As bombas de rejeitos não têm interferência direta na produção de uma mineradora. Diferente das perfuratrizes, caminhões e empilhadeira-retomadora, a manutenção do equipamento de bombeamento é mais simples. Mas isso não significa que possa ser deixada de lado! O material transportado pode ser altamente tóxico, a depender do minério extraído. Isso significa que esse é sempre um ponto de atenção em relação a vazamentos ou entupimentos.
Para conhecer melhor o funcionamento e os cuidados com as bombas de rejeitos, também conhecidas como bomba de pistão ou de drenagem, conversamos com os especialistas da PETRONAS. Neste artigo, Eliézer Vasconcelos e João Luís Sant’anna comentam acerca desse equipamento. Continue a leitura!
O que fazem as bombas de rejeitos e por que são tão importantes para a mineração
Após a extração, o material passa por uma lavagem que visa a separá-lo de minérios pobres (aqueles que possuem baixa concentração de ferro) e da areia. Após, a água utilizada nesse processo, junto aos resquícios, transforma-se em uma lama, o chamado rejeito, que será levada através das bombas até as barragens. Por conta dos eventos envolvendo o rompimento dessas estruturas, onde o material fica retido, tem-se buscado novas alternativas para essa etapa. O beneficiamento a seco é uma das alternativas que vem sendo debatida, mas é inegável que colocá-lo em prática é muito mais custoso para as mineradoras.
Em entrevista ao Portal Inovação Industrial, o Engenheiro Sênior da Vale, comentou acerca das dificuldades encontradas. “O maior desafio da mineração, atualmente, é a etapa de beneficiamento do minério de ferro. Estamos tendo que recriar a forma de fazer isso. Precisamos reinventar nossos processos, realizar alterações significativas nessa etapa”, destaca. De fato, em algumas regiões, como no complexo dos Carajás, no Pará, a mineração a seco já é responsável por 80% da produção.
Entretanto, o método que utiliza água ainda é predominante no país. Dessa forma, as bombas de rejeitos ainda estão presentes na maioria das mineradoras. E é esse o equipamento foco do nosso artigo de hoje. Confira, na sequência, as indicações dos especialistas da PETRONAS em relação à manutenção desse ativo.
Conheça as prioridades na manutenção das bombas de rejeitos
De acordo com João Luís, “os cuidados de manutenção acontecem de acordo com a criticidade do material transportado nas bombas. Muitas vezes, eles são tóxicos e, comumente, bastante abrasivos. Essas condições impactam diretamente na frequência das inspeções, nas rotinas que serão feitas e, claro, nos insumos utilizados nas bombas de rejeitos”. Eliézer completa pontuando que as “questões ambientais, agora, devem ser monitoradas de perto, uma vez que isso tem sido exigido, tanto em termos de legislação quanto em relação aos consumidores e sociedade em geral”.
As graxas são, sem dúvidas, os insumos mais utilizados na manutenção das bombas. Para atender às necessidades dos componentes, é preciso que elas tenham características como resistência à água e contaminação. A seguir, confira os pontos de atenção e produtos recomendados quando o assunto é a bomba de rejeitos. Acompanhe!
Rolamentos de rolete cônico
Neste componente, a lubrificação pode ser feita de duas maneiras. Uma delas é por graxa, o método mais utilizado. A outra, com lubrificante. Os especialistas apontam que, aqui, quem manda no protocolo é o fabricante. Antes de escolher o insumo, é necessário se certificar da indicação da OEM.
Para os rolamentos cuja indicação é a aplicação de graxas, os especialistas recomendam o uso da PETRONAS Tutela MR SC. Este é um produto de alta performance à base de sulfonato de cálcio. É indicada para aplicações onde características extremas são exigidas, como a altas cargas e exposição à lavagem com água. Também, possibilita múltiplas aplicações, com excepcional estabilidade mecânica, resistência à água, oxidação e corrosão, além das características de extrema pressão. Suas especificações, próprias para rolamentos altamente solicitados, sujeitos à lavagem por água, proporcionam uma redução significativa na frequência de relubrificação.
Já aqueles que exigem a aplicação de lubrificantes, o PETRONAS Circula Syn supre todas as necessidades dos componentes. Formulado com base sintética selecionada de alta qualidade com eficientes aditivos antioxidante, anticorrosivo e antiespuma, proporciona uma excelente proteção antidesgaste mesmo sob as condições severas. Ainda, apresenta excelente demulsibilidade, resistência à formação de verniz e excelente estabilidade térmica e oxidativa.
Pontos de graxa
Para os demais pontos, a PETRONAS Grease LiX EP 2/380 suporta a extrema pressão exercida sobre a superfície. A graxa tem aditivos que proporcionam proteção contra a corrosão das superfícies, mesmo se houver contaminação por água. A fórmula inclui óleos básicos minerais selecionados e enriquecidos com sabão complexo de lítio e avançados aditivos inibidores de corrosão, extrema pressão, antioxidantes e antiferrugem. Proporciona excelente capacidade de transporte de carga e alta resistência ao desgaste pela água, mesmo em temperaturas elevadas.
Outra opção indicada pelos especialistas é a PETRONAS Grease LiX MEP. A ampla faixa de temperatura que o produto atende (– 20 °C a +160 °C), o torna próprio para o trabalho na mineração. Também formulada com complexo de lítio, tem excelente capacidade de bombeamento e protege as superfícies contra corrosão, mesmo quando a graxa sofre contaminação pela água.
Neste artigo, trouxemos as principais informações acerca das bombas de rejeitos. Para conhecer os detalhes de outros equipamentos, baixe gratuitamente o e-book Guia de lubrificação em mineração. Para ler outros textos sobre esse segmento, acesse este link e confira o nosso arquivo! Aproveite e inscreva-se, também, na nossa lista exclusiva no Telegram e receba as novidades do Inovação Industrial em primeira mão!