Manutenção Industrial

Indicador OEE: entenda sua relação com a produtividade no agronegócio

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Seja para arar a terra, aplicar defensivos ou colher o que foi produzido, os equipamentos são ativos cruciais no agronegócio. Contudo, quando não desempenham o papel programado, podem prejudicar a safra e causar prejuízos. Logo, atentar-se a pontos essenciais para sua produtividade, como a lubrificação ou o indicador OEE, é uma das principais funções do agricultor.

Neste conteúdo, nosso foco será o segundo item. Explicaremos como esse KPI (Key Performance Indicator) ajudará a entender a performance das suas máquinas e mostraremos como calculá-lo. Você também conhecerá os benefícios de adotá-lo na sua realidade. Leia abaixo e confira!

Saiba o que é o indicador OEE e sua relevância para o agronegócio

Se existe um fator externo realmente importante para o agronegócio é o clima. Afinal, ele interfere diretamente na safra e, consequentemente, nos lucros programados. Por isso, é preciso garantir que, quando o tempo estiver favorável, todas as etapas exigidas para um bom rendimento no campo estejam funcionando perfeitamente. Especialmente, os equipamentos.

Para alcançar uma boa performance com os ativos é necessário realizar verificações diárias, executar manutenções preventivas e garantir uma lubrificação de qualidade. Porém, outro item fundamental para atingir esse objetivo é o indicador OEE.

A sigla significa Overall Equipment Effectiveness ou Eficiência Global do Equipamento em português. Basicamente, refere-se a um parâmetro para medir a eficiência e a produtividade nas indústrias. Sua principal função é dizer se determinada máquina está desempenhando as atividades conforme o esperado.

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Na prática, ele compara a capacidade de produção de um ativo com a quantidade entregue por ele. Além disso, será possível compreender quanto tempo ele realmente esteve em atuação e a qualidade dos materiais fabricados.

Dica de conteúdo: manutenção de máquinas agrícolas: 4 formas de aumentar a produtividade

Quando falamos do agronegócio e até mesmo das indústrias em geral, os benefícios de acompanhar esse dado são inúmeros. Ele auxilia na diminuição de perdas ou prejuízos. Seja por maquinário paralisado, baixo rendimento ou perda de produtos por atributos aquém do desejado.

Esse monitoramento também é uma excelente maneira de visualizar onde os processos precisam de aperfeiçoamento. Sem contar que auxilia no aumento da qualidade do plantio. Também vale ressaltar que evita o retrabalho e possibilita o planejamento da colheita com maior assertividade.

Conheça as métricas do indicador OEE e saiba como calculá-lo

O indicador OEE é baseado em 3 métricas principais: disponibilidade, desempenho ou performance e qualidade. Logo, sua fórmula consiste em:

OEE = disponibilidade x qualidade x performance

Mas, antes de realizar esse cálculo final, vale entender o que cada um desses itens representa e saber como encontrar seus resultados. Acompanhe abaixo e descubra!

1. Disponibilidade

A primeira métrica aponta o quanto uma máquina esteve, como diz seu nome, disponível para utilização. Ou seja, a quantidade de tempo de trabalho prevista em comparação ao período em que realmente operou.

Profissional da Indústria 4.0

Logo, quanto mais tempo de produção, maior a disponibilidade. Por consequência, quando esse número for menor, significa que ela precisou ficar paralisada por um intervalo considerável. A fórmula da primeira base do indicador OEE consiste em:

Disponibilidade = (tempo produzindo / tempo programado para produzir) x 100%

Para auxiliar no domínio deste assunto, vejamos um exemplo. Vamos supor que a disponibilidade total de um pulverizador é de 8 horas por dia. Se, por algum defeito, ele conseguir operar apenas metade desse tempo, significa que está entregando uma performance inferior à sua capacidade. Imediatamente, deve-se perceber os motivos desse problema e traçar maneiras de resolvê-los para que não impactem negativamente nos lucros planejados.

Leia também: disponibilidade de ativos e saving: qual a relação desses conceitos na agricultura

2. Desempenho

O segundo passo é a avaliação que indicará o ritmo de produção de um equipamento durante seu tempo trabalhado. Assim, trará dados que mostram a velocidade da operação e irá relacioná-los com a agilidade esperada.

Imagine, novamente, o pulverizador que requer atuação por dois turnos diários. Nesse caso, a pergunta seria: por quantos hectares ele conseguiu aplicar os defensivos no plantio durante as 8 horas por dia? O resultado faz sentido com o potencial da máquina?

Se a resposta for satisfatória, garanta que as revisões de rotinas estão sendo realizadas para que o ativo continue operando com ótimo rendimento. Do contrário, descubra o que está ocasionando a demora na produção e indique soluções eficazes.

Existem duas formas de medir essa métrica. A primeira é manual e depende do colaborador que utiliza o equipamento. Ele precisará fazer anotações preestabelecidas a cada hora para registrar esses valores e conhecer a performance.

Indo no caminho da agricultura de precisão ou 4.0, é possível contar com a ajuda de sensores. Eles são instalados no equipamento ou na linha de montagem e coletam essas informações automaticamente e em tempo real. Assim, evitam-se erros humanos e pode-se agilizar a função. Por fim, é interessante mostrar que, aqui, o cálculo se resume a:

Desempenho = (quantidade produção real / quantidade produção esperada) x 100%

3. Qualidade

De nada adianta ter uma alta produtividade e excelentes resultados de disponibilidade e desempenho se a colheita não tiver qualidade. Por isso, o último indicador OEE analisa e compara a quantidade de mercadoria produzida e entregue ao cliente do agronegócio com a que estava inviável.

Na prática, alguns locais possuem profissionais especificamente para analisar o nível do que foi fabricado. Todavia, se esse não é o seu caso, os próprios operadores podem realizar essa tarefa. Para descobrir esse número, o cálculo deve ser:

Qualidade = (quantidade de itens bons / quantidade total produzida) x 100%

O indicador OEE é uma métrica que deve ser avaliada sempre que as revisões frequentes, essenciais para um bom rendimento no campo, forem realizadas. Entretanto, ainda existem muitos gestores que enxergam essa prática como um investimento desnecessário.

Para ajudá-lo a entender sua importância, temos outra dica de conteúdo. Leia o texto “Riscos de não fazer a manutenção no agronegócio” e aprenda o tema em detalhes. Até mais!

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