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A era das fábricas inteligentes: o que são e como operam as fábricas do futuro?

Com a Indústria 4.0 e todo o desenvolvimento tecnológico que ela proporciona para as organizações, não restam dúvidas de que estamos entrando na era das fábricas inteligentes. Mas você conhece esse conceito e sabe o que ele significa?

Neste post, vamos explicar essas questões, aproveitando para mostrar quais elementos fazem parte desse modelo e quais empresas já o adotaram em suas operações. Continue com a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que são e como funcionam as fábricas inteligentes?

As fábricas inteligentes podem ser definidas como empresas do ramo industrial que investem em soluções de tecnologia para otimizar os fluxos de trabalho na linha de produção. Em outras palavras: são usados sistemas de informação complexos e outros recursos de automação.

Com a integração entre os sistemas, torna-se possível promover a comunicação entre os mais variados componentes da fábrica, tudo de maneira automática. O papel do capital humano, passa a se voltar à supervisão da linha de produção, das máquinas e de todos os sistemas utilizados.

Que relação as fábricas inteligentes têm com a Indústria 4.0?

Com a quebra de paradigma dos modelos de produção e a promoção de uma relação entre homens e máquinas, são as fábricas inteligentes que conduzem à Indústria 4.0.

Como exemplo de fábrica que já faz parte dessa transformação podemos citar a BMW e o veículo i3, primeiro modelo totalmente elétrico da fabricante alemã, totalmente produzido de forma automática — sem a intervenção humana no processo.

Apesar de essa ainda ser uma realidade muito distante para várias empresas, ela pode ser usada como exemplo de nível de automação a que se pode chegar dentro de uma fábrica. Ainda assim, é possível realizar pequenos e contínuos investimentos para promover o conceito de fábrica inteligente, trazendo a organização para a Indústria 4.0.

Quais elementos estão presentes em uma fábrica inteligente?

Como dissemos, as fábricas inteligentes investem bastante em automação de processos e em sistemas de informação. Conheça alguns desses elementos nos próximos tópicos!

Gêmeo digital

O gêmeo digital (digital twin) permite a realização de simulações de diversas questões relacionadas à produção — como planejamento e implementação de novos processos, entre outros. Dessa forma, o negócio diminui os índices de erros e os custos operacionais, ao mesmo tempo em que alcança maior produtividade.

Internet das coisas

Também conhecida como IoT, sigla em inglês para Internet of Things, a internet das coisas traz objetos conectados à rede, com sensores capazes de receber comandos, além de coletar e transmitir informações.

Sistema ciberfísico

Estamos falando aqui de novas gerações de sistemas que contam com integração entre processos reais e realidades virtuais.

Big Data

Ferramenta capaz de coletar, armazenar e analisar grandes volumes de dados, que podem ser estruturados ou não.

Robôs autônomos e colaborativos

Os robôs autônomos são máquinas que trabalham sozinhas por meio de programação e já fazem parte de alguns processos produtivos. Também podemos citar os robôs colaborativos, que trabalham em conjunto com um ser humano e promovem apoio para o aumento da produtividade e da eficiência.

Ferramentas inteligentes

A utilização de sensores em ferramentas permite monitorar e reduzir desgastes e danos nos equipamentos, além de aumentar a produtividade. Esses recursos também proporcionam uma linha de montagem mais inteligente, com o uso de recursos como o RFID, integrados ao aparelho no chão de fábrica.

Realidade aumentada

A realidade aumentada é muito útil no desenvolvimento de produtos, visto que ajuda na visualização dos itens ainda antes do efetivo processo de fabricação. Também permite melhorar o controle sobre os processos, antecipar problemas e identificar deficiências, gerando economia de dinheiro e tempo.

Impressoras 3D

Essas ferramentas imprimem produtos e protótipos totalmente funcionais, em 3D.

Simulação de planta

Estamos falando aqui de uma computação gráfica que possibilita a simulação e a modelagem de sistemas e dos processos produtivos de uma fábrica.

Quais segmentos e empresas já fazem parte desse modelo?

De modo geral, podemos dizer que a indústria automobilística está entre as mais automatizadas e robotizadas no mundo — como é o caso da BMW, que conta com diversos robôs na linha de montagem. Além dela, Nissan, Toyota e Fiat também já investem em testes virtuais de peças e usam informações digitalizadas para ajudar no desenvolvimento de novos modelos, tarefa que passou a ser feita em menos tempo.

Já no cenário brasileiro, a Embraer (fabricante de aviões) e a Ambev (indústria de bebidas), além de outras multinacionais com unidades situadas aqui, como Jeep e Volkswagen, também estão bem avançadas dentro desse novo modelo.

A Embraer, por exemplo, treina os colaboradores em um ambiente 3D para processos que ainda serão feitos na linha de produção. No caso do jato Legacy 500, o projeto contou com milhares de horas de testes antes da primeira decolagem.

O agronegócio também já tem começado a investir em soluções que contribuem para aumentar a eficiência das máquinas agrícolas. Entre as tecnologias adotadas estão o Google Glass, robôs colaborativos, veículo guiado automaticamente e simulação virtual.

O que falta para o potencial brasileiro ser explorado?

Enquanto empresas em várias partes do mundo já estão preparadas para a 4ª Revolução Industrial, o Brasil ainda não despertou para os desafios que precisam ser enfrentados. A prova disso é o baixo investimento em automação, principalmente no que diz respeito ao uso de robôs industriais.

Além disso, podemos citar outros pontos que ainda atrasam a implementação de fábricas inteligentes por aqui, como:

  • a elevada idade das máquinas e dos equipamentos, o que os torna defasados e compromete a produtividade;
  • o fechamento do mercado, sem que as empresas possam investir globalmente nesses recursos;
  • o alto custo necessário para se investir em tecnologia;
  • a elevada burocracia no país.

Como você pôde ver, as fábricas inteligentes têm saído do campo das tendências, transformando-se em realidade nas indústrias. Para que isso seja possível, porém, as empresas precisam ter consciência de que é necessário investir em avanços e inovações tecnológicas — o que ainda é um pouco limitado quando falamos de Brasil.

Suas dúvidas sobre o assunto foram esclarecidas? Quer aproveitar para saber mais sobre a Indústria 4.0 e o que se pode esperar dessa revolução? Então não deixe de ler também este artigo!

A sua indústria está preparada para a manufatura 4.0?

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