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Usinas sucroalcooleiras: como mitigar riscos na cadeia de suprimentos?

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A cadeia de suprimentos, por si só, já pode ser prejudicada por uma série de riscos. Atrasos ou falta de qualidade de fornecedores, problemas sanitários e falta de gestão são alguns deles. Assim como fatores externos, a exemplo da crise na Ucrânia. Contudo, ao falarmos das usinas sucroalcooleiras, além desses fatores, a produção ainda é afetada pelas questões climáticas.

Atualmente, por exemplo, passamos por 2 ciclos de adversidades nesse quesito que afetaram os resultados. Na temporada 2020/21, foi preciso lidar com a falta de chuvas. Já em 2021/22, os produtores driblaram a estiagem e as geadas.

A boa notícia é que no momento essas condições são mais favoráveis. Não é à toa que a produtividade apresentou uma recuperação, já que devemos chegar a 572,9 milhões de toneladas de cana. Esses dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Diante desse cenário, como mitigar ameaças na cadeia de suprimentos para que ela não seja uma fonte de preocupação e sim de lucros? Descubra no conteúdo abaixo!

Entenda como diminuir os riscos na cadeia de suprimentos das usinas sucroalcooleiras

Encontrar maneiras de agir diante dos riscos na cadeia de suprimentos é a resposta para evitar os prejuízos que eles trazem. Os custos maiores que o necessário, com certeza, são um dos principais. Bem como atrasos na produção e impactos negativos na imagem da empresa.

O ideal, então, é analisar cada fase, definindo as chances de problemas e criando ações para lidar com eles. Seja no caso dos fornecedores, estoque, manutenção ou até crises mundiais, como uma pandemia. A seguir, confira as dicas que separamos para você executar essa atividade com êxito.

1. Tenha uma base de fornecedores ampla

Sabemos que é comum ter fornecedores que são fiéis e que a companhia costuma trabalhar com mais frequência. Entretanto depender de apenas um ou dois atrapalha as usinas sucroalcooleiras.

O motivo é simples: caso esse parceiro perca a capacidade de atendê-lo por alguma razão, você não conseguirá produzir. Tanto porque ele teve problemas financeiros, como por atrasos ou situações externas que o atrapalharam.

Logo, a recomendação é diversificar a sua base de fornecedores e ter mais opções em mãos quando necessário. Contar com parceiros reservas, que possam atender rapidamente em caso de urgência, também é uma excelente opção. Essa prática ainda oferece mais poder para negociar preço e qualidade.

2. Crie uma estratégia para lidar com os riscos

Se, há alguns anos, especialistas dissessem que seria preciso existir um plano de ação para lidar com pandemias, muitos produtores ignorariam. Mas 2020 e o novo coronavírus nos mostraram que era sim uma tarefa necessária.

Aqui não é diferente: é indispensável ter uma ação para cada risco mapeado nas usinas sucroalcooleiras. Dessa forma, caso eles aconteçam, mesmo que a chance seja remota, você e sua equipe estarão preparados para resolver.

Para isso: analise as ameaças de acordo com as possibilidades de acontecerem e o reflexo que geram nos negócios. É uma fase para imaginar os cenários e definir as decisões que serão tomadas a partir deles.

Leia no blog: Refino de açúcar e a estratégia de aquisição de insumos para manutenção.

3. Entenda a cadeia de suprimentos

Para visualizar os possíveis eventos nocivos e saber como lidar, é essencial entender a cadeia de suprimentos das usinas sucroalcooleiras. Em que etapa os problemas crescem? Qual insumo é mais prejudicial em casos de atrasos de fornecedores? Qual equipamento será capaz de paralisar a produção se apresentar problemas?

Realize essa etapa de “abrir” os processos e dar mais visibilidade a eles para conhecê-los por completo. E, por consequência, ter domínio sobre o que pode ou não acontecer.

4. Analise o estoque

Um dos principais problemas na cadeia de suprimentos é a interrupção do fornecimento dos produtos. Para evitá-lo, é necessário fazer um controle de estoque inteligente. Em primeiro lugar, tenha uma quantidade necessária para não faltar insumos aos trabalhadores. E, ao mesmo tempo, não armazenar materiais demais que percam a data de validade e causem desperdícios.

Tendo isso em mente, a outra estratégia já foi citada aqui: possua sempre uma carta na manga. Dificilmente todos os fornecedores das usinas sucroalcooleiras passarão por crises ao mesmo tempo. Assim, se não puder contar com um deles, você terá outro para recorrer se necessário.

5. Compartilhe a gestão de riscos com todos os envolvidos

As soluções encontradas na hora dos contratempos devem ser executadas por toda a equipe. Inclusive, pelos seus fornecedores. Logo, eles devem estar na mesma página que você quando se trata da gestão de riscos. Compartilhe os que você encontrou, peça para que tragam mais ideias e saídas para cada situação.

6. Considere a manutenção de ativos na gestão de riscos

O que deve ser feito se o lubrificante responsável pelo bom rendimento de uma colhedora de cana para de funcionar? Quais os reflexos de um ativo paralisado por falta de insumos ou de manutenção preventiva?

Os recursos diretos são cruciais na cadeia de suprimentos. Mas os indiretos, como as graxas, também são muito relevantes. Afinal, eles podem causar prejuízos e atrasos.

Logo, não se esqueça de incluir os eventuais cenários negativos com os equipamentos. E, ainda mais, trabalhar com fornecedores de lubrificantes que sejam confiáveis e de alto padrão.

7. Revise o documento com frequência

Os processos mudam, assim como os fornecedores, o mercado e o seu time. Portanto, não faz sentido criar uma estratégia de riscos e esquecê-la na gaveta. De tempos em tempos, volte para revisá-la e entender se o que foi desenhado naquele momento se mantém. Além disso, acrescente novos perigos que possam impactar a sua empresa.

Para finalizar, temos mais uma dica de conteúdo que ajudará na sua realidade das usinas sucroalcooleiras. Saiba o que monitorar nos indicadores da cadeia produtiva da cana-de-açúcar lendo o artigo em nosso blog. Você aprenderá quais são os indicadores agrícolas, industriais, de geração de energia e de sustentabilidade. Veja mais!

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