Lubrificação

Saiba como prevenir a contaminação de lubrificante na sua indústria

Assim como já abordamos em outros artigos, os equipamentos são os braços técnicos da indústria, sendo as ferramentas responsáveis pela produtividade operacional de uma grande empresa. Por conta disso, elaboramos este texto fundamental à manutenção de equipamentos industriais, em que explicamos os riscos da contaminação de lubrificante.

Como você bem sabe, a pureza desses fluidos é crucial para o funcionamento do maquinário, sendo um critério fundamental para ter uma operação contínua e livre de interrupções, engasgos ou quedas de performance. Por isso, mergulhe neste conteúdo e aproveite para descobrir mais sobre o tema!

A contaminação de lubrificante

No cotidiano industrial, existem muitos pontos com os quais os gestores devem atentar, a lubrificação correta é um exemplo deles. O fluido lubrificante é um insumo que trabalha quase como se fosse o “sangue” dos equipamentos. Por essa razão, é indispensável que ele esteja nas melhores condições possíveis para proteger o maquinário, em vez de acelerar seu desgaste.

Nesse sentido, a contaminação nada mais é do que um fluido que se tornou impuro, por conta da ação do tempo, do manuseio negligente, da exposição ou situações afins. No fim das contas, qualquer uma dessas situações pode configurar o cenário perfeito para que o lubrificante seja contaminado.

Como em um efeito cascata, isso desencadeia prejuízos para a linha, que pode sofrer com os impactos negativos de corrosões, vazamentos, quebras, acidentes de trabalho, perdas de produção e situações afins — todas provocando alguma espécie de prejuízo financeiro para o caixa da operação.

Os elementos e fatores que provocam a contaminação

Água, detritos metálicos, degradação química e demais componentes e partículas que entrem em contato com a solução lubrificante. A grosso modo, todos esses elementos têm o potencial de causar prejuízos aos equipamentos — seja no curto, médio ou longo prazo.

A começar pela água ou pela própria umidade em si. Soluções oleaginosas não podem interagir com água, sob o risco da dissolução das propriedades químicas do produto. Nesse sentido, a água como contaminante acaba diluindo algumas das funcionalidades fundamentais do fluido lubrificante, como seu potencial de refrigeração, lubrificação e afins.  

Para além disso, é importante lembrar que a água também contribui para a oxidação de superfícies. Em um segundo momento, podemos destacar as várias partículas, sejam elas de poeira, terra, metal ou afins. Com o tempo, por mais pequenas que sejam, elas tendem a se acumular em algum ponto das câmeras internas.

Nesse cenário, cria-se a situação perfeita para a abrasão de superfícies, provocando o aumento do atrito em áreas de contato, a emissão de ruídos e demais situações que podem prejudicar o andamento operacional. Também é importante lembrar que a combinação desses fenômenos, umidade e abrasão, tende a acelerar pontos de corrosão, causando uma série de outros problemas e riscos para a empresa.

Os momentos em que isso pode acontecer

De uma maneira geral, existem quatro situações em que a contaminação acontece: quando os equipamentos estão gastos, quando o produto está vencido, durante o manuseio e também no seu armazenamento. Dê uma olhada!

Equipamentos gastos

A soltura das superfícies metálicas contamina o próprio lubrificante e prejudica as câmeras internas. Os equipamentos se desgastam tão logo param de receber procedimentos de conservação. É por esse e tantos outros motivos que sempre frisamos a importância de soluções como a manutenção preditiva e preventiva — ambas fundamentais na extensão da vida útil do maquinário.

Produto vencido

Igualmente prejudicial, temos a degradação química — que torna o produto inválido para o uso. Nesse caso, os problemas se focam na perda de eficiência da solução vencida, que não conseguirá refrigerar, lubrificar e conservar a vida útil dos equipamentos.

Manuseio negligente

Já aqui, temos um problema que ocorre tanto nas etapas de armazenamento como na aplicação direta, com os procedimentos de lubrificação manual. Afinal de contas, o operador pode se descuidar durante a aplicação, deixando os barris abertos em situações desnecessárias e expondo o lubrificante a todo tipo de poeira, goteira ou partícula que acesse a abertura do reservatório.

Armazenamento incorreto

Por último, destacamos o armazenamento feito da maneira errada, tais como:

  • barris posicionados com o bocal para cima, acumulando poeira sobre a superfície de topo e possibilitando a contaminação no momento da abertura;
  • armazenamento próximo das áreas produtivas ou das entradas e saídas dos pavilhões — que são as regiões com o maior fluxo de operadores, veículos e equipamentos, deslocando muitas partículas nocivas ao produto.

Os perigos inerentes à contaminação

Corrosão, formação de espuma e oxidação. Como pode ver, trata-se de uma série de situações inconvenientes para os equipamentos, que mais cedo ou mais tarde acabarão “sofrendo” com as consequências dessas formas de desgaste.

Um exemplo grave disso é o vazamento de óleo — algo que acontece tão logo uma superfície interna é corroída. Sem que esse ponto de vazão seja identificado, o óleo pode se acumular em uma região e deixar a empresa vulnerável, criando riscos de acidente de trabalho e, até mesmo, contaminação ambiental, caso o óleo entre em contato direto com uma fonte aquática — seja superficial ou subterrânea.

As maneiras de prevenir essa situação

Sendo assim, tanto você como a sua equipe de colaboradores deve se concentrar em todas as práticas preventivas para evitar essas situações. Assim, é possível garantir a produtividade da empresa, reduzir a probabilidade de acidentes e economizar bastante dinheiro em caixa — que de outra maneira seria gasto com a reposição de todo óleo desperdiçado, procedimento corretivo, indenizações e custos afins.

A primeira maneira é adotar as manutenções preditivas e preventivas como uma filosofia operacional, em que prevenir é literalmente melhor do que remediar. É fundamental acompanhar a “saúde” dos equipamentos, evitando o avanço de qualquer desgaste que possa se tornar um incômodo produtivo no futuro.

A segunda abordagem é apostar pesado em soluções automatizadas de lubrificação. Com isso, você reduz o número de interações entre operadores e os lubrificantes, diminuindo as oportunidades de contaminação durante um manuseio inadequado.

Um terceiro ponto já fica por conta da capacitação estratégica dos colaboradores, estimulando condutas e métodos de armazenamento que evitem a contaminação. Por fim e extremamente importante, contar com um bom planejamento de compras, preferencialmente integrando com alguma solução de Business Intelligence.

Assim, o departamento de compras é continuamente atualizado sobre as especificações, quantidades, demandas e validades dos produtos necessários, evitando a utilização de lubrificantes vencidos, de má qualidade ou, ainda, incompatíveis com a realidade operacional da sua linha de produção.

Gostou deste post dedicado a explicar a contaminação de lubrificante? Então aproveite e mergulhe em outro artigo relacionado ao tema, em que apresentamos os principais erros na utilização desse fluido!

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