Lubrificação

Como melhorar o controle de contaminação de óleo na sua indústria?

Para que os equipamentos se mantenham funcionando, uma série de ações envolvendo a manutenção e a lubrificação dos ativos deve ser feita. Mas muitos dos cuidados que envolvem os insumos industriais começam antes mesmo da programação da parada. Evitar a contaminação do óleo, por exemplo, exige que os envolvidos nas rotinas fiquem atentos, pois isso é capaz de causar grandes danos no maquinário. Entretanto, esse problema também pode acontecer durante as operações.

São muitos os fatores que contribuem para que um lubrificante industrial seja contaminado. Água, poeira e detritos metálicos estão entre os principais. Por outro lado, a presença de partículas sólidas no ambiente é um elemento comum a vários setores, como a mineração e o agronegócio. Isso significa, então, que é impossível evitar a contaminação de óleo? Não, necessariamente. Uma série de medidas pode ser tomada para evitá-la e é sobre isso que falaremos neste artigo. Continue lendo e confira os detalhes.

Contaminação de lubrificantes: o que deve ser inspecionado

A contaminação do óleo, infelizmente, ainda é um problema muito comum para as indústrias. Entretanto, fazer o controle dos momentos mais propícios para que isso ocorra é uma das formas de mitigá-lo. Portanto, conhecê-los é o primeiro passo para realizar essa gestão. 

Abaixo, listamos alguns dos pontos de atenção mais importantes para serem observados.

No armazenamento

O local onde os lubrificantes estão guardados precisa ser rigorosamente inspecionado. Luminosidade, calor excessivo e umidade podem degradar o óleo e subtrair dele propriedades importantes. Baldes, tambores e demais recipientes de acondicionamento devem ser armazenados em lugares limpos e secos, previamente designados. É imprescindível que haja o monitoramento da temperatura (mantenha os lubrificantes longe de linhas de vapor ou aquecedores) e um rigoroso controle dos fatores contaminantes supracitados. Os tampões devem estar bem firmes e, se guardados na posição vertical, os tambores precisam ser fechados devidamente.

Agora, se é extremamente necessário deixá-los em um lugar aberto, mantenha-os sempre protegidos da chuva e de outros elementos climáticos. É recomendado, também, guardá-los a uma boa distância do chão, de forma a evitar a umidade. Quanto à posição, preze por acondicioná-los com as bocas para baixo. Isso reduzirá, drasticamente, o risco de secagem das vedações e impedirá a entrada de partículas de água, presentes na atmosfera, pelo respiradouro.

Entretanto, no caso de precisar armazenar os tambores na vertical, em um ambiente externo, use tampas ou lonas para drenar a umidade acumulada na parte superior, ao redor dos tampões. Evite alocar fluidos à base de água e óleos de transformadores ao ar livre, pois os extremos de temperatura e a água podem produzir efeitos ainda mais nocivos.

Checklist: 10 fases da lubrificação by PETRONAS

Na hora da lubrificação

No momento da aplicação do lubrificante no equipamento pode, também, ocorrer a contaminação do óleo. Uma das possibilidades, inclusive, é a contaminação cruzada, que acontece quando dois produtos diferentes são utilizados no mesmo sistema. Geralmente, os instrumentos de distribuição do fluido são a causa principal desse problema. Ao fazer a troca de um lubrificante com as mesmas ferramentas de suporte que foram utilizadas em procedimentos anteriores, é muito provável que haja uma mistura dos insumos. Isso pode causar anomalias na lubrificação e reduzir a eficácia dos resultados das análises. 

Contêineres de transporte, bombas de mão, carrinhos de transporte e de filtragem podem ser rotulados para identificar o lubrificante em uso.

Para evitar a contaminação cruzada, é necessário que os responsáveis pela manutenção façam uma limpeza minuciosa de tudo aquilo que será utilizado na lubrificação. Isso inclui instrumentos de distribuição, bocais de tambores, área a ser lubrificada e todos os outros utensílios necessários para esse trabalho. Outra dica é dar preferência, nesse momento, ao uso de panos de limpeza que não desfiem.

No equipamento

Máquinas mais antigas ou aquelas às quais não se têm dedicado a correta manutenção, podem iniciar um processo de deterioração que desprende partículas metálicas das suas estruturas no óleo. Aqui, outro problema comum nas plantas industriais ganha destaque: o micropitting, que é caracterizado por pequenas ranhuras nas faces de metal. Durante essa deterioração, lascas de metal se soltam da superfície e ficam suspensas no lubrificante, afetando sua homogeneidade. 

Por circular por vários componentes, o fluido faz com que essa partícula afete vários outros locais. A presença desse minúsculo corpo sólido pode ser a responsável pelo agravamento do problema ou seu surgimento em estruturas antes bem conservadas ― um produto contaminado com poeira também pode originar o micropitting.

Outros aspectos do equipamento também têm influência negativa sobre a qualidade do lubrificante. O desgaste de cilindros, rolamentos, engrenagens e bombas pode desprender partículas ferrosas ou não-ferrosas presentes nos elementos de vedação.

O papel das manutenções preditivas e preventivas na redução desse problema

Outra forma de contaminação bastante corriqueira diz respeito à própria degradação do óleo. Por conta do estresse operacional, com o tempo de uso, suas propriedades e aditivos sofrem modificações. Isso acontece quando o tempo de troca do lubrificante sugerido pelo fabricante não é respeitado. Um cuidado tão simples, quando negligenciado, pode trazer consequências sérias: lubrificação insuficiente, menor eficiência de filtragem e desgaste precoce dos filtros. 

Ou seja, a contaminação não é responsável apenas pela diminuição da performance do óleo, mas, também, contribui para a depreciação do próprio equipamento. Com isso, diminui-se a confiabilidade nos ativos, aumentam-se as chances de paradas não programadas e a produção, como um todo, fica comprometida

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