Com a revolução digital nos processos e os colaboradores se tornando verdadeiros Profissionais 4.0, a busca pelo saving em compras nunca foi intensa. Afinal, é nessa área que acontecem todas as aquisições, desde as mais simples, como as de indiretos, até as de alto valor agregado, a exemplo das de lubrificantes. Portanto, nada mais natural que muitas das pressões por redução de custos na indústria do cimento recaiam sobre ela.
Com o auxílio de tecnologias como Big Data e plataformas de automação, as compras estratégicas recebem a atenção que merecem. Nelas, as oportunidades de gerar saving são muitas, mas não podemos esquecer que também deve-se pensar a longo prazo. Os lubrificantes são um ótimo exemplo disso, pois podem proporcionar ganhos nessas duas frentes: tanto na hora da negociação quanto no futuro, ao reduzir a aquisição de peças adjacentes, por exemplo.
Neste artigo, traremos algumas informações importantes para conquistar o saving na hora de comprar lubrificantes. Mas apenas conhecê-las não basta. Por isso, leia o conteúdo até o fim para entender as oportunidades que esse tipo de negociação traz e, também, conhecer outro importante indicador para a área de suprimentos.
4 boas práticas para garantir o saving na compra de lubrificantes
Independente do insumo negociado, o saving é um indicador essencial para saber se a compra foi acertada. Em resumo, ele mostra quanto a empresa conseguiu economizar naquela transação. Para definição financeira, não há segredo: basta ver o que estava orçado e quanto foi realmente gasto.
Porém, antes de chegar nesse resultado, é preciso percorrer um longo caminho: enviar as RFI (Resquest for Information) ou RFQ (Request for Quotation), selecionar as propostas mais adequadas e, então, iniciar as tratativas. Por outro lado, algumas boas práticas podem ajudar a encurtar essas transações, não por torná-las mais simples, mas, sim, por deixá-las mais assertivas. Confira abaixo 4 essenciais para conquistar saving nas suas negociações.
1. Analise o histórico de preços
É bastante provável que a área de compras tenha cada negociação documentada e organizada em uma planilha ou plataforma digital. Isso é essencial para poder acompanhar a evolução dos preços. Dessa forma, é possível encontrar pontos de economia interessantes, como detectar a sazonalidade dos produtos. Também, deve-se avaliar as condições de pagamento acertadas, uma vez que mudanças nesses termos podem ser determinantes no preço final oferecido pelo fornecedor.
2. Priorize fornecedores nacionais
Esse tópico é importante, especialmente, quando o assunto é lubrificante. O setor industrial brasileiro já se via bastante dependente do mercado internacional. Entretanto, em condições normais, isso não se tornava um problema urgente. Então, 2020 já começou com uma notícia que mexeu com toda a cadeia de suprimentos mundial: a crise do coronavírus. Queda do preço do barril do petróleo, fechamento de fronteiras e valorização do dólar acima da média, foram os fatores que deram início a uma corrida na busca por fornecedores nacionais. Aqui, o saving em compras se dá, principalmente, pela logística que, além de mais barata, consegue garantir o fornecimento e facilitar o planejamento.
3. Considere abrir um BID
Essa é uma modalidade que vem sendo cada vez mais utilizada para a compra de insumos de alto valor agregado, como lubrificantes. A expressão vem do inglês to bid, que significa “licitar”. Aqui, são negociados fornecimentos de longo prazo, que podem resultar em um acordo comercial ou um contrato. E, como os profissionais da área sabem, quando se tratam de volumes maiores e por um período mais extenso, fica muito mais fácil conseguir o saving em compras.
- Leia também: BIDs na indústria: como funcionam as concorrências na escolha de fornecedores de insumos
4. Avalie o desempenho dos fornecedores
Nenhuma compra deve ser encarada como um fator isolado. Em um exemplo simples, imagine que a equipe de suprimentos esteja orçando uma graxa lubrificante para os rolamentos e mancais do ciclone, equipamento do processo de produção de clínquer. Na tomada de preços atual, o fornecedor X consegue oferecer um valor melhor que os concorrentes. Entretanto, ao dar uma olhada no histórico desse parceiro, percebe-se que há alguns registros de atrasos e de incoerências entre o que foi pedido e o que foi enviado. Tomar esse cuidado ajuda a evitar o saving a qualquer custo e isso é o que torna uma aquisição verdadeiramente estratégica.
Saving x TCO: entenda a diferença entre eles
Você deve ter percebido que as dicas que trouxemos acima se aplicam ao momento da compra e têm o objetivo de garantir a economia na aquisição. Porém, a gente sabe que nem sempre o que é mais barato consegue oferecer um bom custo-benefício.
Por isso, outra métrica importante a ser considerada pela equipe é o TCO. Esse é um conceito “emprestado” da área de TI e significa Total Cost of Ownership. Ele diz respeito ao custo total do produto e defende a ideia de que, às vezes, pagar mais no momento da compra é um bom negócio, uma vez que o custo total pode ser reduzido por meio de outras ações.
Para dar um exemplo, vamos ao tema do nosso artigo: a compra de lubrificantes industriais. Em uma tomada de preço, a equipe de suprimentos percebe que um dos fornecedores possui um valor ligeiramente maior. Mas, ao analisar as especificações técnicas, nota-se que o produto em questão conta com um pacote de aditivos mais robusto, que estenderá a vida útil, tanto do fluido quanto do equipamento. Isso se reverte em menos paradas para manutenção e economia a longo prazo com reposição de peças. Explicamos isso porque o saving em compras pode se mostrar de diferentes formas. Inclusive, por meio de benefícios extra, como no caso dos parceiros que, além do produto adequado, oferecem assistência técnica.
Agora que você já sabe como garantir o saving em compras, veja como fazer a lubrificação de máquinas corretamente na indústria do cimento. Sem os processos certos, pode-se colocar muito da economia conquistada na aquisição por água abaixo. Leia o artigo e confira os detalhes!