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Internet das Coisas: qual o seu impacto para o mundo corporativo?

A Internet das Coisas vai muito além da transformação do mercado consumidor. Com dispositivos inteligentes que usam a rede por múltiplas funcionalidades, o mundo corporativo está vivendo um momento de metamorfose. E isso vale especialmente para a indústria.

Se, há alguns anos, a internet era acessada apenas por computadores, hoje não só é possível usar a rede em qualquer lugar, a partir de smartphones, como já existem diversos dispositivos que se conectam a ela, como pulseiras e óculos inteligentes.

Neste post, explicaremos melhor o impacto da Internet das Coisas no mundo corporativo e como a nova geração de dispositivos conectados está revolucionando processos em empresas de todos os setores. Boa leitura!

O que é Internet das Coisas na prática?

Também conhecida como IoT, sigla para o inglês Internet of Things, Internet das Coisas é o nome dado à capacidade de dispositivos de todo tipo se conectarem à rede a fim de se comunicar com serviços, softwares e outros dispositivos.

Apesar de só ter ganhado os holofotes nos últimos anos, a Internet das Coisas é discutida desde 1991, quando Bill Joy, da Sun Microsystems, começou a imaginar conexões de dispositivos para dispositivos, sem interferência humana direta.

Em 1999, o termo Internet of Things foi cunhado pelo cientista Kevin Ashton, do MIT. Mas foi só na última década que IoT entrou de vez para a rol de palavras-chave da inovação e da transformação digital.

Um relógio inteligente como o Apple Watch é um exemplo simples de dispositivo que representa o conceito de Internet das Coisas.

Mas existem diversos outros exemplos, como lâmpadas inteligentes que podem ser controladas remotamente e até escovas de dente que se conectam a smartphones e gamificam a rotina de higienização bucal.

Além de inúmeras possibilidades de aplicação no mercado consumidor, a IoT já vem transformando a forma como o trabalho é realizado nas empresas.

Um dos carros-chefe da Indústria 4.0, a tecnologia de dispositivos conectados permite a automatização de muitos processos produtivos, bem como promove a integração entre setores.

Como a IoT está presente no mundo corporativo?

Ao contrário do que muita gente pode pensar, a Internet das Coisas não é uma tecnologia do futuro. Na verdade, dispositivos IoT já são adotados em empresas de todos os setores.

Sem falar que muito mais soluções devem ser lançadas em breve. As companhias que saíram na frente, adotando processos conectados, já exibem muitos exemplos bem-sucedidos da Internet of Things.

Talvez um dos exemplos mais conhecidos seja o da DHL, transportadora multinacional que usa a Internet das Coisas para potencializar sua logística e reduzir custos.

Os veículos da empresa são constantemente monitorados para assegurar entregas feitas da melhor forma possível. Até os colaboradores contam com dispositivos conectados que acompanham seus passos quando a serviço da empresa.

Além disso, os contêineres e lotes de entregas da empresa também contam com dispositivos conectados, capazes de precisar sua exata localização e até as condições climáticas nos arredores.

Com as informações geradas por todos esses aparelhos, a companhia consegue ter uma comunicação eficiente e visão apurada de seus processos.

Outros exemplos de IoT aplicada ao mundo corporativo incluem a conexão direta de equipamentos de uma indústria ao ERP (Enterprise Resource Planning) usado pela gestão. Com isso, a produtividade, a disponibilidade e a ociosidade dos maquinários são constantemente verificadas para que, no caso da identificação de algum tipo de erro, um alerta possa ser emitido para a tomada das devidas providências.

No âmbito da agricultura, existem colheitadeiras, pulverizadores e outras máquinas capazes de se conectar à internet e realizar suas atividades no campo de forma autônoma ou semiautônoma.

Para você ter uma ideia, equipamentos mais avançados são capazes inclusive de verificar se a soja está no nível de umidade ideal para colheita e, por conta própria, iniciar ou não o processo.

Como anda a Internet of Things no Brasil?

São diversos os desafios que precisam ser superados no Brasil para que a Internet of Things alcance seu potencial total. O primeiro deles diz respeito à conectividade em si.

Afinal, para que todos os dispositivos estejam conectados o tempo todo, é fundamental ter acesso a conexões sem fio de qualidade, capazes de suportar um tráfego elevado de dados.

Para isso, é preciso contar com um desenvolvimento maior em infraestrutura de telecomunicações, tanto no que se refere à amplitude da cobertura como em relação à largura da banda. Com as próximas tecnologias que vêm por aí, como o 5G, é possível que esse ponto seja melhorado.

Outro obstáculo envolve a segurança, um dos riscos da IoT que mais preocupam não só o Brasil, mas todo o mundo. É preciso pensar que, com dispositivos sempre conectados, existe a possibilidade de pessoas mal-intencionadas usarem o acesso remoto para fins de sabotagens, fraudes e obtenção de informações não autorizadas.

Além do risco pessoal envolvido, muitas empresas têm receio de comprometer suas operações em um sistema que ainda não é totalmente seguro.

Por fim, ainda falta regulação para o setor e um olhar mais cuidadoso do poder público sobre a IoT. Mesmo o Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado em outubro de 2017, ainda é superficial e pouco esclarecedor.

Em discussão desde 2013, o plano brasileiro prevê, por exemplo, a definição de mecanismos para o estímulo de provedores locais e o aumento da oferta de conexão. Do ponto de vista público, o foco do impacto da IoT está em 4 setores: cidades, saúde, rural e indústria.

Como investir na Internet das Coisas?

Para começar a adotar soluções de Internet das Coisas em uma empresa, é preciso, antes de mais nada, identificar oportunidades de aplicação e verificar as tecnologias disponíveis no mercado que podem atender a essas demandas.

Por envolver tanto questões técnicas como fatores específicos do negócio, o mais comum é que a iniciativa de implementação da IoT parta do CIO, o executivo responsável pela tecnologia da empresa.

Em algumas organizações, no entanto, é possível que a demanda por tecnologia surja já no operacional, com o setor de TI apenas assumindo a implementação da novidade.

De toda forma, independentemente de onde for plantada a semente, é fundamental que tanto a área de negócios como o setor de operações estejam alinhados com a tecnologia para a definição das melhores soluções para a companhia.

Entenda: o futuro das coisas está na IoT. É inevitável, portanto, que empresas de todos os setores se adaptem às transformações decorrentes dessa conectividade. O que ainda está esperando para começar?

E agora que você já sabe como funciona a Internet das Coisas e que seu papel no mundo corporativo é crescente, aproveite para compartilhar este conteúdo com seus amigos nas redes sociais!

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