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Em qualquer segmento da indústria, os lubrificantes são essenciais para a produção. Entretanto, essa versatilidade também gera problemas comuns a todos os setores, como a contaminação. Por esse motivo, o artigo de hoje não é voltado para nenhum mercado específico e pode servir de guia para todos aqueles que interagem ou gerem esses insumos.
A maior parte dos casos de contaminação acontece na hora da armazenagem e manuseio dos fluidos e graxas. Cuidados como exposição à umidade, à poeira ou, até mesmo, erros de administração do estoque podem comprometer a fórmula do produto e, consequentemente, sua performance. Isso, claro, leva ao desperdício e aumenta, consideravelmente, os custos envolvidos na atividade.
A seguir, você conhecerá 5 das melhores práticas recomendadas na hora de manusear ou armazenar os lubrificantes. Estas são apenas algumas das informações que você encontra no e-book Armazenagem e manuseio de lubrificantes industriais: guia de boa práticas. Baixe gratuitamente e confira o material na íntegra!
Armazenagem e manuseio de lubrificantes industriais: conheça as boas práticas
Abaixo, você encontra as principais recomendações acerca do manuseio e armazenagem dos lubrificantes. É importante ressaltar que esses pontos não devem ser conhecidos apenas por quem interage, diretamente, com o produto. Evitar erros de aplicação, perda por expiração do prazo de validade e contaminação, também, envolve outros profissionais, como os de compras e estoque. Por isso, é importante que todas as pessoas com interface a esses insumos, tenham conhecimento e apliquem as boas praticas de manuseio do produto, conforme listaremos a seguir.
1. Gestão dos lubrificantes
A aquisição de um lubrificante industrial envolve, pelo menos, três áreas da empresa: manutenção, suprimentos e estoque. Quando estes não estão alinhados, é muito provável que aconteçam erros graves, como a compra insuficiente ou em excesso, além de provocar alterações no cronograma de paradas programadas.
Portanto, a gestão desses insumos deve englobar não apenas os detalhes do que deve ser adquirido, mas, também, as condições físicas do espaço onde os produtos ficarão alocados. Outro ponto importante é a definição da metodologia aplicada na hora de distribuí-los pelo parque industrial. A mais difundida é a FIFO (“first in, first out”), onde o que está há mais tempo estocado ganha prioridade no uso. Assim, é possível garantir que o óleo esteja sempre “fresco”, o que significa eliminar os riscos de deterioração causados pela armazenagem prolongada.
2. Posicionamento dos tambores
Na hora de alocar os lubrificantes no estoque, alguns cuidados simples podem evitar a contaminação. A posição em que os tambores devem ser dispostos está diretamente ligada ao tipo de armazenagem, se é externo ou interno. Quando guardados em locais fechados, o ideal é que estejam colocados na horizontal, de forma a possibilitar o rodízio dos contêineres nas prateleiras. Também, devem ser monitoradas a temperatura e umidade do ar, que podem degradar o óleo básico e seus aditivos.
Já quando dispostos em lugares abertos, como é comum no agronegócio, a atenção precisa ser redobrada devido ao contato direto com fatores contaminantes. Nesse caso, o ideal é guardá-los com a boca para baixo e a uma boa distância do chão para garantir a integridade das vedações e evitar a entrada de umidade.
3. Manuseio durante a descarga e o deslocamento
Na hora de lidar, diretamente, com o contêiner de lubrificante, é preciso ter em mente que não apenas a integridade do insumo pode estar em xeque. Vazamentos de óleo podem ser um grande risco para os colaboradores e, por isso, a descarga desse produto deve ser feita sob um rígido controle de segurança. Especialmente, se rolar as embalagens sobre esteiras de madeira ou de metal, seja a maneira de recebimento escolhida. Por outro lado, já é bastante comum que os caminhões possuam elevadores hidráulicos que auxiliam na entrega. Assim que descarregados, os tambores precisam ser levados imediatamente para o local de armazenagem.
Porém, é preciso considerar que, em algum momento, esse tambor deverá sair do estoque. Caso o caminho a ser percorrido seja de piso liso, é possível rolar as embalagens ― não sem antes inspecionar o chão em busca de resíduos que possam perfurar o casco. Entretanto, a melhor maneira de deslocá-las é por meio de empilhadeiras. É importante ressaltar, também, que o número de pessoas envolvidas nesses processos deve ser reduzido, o que ajuda a evitar a contaminação.
4. Etiquetagem dos tambores e equipamentos
Manter os lubrificantes etiquetados ajuda a eliminar dois grandes problemas: a contaminação cruzada e a aplicação equivocada. O primeiro caso acontece quando dois produtos distintos se misturam, já o outro, quando determinado fluido é utilizado em uma aplicação diferente daquela para a qual foi desenvolvido. Para evitar isso, a etiquetagem das embalagens é fundamental. Uma ideia é classificá-los por cor, mas o que importa mesmo é que a identificação seja clara.
O mesmo vale para os instrumentos utilizados no processo de lubrificação. Equipamentos como contêineres de transporte, bombas de mão, carrinhos de transporte e de filtragem podem ser rotulados para corresponder ao lubrificante em uso. Quando não for possível evitar a mistura, garante-se, pelo menos, a compatibilidade de aplicação.
5. Cuidado com as embalagens abertas
Assim que o lacre é quebrado e o contêiner é posto em uso, o risco de contaminação do lubrificante restante é bastante alto. Deve-se, então, ter atenção redobrada com essas embalagens, evitando, ao máximo, sua exposição aos contaminantes. Nos tanques a granel, é possível utilizar respiros de filtro que controlam a entrada das sujidades que prejudicam o óleo. Baldes e tambores devem ser tampados depois de usados e, caso esse último seja utilizado com frequência, colocar tampões nos filtros do respiro é a melhor solução.
Ao transferir esses insumos para contêineres portáteis, certifique-se de evitar o uso daquele em material galvanizado, pois o aditivo presente no fluido pode reagir à galvanização de zinco. Isso leva à formação de sabões de metal que entopem pequenas aberturas e orifícios nas máquinas industriais.
É claro que quando o assunto é lubrificante industrial, as particularidades da formulação devem ser consideradas na hora de determinar os processos de armazenagem e manuseio. Por outro lado, as práticas que você leu neste artigo já são suficientes para assegurar a integridade do insumo durante o seu ciclo de vida na indústria. Entretanto, a lubrificação vai muito além disso e diversas etapas precisam ser cumpridas para garantir a melhor performance. No material As 10 fases da lubrificação industrial by PETRONAS você encontra um checklist elaborado pelos profissionais de uma das maiores produtoras de lubrificante industrial do mundo. Confira e implemente na sua indústria!