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Corrosão na indústria: conheça os tipos mais comuns e suas soluções

Combater a corrosão na indústria deve ser uma das prioridades da equipe de manutenção. Afinal, esse é um dano que, além de evitável, traz sérios prejuízos, tanto em termos de produtividade quanto no orçamento, uma vez que haverá substituição das peças afetadas. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, a World Corrosion Organization (WCO) estima que ele custe, anualmente, US$ 2,2 trilhões ― número 3% superior ao PIB mundial.

Entretanto é preciso que os profissionais saibam que não existe apenas um tipo de corrosão na indústria. Neste artigo, explicaremos melhor sobre eles e aprofundaremos, inclusive, nas suas classificações. Continue a leitura e confira também algumas dicas de como evitá-los.

Corrosão na indústria: conheça os tipos e classificações mais comuns

Embora o dado da WCO mostre como a corrosão na indústria é frequente, precisamos lembrar um detalhe: ela é apenas a evolução de um processo que começou com a oxidação da superfície. Tudo começa com exposição do metal que contém ferro ou ligas de ferro com a umidade do ar ou água. No primeiro momento ele oxida e, após, dá-se início à corrosão. No último nível, haverá o surgimento da ferrugem, que torna as peças e ferramentas irrecuperáveis ― logo, inutilizáveis.

Isso quer dizer que o primeiro passo para combater a corrosão é evitar que haja a oxidação. Porém esse é um assunto para o nosso próximo tópico. Por ora, conheça as classificações (processos) e os tipos (formas) mais comuns na indústria.

Classificações dos processos de corrosão na indústria

1. Química

Este tipo de corrosão pode ter como causa até mesmo a poluição atmosférica. Não à toa, é bastante frequente na construção civil, especialmente, no concreto armado quando as partículas poluentes reagem quimicamente com o ferro, quebrando os polímeros e degradando-os. De maneira geral, refere-se ao agente químico que atua sobre determinado material.

E vale ressaltar que não são afetados apenas os materiais ferrosos. No caso daqueles com ligas de zinco, o ácido sulfúrico é o responsável por causar esse desequilíbrio entre os elementos, o que impede a transferência de elétrons.

2. Eletroquímica

Este fenômeno, por sua vez, tem maior incidência no ambiente petroleiro, em plataformas offshore. Ele surge de duas formas. A primeira é quando o metal desprotegido é posto em contato direto com um eletrólito (umidade ou água, por exemplo), formando uma pilha galvânica, resultando na circulação de elétrons na superfície. Já a segunda ocorre no momento em que os dois metais são ligados por um eletrólito. Dessa forma, um acaba corroendo o outro, “roubando” seus elétrons.

3. Eletrolítica

Equipamentos sem isolamento ou aterramento adequado são os principais alvos da corrosão eletrolítica. Isso porque, nessas instalações, há mais chances de ocorrer escapes de energia que, invariavelmente, procuram o solo. Porém, até alcançá-lo, essa corrente provoca pequenos furos no metal.

Tipos de corrosão na indústria

1. Corrosão localizada

Como dá para imaginar, a corrosão localizada é assim chamada por se mostrar em diferentes pontos isolados da superfície, não por inteiro. Ela pode acontecer, inclusive, na forma de placas, que se desprendem aos poucos. Bastante comum em metais passivados (que formam uma película protetora contra o óxido) quando a proteção já está espessa.

2. Corrosão alveolar ou pontual

Alvéolo é o nome que se dá à cavidade que surge no metal onde o diâmetro é maior que a profundidade. A corrosão alveolar é considerada localizada, uma vez que não afeta toda a superfície ― por isso, muitas vezes, também é chamada de pontual.

3. Corrosão por pites

Diferentemente da forma anterior, na corrosão por pites (ou puntiforme) a profundidade do furo supera o tamanho do diâmetro. É um tipo difícil de identificar, já que ocorre por baixo da corrosão generalizada e, por conta disso, se torna um dos mais destrutivos.

4. Corrosão grafítica

A cor grafite que o ferro adquire ao sofrer esse tipo de degradação é a responsável pela sua nomenclatura: corrosão grafítica. Ela afeta uma parte do material (ferro fundido cinzento, com alto teor de grafite) e é resultado da formação de um par galvânico em que exista grande diferença de nobreza entre os metais de uma liga.

Saiba o que fazer para solucionar a corrosão

A corrosão do ferro não é reversível. Dessa forma, todo o foco está em prevenir o surgimento do problema. Até porque esse não é um assunto importante apenas pela economia de recursos que irá gerar, mas também por abranger diretamente a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos nas operações com um equipamento danificado.

Para os ativos que já estão em operação, é interessante investir em pinturas anticorrosivas e se certificar de que não há escapes elétricos que possam resultar em danos por corrosão eletrolítica. Proteções anódicas e catódicas, anodização e galvanoplastia são outras ações que podem ser implementadas. Outra dica válida é em relação ao ambiente operacional. Fatores como presença de umidade e altas temperaturas aceleram a degradação do metal. Logo, monitore essas condições de perto.

Quanto às manutenções, a inspeção de peças e pontos de oxidação deve ser rigorosa. Só assim os profissionais saberão como agir para impedir que o problema progrida para a corrosão. Agora, quando isso já aconteceu e é preciso substituir alguma peça, a prioridade é buscar opções mais resistentes, como as revestidas com carboneto de cromo ou carboneto de tungstênio.

Leia mais em: Como prevenir a corrosão em equipamentos industriais?

Investir nesses cuidados é uma maneira de prolongar a vida útil das peças e equipamentos. Mas, além disso, de manter a produtividade da planta industrial e a integridade dos colaboradores. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais! Certamente, mais pessoas gostarão de conhecer os tipos e categorias de corrosão na indústria.

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