Estratégias de Custos

Como reduzir custos com a padronização da sua frota agrícola?

A rotina no campo é permeada, constantemente, pela busca por economia. Tratando-se um setor dependente de determinações externas quanto ao preço final de seus produtos, é natural que a lucratividade esteja ligada à redução de custos. Alguns produtores têm investido na padronização da frota agrícola como forma de alcançar esse saving. É claro que, considerando o alto preço desses equipamentos, nem sempre essa é uma tarefa viável.

Padronizar os veículos exige que o número de marcas disponíveis seja reduzido. O ideal é que todos sejam de um mesmo fabricante. Com a diversidade de máquinas e implementos que estão presentes na lavoura, você já deve imaginar por que isso é tão difícil. Entretanto, aqueles que já investiram defendem que esta é uma boa fonte de economia.

Neste artigo, mostraremos os motivos pelos quais a padronização da frota agrícola pode auxiliar na redução de custos. Para que você compreenda plenamente o assunto, também, discutiremos as barreiras e desvantagens dessa uniformização. Acompanhe!

Padronização de frota agrícola: os principais pontos sobre esse assunto

Na sua propriedade, quantas marcas compõem a sua frota? No agronegócio, essa é uma pergunta que leva a muitas respostas diferentes. Alguns produtores têm no inventário uma série de fabricantes diferentes, porém, de renome no mercado. Outros, por ter um bom relacionamento e confiança nos equipamentos, preferem trabalhar com exclusividade.

Esses últimos são bons exemplos de quem preza pela padronização de frota agrícola. Ela deve partir, justamente, dessa relação entre produtor, fabricante e autorizadas. Para que ela seja possível, é preciso que a rede concessionária possa atender prontamente às demandas ― aqui, vale lembrar que a unificação também deve abranger transbordos, veículos de apoio e caminhões.

Checklist: Contrato de fornecedores industriais

As principais vantagens da padronização

Trabalhar com uma única marca pode trazer muitos benefícios no que tange à manutenção dos ativos. Veja essa e outras vantagens abaixo.

  • Agilidade na troca: em caso de quebra de algum componente ou equipamento, é muito mais fácil garantir que a máquina volte ao campo. Seja com a substituição da máquina por outra ou pelo estoque de peças já padronizado.
  • Previsibilidade de manutenção: como todos os veículos vêm do mesmo fabricante, as rotinas de manutenção, tanto preventivas como preditivas, são mais fáceis de executar.
  • Compra de peças: por ser realizada em larga escala, visando a atender todos os veículos, é possível  reduzir o preço unitário dos produtos.
  • Treinamento dos colaboradores: a padronização permite profissionalizar e especializar a mão de obra.

Os pontos negativos dessa escolha

Como falamos no início deste artigo, é preciso que você conheça, também, as desvantagens desse modelo. Confira as mais expressivas a seguir.

  • Dependência: o agro brasileiro sabe bem como é difícil depender de um único fornecedor. A pandemia de 2020 escancarou esse problema e, por isso, muitos produtores têm o receio de ficarem “presos” a uma única marca. De fato, esse é um ponto que não deve ser ignorado, embora seja de risco reduzido ao se lidar com grandes fabricantes.
  • Custos imediatos com aquisições: quem quer uniformizar a frota, deve ter ciência de que isso exige um grande investimento a curto prazo.

Como você pôde ver, os benefícios superam as desvantagens. Entretanto, os custos envolvidos na padronização da frota agrícola são consideráveis, o que leva muitos produtores de médio e grande porte a resistirem à uniformização.

Como a padronização influencia a compra e a estocagem de lubrificantes

Diferentes fabricantes implicam, necessariamente, em especificações distintas. Consequentemente, para atender à frota é necessária a busca por uma vasta gama de insumos, como peças e, principalmente, lubrificantes. Estes, por sinal, podem se tornar um grande entrave para quem gerencia o estoque. No agronegócio, as condições externas aumentam as chances de contaminação dos tambores ou barris, que ficam expostos à poeira e as inúmeras opções possam levar a aplicações equivocadas.

Caso seja feita a padronização da frota agrícola, esses dois pontos, compras e estoque, também são impactados positivamente. O primeiro, por trabalhar com um único fabricante, consegue efetuar as aquisições com um planejamento melhor, além reduzir a procura pelas especificações corretas. O outro, percebe uma redução na quantidade de lubrificantes armazenados na propriedade, o que diminui a possibilidade de erro e de perda por contaminação.

Redução de estoque: opção viável para quem não pode optar pela padronização

Há pouco tempo, uma grande empresa do setor sucroalcooleiro investiu R$ 70 mi na padronização da sua frota agrícola pesada. O valor é bastante considerável e é compreensível que, aqueles que não podem desembolsá-lo, busquem outras formas de reduzir seus custos.

De fato, a padronização facilita um fluxo de trabalho que envolve diversas áreas de uma empresa agrícola. Entretanto, ela não precisa, necessariamente, acontecer na frota, mas, pode acontecer, também, nos insumos utilizados.

Em entrevista recente ao Portal Inovação Industrial, o diretor de mecanização da Bom Futuro, José Vengrus, comentou sobre uma das ações da empresa nesse sentido.

Tínhamos a necessidade de um grande estoque, com um enorme volume de lubrificantes diferentes. Isso é um problema para o setor, não apenas no aspecto financeiro, mas, também, nas chances de erro de aplicação. Cerca 8, 10 anos atrás, ouvimos falar de um único óleo para atender tudo, o motor, a transmissão, o freio, o sistema hidráulico”, comenta. 

Com dificuldade de encontrar tal produto no mercado nacional, sendo que os importados pesavam nos cofres da empresa, a Bom Futuro recorreu à PETRONAS para o desenvolvimento de uma solução personalizada. “Precisávamos de um lubrificante que atendesse a todas essas especificações, algo que facilitasse a nossa rotina e que estivesse de acordo com várias marcas”, pontua Vengrus.

Dessa necessidade, nasceu o PETRONAS Arbor MTF BF, disponível no portfólio da marca. “Toda a indústria deu o aval para o uso do PETRONAS Arbor MTF BF, então, é uma qualificação muito significativa para o lubrificante. A todo momento, tivemos o acompanhamento, inclusive, dos fabricantes, que atestaram a eficácia do óleo”, completa o diretor de mecanização.

Leia a entrevista completa: Bom Futuro conta como foi desenvolver solução personalizada em parceria com PETRONAS

Ao conseguir reduzir o número de insumos utilizados, a Bom Futuro reduziu as chances de erro na aplicação e conseguiu ter um estoque mais enxuto ― e menos custoso.

Se você gostou de conhecer os prós e contras da padronização de frota agrícola no que diz respeito à economia, leia nossos outros artigos sobre Estratégias de Custos

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