Manutenção Industrial

Análise RAM: o que é e qual a sua importância na indústria?

Prefere ouvir o áudio deste artigo? Utilize o player abaixo.

A Engenharia de Manutenção é uma área voltada totalmente para as revisões programadas. No dia a dia do segmento, significa que esse setor precisa identificar as falhas em equipamentos, estudar suas causas e elaborar planos para evitá-las. Assim como criar rotinas e padronizar processos fundamentais, como avaliações preditivas e preventivas. A Análise RAM, foco deste conteúdo, é um dos principais recursos para tornar esse trabalho efetivo no dia a dia dos profissionais.

Sua relevância não é à toa, pois ajuda a manter um bom índice de produtividade e eliminar despesas com possíveis defeitos. Abaixo, explicaremos em detalhes seu conceito, seus benefícios e os principais pilares que a compõem. Acompanhe e descubra!

Entenda o que é Análise RAM e qual sua relevância dentro das indústrias

A capacidade de produção de uma indústria está diretamente ligada à performance dos colaboradores, mas também à eficiência operacional das máquinas. Isso quer dizer que a planta industrial precisa estar sempre em bom estado para evitar a baixa produtividade. As revisões frequentes são o ponto-chave para que esse objetivo seja alcançado. Por isso, conheceremos, a seguir, a base inicial para a Engenharia de Manutenção: a Análise RAM.

Basicamente, esse termo refere-se a uma metodologia que mostra as probabilidades de falhas em um ativo, antecipando-se aos problemas que podem surgir. Para isso, avalia o comportamento dos sistemas de cada equipamento e entende quais mudanças são necessárias para atingir o desempenho esperado.

Profissional da Indústria 4.0

Durante o processo, procura-se por causas significativas que possam limitar a atuação. Depois de identificadas, chega a fase de propor melhorias a partir do que foi encontrado.

Entre suas vantagens, podemos destacar a possibilidade de prever o potencial de produção para determinado período. Ainda, é essencial para visualizar as adversidades no equipamento e suas consequências.

Além disso, é uma excelente maneira de diminuir custos, já que auxilia a evitar as despesas no setor de manutenção. Da mesma forma, vale mencionar que ajuda a selecionar os maquinários críticos, melhorar as estratégias da área e direcionar com assertividade os sobressalentes.

Esse recurso é pautado em 3 itens principais que constituem a sigla RAM: Reliability, Avaliability e Maintenability. Em português, Confiabilidade, Disponibilidade e Mantenabilidade. No tópico a seguir, descreveremos cada um deles. Confira!

Confira as 3 bases principais da Análise RAM

A estrutura da Análise RAM traz métricas que colaboram no entendimento do estado de funcionamento de um ativo. Se você tem dúvidas sobre a qualidade dos planos de manutenção utilizados atualmente na sua companhia, ela será uma alternativa para mostrar caminhos mais eficientes.

O mesmo acontece nos casos em que deve-se otimizar processos ou aparelhos para operarem como desejado ou reduzir gastos. E, também, para documentar as estratégias adotadas e buscar a melhoria contínua. Verifique a lista que apresentaremos agora e entenda!

1. Confiabilidade

Assim como diz o nome, a primeira base da Análise RAM deixa claro o quanto se pode confiar na capacidade produtiva de um equipamento ou sistema. Para isso, considera a probabilidade de realizar as atividades, nas condições necessárias, por um intervalo específico.

Imagine que a fábrica precisa que um aparelho trabalhe em determinada função durante 8 horas por dia por 3 meses corridos. Esse método ajudará a entender se essa é uma possibilidade realista ou se é preciso realizar ajustes para alcançá-la.

Algumas ferramentas são utilizadas para obter essa resposta. A FMEA (Failure Modes and Effects Analysis, em português, Análise dos Modos e Efeitos de Falha) é uma delas. Ela auxilia a mapear os possíveis defeitos, suas causas e consequências para a empresa.

Ainda, a chamada Árvore de Falhas é eficaz para conhecer o histórico de um defeito. Isso porque ela procura descobrir os motivos iniciais do ocorrido por meio de uma reconstituição. Então, refaz toda a cadeia de eventos, de trás para frente, para entender as razões de cada etapa.

Leia também: como garantir a confiabilidade na lubrificação na indústria de papel e celulose!

Por fim, o Diagrama de Blocos de Confiabilidade, com a sigla RBD, serve como complemento desse último recurso. Porém faz o caminho contrário. Ele mostra o diagrama dos fatos que levaram ao acontecimento, mas trabalhando das possíveis causas até o problema.

2. Disponibilidade

Nesta segunda etapa, um cálculo é realizado para descobrir uma métrica fundamental para a análise RAM: a disponibilidade. Ela mostrará o tempo em que um ativo esteve pronto para operar em um período específico.

Essa conta passa por dois indicadores, o MTBF (Tempo Médio entre Falhas) e o MTTR (Tempo Médio de Reparo). O primeiro aponta o intervalo entre as falhas apresentadas enquanto o segundo mostra a média de horas gastas para reparos.

Logo, a fórmula utilizada deve ser MTBF/(MTBF+MTTR) x 100 = % de disponibilidade. Se você se interessa por esse tema, provavelmente, gostará de entender a relação de disponibilidade e saving na agricultura.

3. Mantenabilidade

A última base é um pouco mais complexa. Na prática, trata-se de um indicador para mostrar a capacidade de um item ser mantido ou recolocado em operação, nas condições necessárias, após a manutenção. Logo, quanto maior a dificuldade de retorno, menor é o nível de mantenabilidade.

Os investimentos em manutenção que fazem a diferença

Para descobrir esse número, é preciso levar alguns itens em consideração. A necessidade de movimentar os aparelhos e o conforto ergonômico para os momentos de inspeção são alguns deles. Além disso, deve-se pensar, igualmente, no acesso da equipe a esses pontos de reparos, bem como o layout de como os ativos estão distribuídos. Para finalizar, vale avaliar os obstáculos que um defeito pode provocar no processo em geral.

Agora que você já conhece o conceito geral de Análise RAM, que tal se aprofundar em um de seus procedimentos? Assim, pode garantir que as novas práticas adotadas terão a qualidade necessária para manter sua empresa competitiva e lucrativa no mercado. Leia nosso outro conteúdo que explica o papel da lubrificação na disponibilidade dos equipamentos. Até mais!

Acompanhe o que há de novo na industria também pelo Telegram

You may also like

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×
Next Article:

0 %