “Nesse segmento, o veículo trabalha muito tempo parado. Por isso, o correto é acompanhar o período de troca por horas, não por quilômetros rodados, como acontece no transporte rodoviário de cargas.”

Arrefecimento

Por conta da alta exigência do motor e do regime severo de operação, o sistema de arrefecimento desses ativos também inspira cuidados. Eliézer explica que existem dois tipos desse insumo: os inorgânicos e os orgânicos. “No primeiro, o lubrificante forma uma espécie de ‘parede’, ou seja, protege contra a corrosão na própria peça. Já nos demais, essa proteção está presente no próprio fluido e evita-se a formação de depósitos de sais”.

Eliézer chama a atenção para outro ponto. Existem fluidos prontos para uso e aqueles concentrados. Neste caso, cabe ao cliente diluí-lo em água. Entretanto, é preciso que ela seja desmineralizada e utilizada na quantidade exata. Por isso, o especialista recomenda aos frotistas a primeira opção, onde consegue-se garantir que a fórmula está de acordo com as necessidades do sistema. “Além disso, há os riscos de contaminação. Ao utilizar a versão pronta, elimina-se boa parte dos fatores que possam vir a prejudicar o arrefecimento

Gestão de Frotas

O PETRONAS Coolant UP está disponível nas duas versões. O fluido especial à base de monoetilenoglicol diluído em água abrandada (50%) possui aditivação anticorrosiva orgânica. Esse detalhe faz com que consiga evitar, também, a cavitação, formação de espuma e de depósitos abrasivos. Ainda, melhora a capacidade e a eficiência de troca térmica do sistema e protege as seis principais ligas metálicas que formam os componentes do sistema (alumínio, cobre, solda, latão, aço e ferro fundido).

Sistema hidráulico

Ele está presente em todos os veículos, mas, sem dúvidas, aqueles que atuam na limpeza urbana são os que mais demandam desse sistema. Ele é bastante utilizado por conta do triturador de lixo, que é altamente exigido. Existe, inclusive, um mito nesse segmento de que não vale a pena investir na compra de fluidos hidráulicos mais robustos, uma vez que as mangueiras do sistema estouram e os vazamentos são um problema comum ― e constante.

Entretanto, de acordo com os especialistas da PETRONAS, essa dificuldade pode ser resolvida, justamente, com um produto mais robusto. “Fluidos que têm boa filtrabilidade e compatibilidade com elastômeros ajudam as mangueiras a durarem mais. Entretanto, é indispensável que essas, também, sejam de boa qualidade”, explica Bruno Hauber. Mas é importante que o fluido ofereça proteção antidesgaste para proteger os componentes do sistema e apresente boa estabilidade térmica.

O PETRONAS Hydraulic 68 foi desenvolvido para uma ampla variedade de sistemas hidráulicos. Formulado a partir de óleos básicos de alta qualidade, e com um pacote de aditivos que supre todas as necessidades impostas pelo regime severo. Entre eles estão as propriedades antidesgaste, antioxidante, anticorrosivo e antiespuma, além de ter a homologação das principais OEMs.

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