O óleo hidráulico é um fluido que tem como principal função transmitir força para os equipamentos. Mas outras funções também são necessárias para um bom desempenho do maquinário, como a proteção de suas partes contra o desgaste.
Os óleos hidráulicos são responsáveis por lubrificar máquinas e equipamentos, além de contribuir para que os movimentos das peças internas sejam executados com mais força. Por isso, a aposta nas manutenções preditiva e preventiva é uma excelente forma de garantir a integridade e o aumento da vida útil desse sistema.
Mas só isso não é o suficiente! Também é preciso entender a importância desse item e saber como escolher o melhor óleo para utilizar na sua empresa. Elaboramos este post justamente para explicar melhor o assunto. Continue com a leitura e saiba mais!
A importância do óleo hidráulico correto
A escolha correta do óleo hidráulico está ligada a 2 fatores de suma importância para qualquer operação:
- o aumento da vida útil dos equipamentos;
- a performance desses ativos.
Exemplos corriqueiros que acabam prejudicando bastante o desempenho é o uso de óleo comum, sem aditivação antidesgaste, e a priorização da economia na compra, levando as máquinas a apresentarem problemas, como vazamentos constantes.
Esse tipo de falha pode ser relacionado a um produto que não é o especificado por incompatibilidade de materiais. Pode também estar ligado ao fato de o lubrificante perder muito a viscosidade, ficando fluido demais a temperaturas elevadas. Para casos assim, o mais recomendado é o uso de um lubrificante HVLP, com maior índice de viscosidade.
As características dos óleos hidráulicos
Existem no mercado os óleos minerais e os de base sintética ou semissintética. Nos tópicos a seguir, explicaremos as diferenças entre eles, aproveitando para apresentar as principais características de cada um.
Óleos de base mineral
A maior parte dos óleos hidráulicos é mineral. Mesmo para esses casos, porém, existem diversas variações, dependendo do grau de saturação. Um óleo básico mais saturado proporciona um desempenho melhor e tem maior resistência à oxidação, além de outros benefícios que conferem maior qualidade ao lubrificante final.
Sendo assim, comparando um produto produzido com o Grupo I mineral e outro com o Grupo II, também mineral, os produtos terão desempenho diferentes devido ao grau de saturação do óleo básico.
Essa diferença pode acontecer até mesmo em óleos básicos de mesmo grupo. Considerando 2 produtos produzidos com Grupo I, sendo um com grau de saturação igual a 67% e o outro com grau de saturação de 88%, o segundo terá um desempenho superior ao primeiro devido à sua maior estabilidade.
Óleos de base sintética e semissintética
Apesar de a maioria dos óleos ser mineral, existem alguns produtos de alta performance que podem ser semissintéticos e sintéticos. Na aplicação de novas tecnologias, as bases sintéticas têm sido bastante usadas — como em produtos com o intuito de economizar energia.
Além dessa base, também aparece aditivação de modificador de atrito para reduzir o atrito fluídico. Tem-se, assim, ganho de economia de energia e/ou combustível.
Outra aplicação dos sintéticos para a linha hidráulica é vista em produtos resistentes ao fogo para sistemas hidráulicos que trabalham próximos de altos-fornos e locais em que o perigo de incêndio é constante.
Os aditivos aplicados ao óleo hidráulico
Inibidores de corrosão e ferrugem
Tais inibidores agem de forma a evitar a corrosão, protegendo superfícies metálicas. A diminuição da corrosão consegue aumentar a vida útil do equipamento.
Antioxidantes
Os antioxidantes inibem os efeitos da oxidação devido às elevadas temperaturas e ao envelhecimento do lubrificante. A estabilidade em relação à oxidação é essencial para óleos hidráulicos, permitindo que eles trabalhem por mais tempo em severas condições de uso.
Um óleo básico bem refinado e tratado retarda a oxidação e permite ao sistema hidráulico funcionar isento de formação de depósitos.
Antidesgastes
O aditivo antidesgaste forma uma película protetora para evitar o contato entre os metais das partes em movimento.
Antiespumantes
Os antiespumantes trabalham removendo a formação de bolhas ou espuma de ar do lubrificante, reduzindo o efeito de aeração.
Emulgadores
A demulsificação é a capacidade do óleo de se separar da água, que pode ser um contaminante em alguns tipos de sistema hidráulico. Quanto mais rápida e eficaz for essa separação, melhor será para o sistema. Para isso servem os emulgadores.
Melhoradores do Índice de Viscosidade (IV)
Esses aditivos atuam para diminuir a variação da viscosidade quando a temperatura oscila. Quando o produto tem esse tipo de aditivo, o lubrificante trabalha em uma ampla faixa de temperatura sem gerar variação na viscosidade.
A avaliação, a qualidade e o armazenamento
O que considerar na escolha do óleo ideal?
Antes de mais nada, é importante saber qual é a especificação indicada pelo fabricante do equipamento. Entre os principais pontos que devem ser avaliados estão:
- a viscosidade do lubrificante;
- as normas industriais, sendo a principal a DIN 51524 parte 1 (HL), parte 2 (HLP) e parte 3 (HVLP);
- as especificações Original Equipment Manufacturer (OEM), que exigem que o lubrificante atenda a condições mais severas de uso.
Que cuidados tomar no manuseio, uso e armazenamento?
O principal cuidado no manuseio de um óleo hidráulico está ligado à prevenção de qualquer contaminação. Quanto ao armazenamento, o processo não se diferencia do esquema de outros lubrificantes, bastando deixar em local arejado, coberto e fora de contaminações externas — com água e poeira, por exemplo.
Que indústrias usam mais óleos hidráulicos?
Estamos falando aqui de indústrias de todos os segmentos e dos mais diferentes tamanhos, como:
- papel e celulose;
- mineração;
- siderurgia;
- açúcar e álcool;
- cimento;
- energia;
- automotiva;
- metalurgia.
O óleo hidráulico tem um papel fundamental para garantir o cuidado com as máquinas e os equipamentos na indústria. A escolha adequada interfere positivamente no desempenho desses ativos e pode ajudar a reduzir a quantidade de paradas decorrentes de vazamentos e outros defeitos.
Definitivamente, portanto, vale a pena prezar pela relação custo-benefício ao adquirir esses itens.
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Gostaria de obter mais conhecimento nessa área de óleos e graxas.
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