Processo de moagem: quais os principais pontos de atenção na lubrificação

A indústria do cimento é bastante severa para os equipamentos. Desde a extração do calcário, redução do minério nos britadores, processo de moagem, produção do clínquer até a embalagem do produto final, os ativos desse segmento estão expostos o tempo todo a mecanismos de desgastes agressivos. Isso, claro, torna o trabalho dos gestores de manutenção muito mais complexo.

Um dos processos mais importantes dessa indústria acontece nos moinhos. Na verdade, eles atuam em dois momentos. No primeiro, a homogeneização é responsável por fazer com que a matéria-prima se transforme em um pó fino, chamado de farinha crua. Já no segundo, o clínquer produzido no forno passará, novamente, pela moagem. Porém, nessa fase, receberá os produtos que determinarão o tipo de cimento que será posto à venda (gesso, calcário, pozolana etc.).

Como você pode imaginar, o colapso desses ativos pode colocar em xeque todo o planejamento da produção. Na etapa de aditivação, a parada não programada do moinho, inclusive, compromete a qualidade do produto e, também, o cumprimento das entregas. Para conhecer melhor os aspetos mais importantes na hora de lubrificar esses equipamentos, contamos com o auxílio dos especialistas técnicos da PETRONAS. Neste artigo, Júlio Sabino, Eliézer Vasconcelos e Daniel Cruz comentam sobre os componentes mais sensíveis envolvidos no processo de moagem do cimento. Acompanhe.

Os principais pontos de lubrificação no processo de moagem do cimento

Os equipamentos da indústria do cimento estão, o tempo todo, expostos a fatores de desgaste. O próprio ambiente, a céu aberto e com bastante poeira, já torna a lubrificação desses ativos mais delicada. Por conta disso, a contaminação dos óleos e graxas é um problema que merece atenção antes mesmo da aplicação no ativo.

Além disso, as altas cargas, impacto e temperaturas se apresentam como desafios para os gestores da manutenção. Porém, mesmo em etapas distintas do processo de produção, as moendas têm funcionamento e componentes semelhantes. Dentre os que exigem mais atenção quanto à lubrificação, os especialistas da PETRONAS destacam os listados abaixo.

Redutores

O primeiro processo de moagem pelo qual o calcário passa é aquele que irá transformá-lo na chamada farinha crua. Nessa etapa, os impactos e as cargas elevadas são fatores danosos para os redutores. O desgaste desses componentes pode levar ao micropitting, que é a causa raiz de muitas falhas.

A linha PETRONAS Gear Syn PAO consiste em lubrificantes de desempenho premium, desenvolvidos especialmente para diversos tipos de engrenagens fechadas, operando desde condições normais a serviços extremamente pesados. Sua fórmula inclui óleos básicos sintéticos com alto índice de viscosidade (PAO), enriquecidos com avançados aditivos inibidores de pressão extrema, antidesgaste, antioxidantes, antiferrugem e antiespuma.

Mancais do motor elétrico

As altas cargas ainda têm influência direta nas necessidades de lubrificação dos mancais do motor elétrico. Esse é um componente altamente exigido no processo de moagem, tanto na primeira quanto na segunda etapa, e seu colapso tem consequências diretas sobre a produção ― e a lucratividade ― da indústria.

A sobrecarga nos mancais eleva a temperatura operacional que, por sua vez, acelera o desgaste das peças. Para mitigar os efeitos da extrema pressão, um dos produtos indicados pelo especialista Júlio Sabino é o PETRONAS Grease LiX MEP. Esta é uma graxa de complexo de lítio, aditivada com propriedades que a tornam apta para o trabalho em extrema pressão. Foi especialmente desenvolvida para o uso severo onde há movimentos oscilantes ou rotativos.

Rolamentos de roletes

Os rolamentos, assim como os mancais do motor, também são diretamente afetados pelas altas cargas. A temperatura de operação elevada facilita a ruptura do filme, deixando as faces de metal em contato direto. Entretanto, a robustez do lubrificante não está atrelada à quantidade aplicada. Muito pelo contrário! O excesso de graxa pode trazer grandes transtornos, pois prejudica a estabilidade mecânica dos componentes.

Sendo assim, para mitigar esse problema e garantir a operação dentro dos padrões de performance estipulados pelos fabricantes, é preciso que o insumo aplicado tenha uma formulação diferenciada, capaz de suportar esses desafios. Mais uma vez, o PETRONAS Grease LiX MEP é a indicação dos especialistas. A ampla faixa de temperatura que o produto atende ― – 20 °C a +160 °C ―, o torna próprio para o trabalho em cimenteiras.

Assistência técnica: a importância de contar com bons fornecedores

“Em cimenteiras, as condições operacionais são desafiadoras. Esse setor, como todos os outros, tem buscado aumentar a produtividade, o que faz com que a lubrificação tenha papel central nas rotinas de manutenção. Isso exige a presença de insumos de qualidade superior nas rotinas, que suportem essas adversidades e assegurem a continuidade do trabalho”, comenta Eliézer Vasconcelos. Porém, a complexidade de um parque industrial, muitas vezes, necessita de um acompanhamento técnico mais próximo, que analise as necessidades de cada ativo e consiga, de forma assertiva, determinar o melhor produto.

Por vezes, o estoque não precisa ter uma grande variedade de produtos, como no caso do processo de moagem, onde ativos semelhantes fazem parte do trabalho. Entretanto, por estarem em etapas diferentes, consequentemente, os fatores de desgaste podem ser outros. Dessa forma, é essencial que se sigam as recomendações do fabricante para seleção do tipo de lubrificante, viscosidade, quantidade de aplicação e identificação do intervalo de troca. A ajuda de um especialista contribui com a avaliação minuciosa de tais parâmetros, levando consideração as condições específicas de um processo.

Para isso, nada melhor que contar com fornecedores qualificados e que possam oferecer mais que insumos, como a PETRONAS, que disponibiliza a assistência técnica. Ao contactar o suporte, o cliente recebe a visita de uma equipe especialista em lubrificação, que realiza as seguintes atividades:

1. cataloga todos os equipamentos disponíveis e identifica os principais pontos de lubrificação;
2. analisa o desempenho do ativo e a compatibilidade do fluido que vem sendo utilizado. Essa etapa é importante para direcionar o setor de compras na aquisição dos insumos corretos;
3. elabora, por fim, um plano de lubrificação industrial, focado em reduzir o desperdício e aumentar a vida útil tanto de equipamentos, quanto do próprio óleo utilizado.

Garanta a produção e, assim, a competitividade da sua indústria. Entre em contato com a PETRONAS e converse com um de nossos especialistas em lubrificação. Para se manter informado sobre o mercado nacional, cadastre-se na lista exclusiva do Inovação Industrial no Telegram.