Manutenção Industrial

Chão de fábrica: como aumentar a produtividade de pessoas e máquinas?

O chamado chão de fábrica é o coração da indústria. É lá que as matérias-primas viram produtos acabados ou beneficiados. Por isso, procurar maneiras de aumentar a produtividade dessa área é fundamental para quem busca a eficiência do negócio. Nesse sentido, a chegada da Indústria 4.0 tem propiciado inúmeras maneiras de fazer com que as pessoas e as máquinas possam trabalhar melhor e com menos falhas.

Entretanto, as inovações não ficam restritas apenas à tecnologia, cada vez mais avançada, empregada nos equipamentos. Novos modelos de gestão, também, têm ganhado espaço na tentativa de otimizar o chão de fábrica. Um deles é o lean manufacturing, que mostraremos, com mais detalhes, a seguir. Isso porque, muitas vezes, para se aumentar a produtividade, não é necessário comprar mais máquinas ou contratar mais pessoas. Realizar uma gestão voltada para a redução do desperdício, seja ele financeiro ou de tempo, pode garantir muito saving para o negócio.

Neste artigo, preparamos os principais tópicos que gestores, de qualquer segmento, devem se ater quando estiverem buscando formas de otimizar o chão de fábrica. Acompanhe e saiba mais.

Desvendando a Indústria 4.0

Manutenção: qual seu impacto na produtividade do chão de fábrica?

Antes de mudar, é preciso conhecer o estado atual do seu chão de fábrica. Quanto tempo é gasto com a ociosidade das máquinas e dos colaboradores? Quais os gargalos que existem nos processos? De tudo que é produzido, quanto fica parado no estoque e quanto é descartado por conta das falhas? Sem ter as respostas para perguntas como essas, o gestor corre o risco de implementar mudanças que em nada agregarão na produtividade.

E a manutenção dos ativos tem relação direta com isso que acabamos de citar. Sem um controle rígido acerca das paradas não programadas, por exemplo, é impossível determinar um ritmo de produção que, de fato, se concretizará.

Nesse quesito, ter um PCP é essencial para qualquer negócio que deseje extrair o melhor que o chão de fábrica pode oferecer. Mesmo sendo um conceito já utilizado há bastante tempo, o Planejamento e Controle da Produção nunca foi tão atual. Em um cenário de constantes mudanças e imprevisibilidade econômica, todos os setores da indústria devem trabalhar com foco na redução dos custos. Assim, é possível otimizar a distribuição de recursos de forma a aumentar a eficiência produtiva e o aparato tecnológico da empresa.

Esse sistema é capaz de gerenciar todos os mecanismos  operacionais de uma empresa. O PCP é sustentado por três pilares, como você confere abaixo.

  • Planejamento: todos os processos que envolvem a produção devem ser planejados de acordo com metas. Aqui, o foco está em determinar o que, quando e quanto produzir de forma a manter os recursos necessários disponíveis.
  • Controle: é onde o gestor acompanhará a execução do que foi estipulado e  verificará se as programações determinadas foram cumpridas. Assim, é possível identificar erros e falhas.
  • Programação: permite utilizar os recursos disponíveis ao programar as atividades da produção. Deve ser amparado por uma agenda bem estruturada de ações.

Mesmo que o PCP seja voltado para o gerenciamento do chão de fábrica, é imprescindível que exista um alinhamento estratégico entre todos os setores envolvidos na produção. No artigo Manutenção x PCP: importância do alinhamento entre setores, você encontrará todas as informações necessárias para colocar esse método em prática. 

Lean manufacturing: o que é e como fomenta a produtividade do chão de fábrica?

Junto às inovações que a Indústria 4.0 viabilizou no mercado, alguns conceitos de gestão precisam ser postos em prática para que os investimentos em tecnologia não sejam um desperdício de orçamento. Isso porque de nada adianta ter sensores de vibração ou incluir drones nas rotinas de manutenção, se não houver um processo que faça uso das informações fornecidas.

Outro conceito que tem ganhado espaço é o lean manufacturing, ou “manufatura enxuta”. Esta é outra metodologia que já existe há tempos, mas tem sido primordial, atualmente, para quem está em busca de mais produtividade e, claro, redução de custos. Evitar os desperdícios é o cerne da filosofia e, para isso, tudo que engloba a produção deve ser minuciosamente mapeado.

No lean manufacturing são considerados desperdícios:

  • Transporte: deslocar uma equipe para uma rotina de manutenção que acabou não acontecendo é um exemplo de um grande gargalo produtivo, uma vez que os colaboradores perdem tempo se movendo até o local dos reparos.
  • Movimentação: esta diz respeito ao que acontece dentro dos setores, não entre eles, como o tópico anterior. Ambientes de trabalho desorganizados dificultam o acesso às informações, ferramentas, documentos e outros itens indispensáveis para a continuidade do negócio.
  • Defeitos: produtos acabados que não serão comercializados são uma amostra clara de desperdício. Nesse quesito, é preciso um acompanhamento rígido do processo de produção, a fim de evitar o problema.
  • Espera: a ociosidade é um problema comum, o que não o torna menos grave. Para o lean manufacturing, colaboradores que ficam aguardando instruções dos superiores e a parada não programada das máquinas são exemplos de perda na produtividade.
  • Produção excessiva: fabricar mais que o necessário é, sem dúvidas, uma grande fonte de desperdício. Materiais, mão de obra e necessidade de um estoque maior são apenas alguns pontos. O cenário fica ainda mais grave quando consideramos que a produção excessiva acarreta, também, em mais movimentações e transporte.
  • Processamento impróprio: são as etapas de produção que não agregam valor ao produto final, nem impactam na sua qualidade. Ou seja, engloba toda uma gama de tarefas que, perante o cliente, são dispensáveis.
  • Estoque: possuir um inventário maior que o necessário atrapalha a visualização dos processos e das reais necessidades da indústria.

Como você pôde perceber, tanto no PCP quanto no lean manufacturing, é fundamental um conhecimento profundo sobre o que acontece no dia a dia do chão de fábrica. Portanto, mapear todas as atividades e processos é o primeiro passo para torná-lo mais produtivo. Identificar os gargalos, os desperdícios e traçar estratégias para mitigá-los é uma das principais funções de gestores que entendem como a competitividade da indústria depende de plantas mais inteligentes, interligadas e otimizadas. 

Se você gostou de saber como tornar o chão de fábrica mais produtivo, confira nossos outros artigos voltados às Estratégias de Custos para a indústria.

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