Lubrificação

Como as condições operacionais das cimenteiras afetam a lubrificação das máquinas

As condições operacionais das cimenteiras, assim como as da mineração, são bastante severas para o maquinário. Por ser uma atividade dividida em duas etapas, a extração do calcário e a parte industrial, os gestores da manutenção devem ter atenção redobrada. No primeiro momento, as altas cargas são responsáveis por uma série de desgastes. No segundo, a temperatura elevada e o impacto severo são os grandes desafios.

Além das adversidades próprias da indústria cimenteira, as condições operacionais contribuem para que a inspeção dos equipamentos deva ser ainda mais rigorosa.

A parte de extração do minério, nesse segmento, é bastante similar a que acontece nas mineradoras. Os ativos, inclusive, são comuns às duas atividades: perfuratrizes, escavadeiras e caminhões são alguns exemplos. Dessa forma, os desafios que a mineração impõe aos gestores de manutenção são iguais àqueles provocados pelas condições operacionais das cimenteiras”, pontua Daniel Cruz, especialista técnico da PETRONAS.

Neste artigo, trouxemos informações importantes acerca das condições operacionais de cimenteiras e os principais pontos de atenção em relação à lubrificação dos equipamentos. Para isso, conversamos, também, com Eliézer Vasconcellos, engenheiro e executivo de serviços técnicos da PETRONAS. Acompanhe!

Guia de Lubrificação em Mineração

As adversidades presentes nas condições operacionais das cimenteiras 

É impossível falar na extração de calcário sem citar as condições adversas que esse ambiente proporciona ao maquinário. A presença constante de poeira que, inclusive, é gerada pelos equipamentos, pode representar um grande risco para alguns sistemas, a exemplo das rodas motorizadas. Outros fatores, como a exposição ao trabalho quase que ininterrupto, chuva e lama, também tornam a lubrificação dessas máquinas um ponto delicado para os profissionais de manutenção. Até porque a logística para as rotinas é mais complexa, visto que a mineração do calcário ocorre em ambientes hostis e mais isolados.

Mas as condições operacionais das cimenteiras não ficam restritas aos desafios impostos à qualquer atividade desempenhada em locais abertos. Além das altas cargas às quais as máquinas da extração estão sujeitas, as presentes na parte industrial também estão expostas a fatores nocivos. No processo de britagem, o alto impacto leva rolamentos e sistema hidráulico ao limite, enquanto o forno responsável por tirar a umidade ainda presente no pó de calcário torna os mancais e redutores pontos críticos da operação.

Em cimenteiras, as condições operacionais são severas. E esse segmento, como todos os outros, tem buscado aumentar a produtividade, o que faz com que a lubrificação tenha papel central nas rotinas de manutenção. Altas cargas e impactos, temperaturas extremas, além do fato de estar vulnerável às avarias externas, exigem insumos de qualidade superior, que suportem essas adversidades e assegurem a continuidade do trabalho”, comenta Eliézer Vasconcellos.

O impacto do ambiente operacional no maquinário

Assim como outros segmentos da indústria, as cimenteiras também têm sentido os impactos da chegada da Indústria 4.0. Dessa forma, buscam manter a produtividade por meio da disponibilidade dos ativos, uma vez que o colapso de um equipamento pode interromper todo o processo. Porém, diferente de alguns outros setores, a pressão sobre a sustentabilidade da atividade é ainda maior. 

Para cumprir com esses requisitos, é preciso garantir que exista um plano de lubrificação eficiente. Assim, são causados menos danos ao meio ambiente através da extensão do período de troca do fluido e ao assegurar o padrão de operação. Além disso, evita-se que os reparos corretivos, muito mais custosos que os preditivos e preventivos, sejam necessários.

Os especialistas das PETRONAS comentaram acerca dos principais impactos provocados pelas condições operacionais das cimenteiras. 

No processo industrial, os contaminantes são muitos. Isso afeta não só a lubrificação das máquinas que estão em operação, mas, também, os lubrificantes ainda estocados. Então, é necessário que haja o cuidado antes, na armazenagem e manuseio, e durante o processo”, pontua Daniel Cruz.

Essas máquinas, por lidarem diretamente com a extração do calcário, estão sujeitas às altas cargas, o que exige um filme lubrificante mais robusto, que não rompa durante o trabalho.

Enquanto isso, a parte industrial proporciona às máquinas dois fatores extremos para a lubrificação: impacto severo e altas temperaturas. O primeiro, tem consequências diretas sobre mancais do motor elétrico, redutores e caixas de engrenagem.

Já o calor, presente no forno rotativo, um dos principais ativos dessa indústria, impõe ainda mais restrições à manutenção. “Esse equipamento só para quando programado. E, mesmo assim, tudo deve ser muito bem pensado. Por conta da temperatura de operação, ele demora muito para resfriar. E, na hora de ligar, o mesmo impasse: até ele atingir os 1.400 ºC necessários para o trabalho, muito tempo e energia precisam ser gastos”, comenta Daniel Cruz. 

Assistência técnica em lubrificação: como ela ajuda a amenizar os danos causados pelas condições operacionais

Mesmo com uma grande variedade de máquinas presente nos processos das cimenteiras, os especialistas reforçam que os três pontos operacionais que mais devem estar no radar dos profissionais de manutenção são estes: impacto, temperatura e condições externas. Entretanto, não se pode resumir a lubrificação desses ativos a esses fatores, uma vez que cada equipamento é designado para um tipo de serviço e tem suas especificações e necessidades próprias.

O manual do fabricante fornece as principais informações sobre os lubrificantes industriais que devem ser utilizados. Porém, um estudo mais aprofundado das condições operacionais pode indicar produtos de qualidade superior e que garantam, além da disponibilidade dos ativos, o saving financeiro. Para alcançar isso, nada melhor que contar com fornecedores qualificados e que possam oferecer mais que insumos, como a PETRONAS, que disponibiliza a assistência técnica.

 Ao contactar a assistência técnica, o cliente recebe a visita de uma equipe especialista em lubrificação, que realiza as seguintes atividades:

  1. cataloga todos os equipamentos disponíveis e identifica os principais pontos de lubrificação;
  2. analisa o desempenho do ativo e a compatibilidade do fluido que vem sendo utilizado. Essa etapa é importante para direcionar o setor de compras na aquisição dos insumos corretos;
  3. elabora, por fim, um plano de lubrificação industrial, focado em reduzir o desperdício e aumentar a vida útil tanto de equipamentos, quanto do próprio óleo utilizado.

Garanta a produção e, assim, a competitividade da sua indústria. Entre em contato com a PETRONAS e converse com um de nossos especialistas em lubrificação. Para se manter informado sobre o mercado nacional. 

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