Aqui no blog, o alinhamento entre setores, em especial o de suprimentos e de manutenção, é frequentemente mencionado. Afinal, essa é uma atitude que otimiza recursos e tende a trazer bons resultados para ambas as equipes e, consequentemente, para o agronegócio. Essa harmonia deve acontecer mesmo nas compras MRO, aquelas consideradas indiretas, tal qual é o caso dos lubrificantes.
Antes de tudo, é bom definir as compras MRO. A sigla se refere à Manutenção, Reparo e Operações e trata daqueles itens que, ainda que não sejam parte do produto final, são essenciais para dar sequência à produção. Ferramentas, materiais elétricos e de escritório são alguns exemplos, da mesma maneira que os lubrificantes que citamos acima. Porém, mesmo sendo indiretos, muitos deles têm valor estratégico para o agronegócio.
Dessa forma, ter uma boa gestão de MRO é essencial para o agronegócio. Entre os benefícios, estão os níveis de estoque adequados, um nível de serviço elevado e alguns outros que traremos ao longo deste artigo. Por isso, continue a leitura e entenda por que essa modalidade merece atenção no seu planejamento de compras.
4 critérios que as compras MRO de lubrificantes devem cumprir no agronegócio
1. Qualidade
Todo bom comprador sabe que nem sempre preço baixo e qualidade andam juntos. Não à toa, muitas indústrias têm dado mais importância ao custo-benefício, ao ROI (Retorno sobre Investimento) e a outros indicadores que vão além do saving na hora de definir as compras MRO estratégicas. No caso dos lubrificantes, colocar o valor acima da excelência pode expor o maquinário a uma série de adversidades. Aumento da temperatura operacional, micropitting, colapso de sistemas e desgaste são apenas algumas das consequências de uma lubrificação ineficiente.
Como você pode imaginar, isso leva ao aumento de gastos com reparos e mão-de-obra. Mas, talvez, o maior problema seja na questão da disponibilidade. No agronegócio, esse fator pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo da safra. Por isso, o produtor precisa ter certeza de que os ativos estarão prontos para o trabalho assim que necessário. Em contrapartida, a aplicação de lubrificantes de qualidade superior, além de prevenir esses percalços, tem relação direta com a redução de custos.
2. Sustentabilidade
Este é um tema latente em toda a indústria. Entretanto, ele é ainda mais relevante para o agronegócio, que precisa buscar alternativas que ajudem a diminuir o impacto da atividade no meio ambiente. A irrigação de precisão é uma delas, que promete economizar até 25% da água usada na operação. Ainda, a Proconve MAR-1, versão brasileira específica para o agronegócio da norma Euro 6, vem pressionando os construtores de motores a diesel a utilizarem tecnologias que reduzam a emissão de poluentes.
Isso quer dizer que prezar pela agricultura sustentável não é mais um diferencial, mas sim um fator que garante espaço no mercado e mantém o agronegócio em conformidade com as novas regras. E, aqui, as compras MRO contribuem significativamente para isso. Afinal, de nada adianta contar com um maquinário adequado e usar insumos que não estejam em consonância. Outro ponto é em relação ao ESG. Atualmente, os consumidores têm ficado atentos à sustentabilidade não apenas do produtor, mas também de toda a cadeia da qual ele faz parte.
3. Sazonalidade
Diferente de setores como a siderurgia ou a mineração, o agronegócio precisa seguir rigorosamente o calendário de safras. Assim que a janela de plantio ou de colheita é aberta, cada minuto conta. Então, não há espaço para contratempos, tal qual a falta de itens em estoque ou os atrasos nas entregas dos fornecedores. Dessa forma, os compradores precisam ficar atentos aos prazos e saber quando é o momento certo de negociar.
Junto a isso, somam-se os fatores externos com impacto direto no campo, exemplo disso tem sido a guerra na Ucrânia que dificultou o abastecimento dos defensivos agrícolas. É claro que nem sempre dá para nacionalizar toda a cadeia de suprimentos, porém ter um fornecedor local, com mais facilidades logísticas, é essencial nas compras MRO.
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4. Logística
No contexto da Agricultura de Precisão, a manutenção preventiva tem ganhado destaque. Os motivos, como você sabe, estão relacionados à confiabilidade e disponibilidade dos ativos, além da redução no TCO (Total Cost of Ownership). Acontece que, para que as rotinas sigam como foram planejadas pelos profissionais, as compras MRO precisam ter sido feitas com eficiência. Porém, nem sempre o problema está na gestão dos compradores, mas sim no fornecedor.
A falta de cumprimento nos prazos de entrega é ainda mais frequente quando falamos dos meses de chuva. Muitas propriedades ficam em locais de difícil acesso, onde conseguem chegar apenas caminhões traçados. Assim, mesmo que o vendedor cumpra requisitos — como qualidade, especificações técnicas e preço dos lubrificantes —, a logística é um dos critérios mais importantes a serem avaliados.
Conheça os benefícios que podem ser esperados a partir da gestão de compras MRO
Considerando os critérios apresentados e realizando uma boa gestão de compras MRO, o agronegócio tem muito a ganhar. Os estoques, por exemplo, são um ponto sensível nesse segmento, especialmente a armazenagem e manuseio de lubrificantes. Isso porque a poeira e os fatores externos, aos quais a atividade está inserida, propiciam a contaminação do óleo. Nesse sentido, quanto mais enxuto for o estoque, melhor.
Saiba mais sobre o assunto em: Lean manufacturing na gestão da manutenção.
O tempo dos colaboradores também é otimizado, uma vez que os materiais estão sempre disponíveis para os trabalhos. Ainda, ao estimular a integração das equipes, o resultado aparece em compras MRO mais assertivas, com lubrificantes de qualidade e que, de fato, suprirão as necessidades do maquinário.
Agora que você já sabe o que considerar nas compras MRO de lubrificantes para o agronegócio, salve e aplique essas dicas no seu planejamento. Aproveite e inscreva-se também no nosso canal exclusivo no Telegram. Por lá, você recebe todas as novidades e insights do Portal Inovação Industrial em primeira mão.















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