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Análise Makigami: como otimizar processos na manutenção industrial?

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Não é de hoje que o setor de manutenção industrial é visto como um custo para as empresas. Por lidar frequentemente com problemas que, sim, geram despesas para o caixa, essa área acaba sendo desvalorizada. O que, na verdade, é interessante, já que essa atitude acaba causando mais dor de cabeça. Uma maneira de mudar a situação e fazer a manutenção andar ao lado das estratégias é utilizar a análise Makigami para otimizar os processos.

Essa metodologia foi criada há mais de 20 anos, mas continua fazendo sucesso dentro de companhias de diferentes ramos. Sem dúvidas, porque traz uma série de benefícios que vão desde a redução de gastos até o aumento de rendimento.

Tudo isso porque, ao invés de direcionar a responsabilidade dos desafios somente à performance dos trabalhadores, ela foca nos sistemas. Logo, alterando a forma como os processos acontecem, muda-se também a maneira como os colaboradores operam.

Neste conteúdo, explicaremos em detalhes o assunto para que você entenda o conceito dessa análise e sua importância. Além disso, mostraremos seus impactos na manutenção industrial e como fazê-la sem erros. Continue lendo e saiba mais!

Otimização de processos na manutenção industrial: conheça a análise Makigami

Makigami é uma palavra que tem origem japonesa e significa “rolo de papel”. Basicamente, é uma metodologia criada em 1996 com o objetivo de aperfeiçoar processos, sistemas e produtos que são intangíveis, como no caso da manutenção industrial. Para isso, apresenta as chamadas “regras de ouro”, que, na prática, são passos obrigatórios para aqueles que desejam evoluir a performance do negócio. Em breve, neste texto, apresentaremos quais são eles.

Com a Makigami é possível criar um diagnóstico da situação atual e traçar os passos para o destino desejado. E o melhor: em um tempo recorde. A proposta é que essa parte do planejamento seja finalizada em uma semana e um plano de ação eficiente seja criado. É claro que, para dar conta de todo esse trabalho em apenas 7 dias, é preciso diversas equipes trabalhando simultaneamente.

O foco dessa metodologia são as ações invisíveis, porque eles abrem mais brecha para desperdícios, erros e outros problemas. Afinal, a perda não fica tão clara. Logo, seguindo o que propõe, essas adversidades são identificadas e pode-se criar maneiras de driblá-las. Além disso, é mais fácil ter uma visão holística da companhia e atingir as metas esperadas.

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Agora que você já conhece o que é a análise Makigami, confira no próximo tópico como aplicá-la na manutenção industrial. Leia abaixo!

Veja também: análise RAM: o que é e qual a sua importância na indústria?

Aprenda a fazer uma análise Makigami

Chegou o momento de entender como aplicar o que comentamos até aqui e conhecer as etapas tão valiosas que a metodologia traz. Já vamos começar deixando claro que iniciar a Makigami não é difícil, mas exige um trabalho a várias mãos. Será necessário seguir 5 passos, que vão desde a avaliação geral da manutenção industrial (ou do objeto de análise) até um plano de ação. Confira quais são eles a seguir!

1. Visão aérea da situação

Analise o cenário atual para fazer um diagnóstico do que precisa ser aperfeiçoado. Se a intenção é otimizar a rotina da manutenção reduzindo o número de paradas não programadas, tenha esse como o seu objetivo macro para, na sequência, desmembrá-lo em ações menores.

2. Preparação do mapeamento dos processos Makigami

Para dar início ao mapeamento, todas as informações referentes ao que foi analisado anteriormente devem estar disponíveis. No caso do exemplo acima, é importante saber quantas intervenções vêm acontecendo, angariar dados sobre a frequência que isso ocorre, saber como anda o calendário de manutenções e os produtos que vêm sendo utilizados na lubrificação.

3. Realização dos processos Makigami

Chegou o momento de descrever todos os pontos que serão analisados. Rotinas de lubrificação, alinhamento com a área de compras e até mesmo o treinamento dos operadores são alguns exemplos dentro do objetivo definido no primeiro tópico.

4. Análise detalhada das perdas e ganhos

Aqui o foco é se aprofundar nos desperdícios e nas possibilidades de melhorias. Durante a análise dos lubrificantes foram encontrados produtos que não seguem as especificações das OEMs? Ou então, foi detectado que a área de compras tem prezado pelo preço ao invés do custo-benefício? Esses são tópicos importantes que têm relação direta com o objetivo. Aqui, deve-se entender quais são os gargalos, o motivo e como acontecem para saber como resolvê-los na próxima parte.

5. Criação de um guia para o futuro

Por fim, chega o momento de criar um plano de ação para o futuro em que os erros não estejam mais presentes. Para isso, será criado um guia com os itens: o que, quando, quem, observações e custos. Assim, todas as próximas tarefas têm responsáveis e objetivos claros. Sem contar que também serão adicionados indicadores para medir os resultados.

Para evitar dificuldades, é importante se atentar a uma cena bem comum, mas que causa diversos obstáculos: as falhas de comunicação. Como os modos de execução e, até mesmo, de pensamento estratégico são diferentes, é preciso que todas as partes envolvidas estejam na mesma página.

Aprenda no blog: Economia circular na indústria: conheça essa tendência.

O período para perceber os resultados é um benefício bem relevante aqui. Afinal, em cerca de 3 meses já se pode enxergar mudanças. Mas é dentro de um ano que as transformações maiores e mais sólidas realmente aparecem. Lembre-se que, para colaborar com a solução, é fundamental o acompanhamento constante.

 Indicadores da manutenção industrial: o guia completo

Entenda como a análise Makigami impacta a manutenção industrial

Na construção civil, se um guindaste ou escavadeira hidráulica param de funcionar, a obra pode atrasar e a entrega ao cliente é prejudicada. No agronegócio, se os implementos não trabalham, o plantio e a colheita não acontecem e a produtividade é impactada. Já nas usinas sucroalcooleiras, as colhedoras de cana têm papel indispensável e não podem deixar de funcionar.

Esses exemplos demonstram como os equipamentos são cruciais em qualquer segmento e, por consequência, a manutenção deles também. Quando ela não acontece ou é realizada de forma equivocada, as adversidades que podem evidenciadas pela análise Makigami são inúmeras.

Diante desse cenário, implementar essa metodologia é fundamental para a área em questão. O motivo é simples: provavelmente, existem falhas acontecendo nos processos e você não está conseguindo visualizar.

Imagine que você queira aumentar a capacidade de produção e viu como solução contratar mais profissionais. Porém, pode ser que a baixa produtividade não esteja relacionada à quantidade de colaboradores e sim à ociosidade resultante de problemas nos equipamentos. Então, a solução é diminuir os estragos, aumentando o tempo de trabalho e também o volume de fabricação.

O mesmo acontece quando falamos da demora das máquinas para terminar uma tarefa porque há uma anomalia que impede seu funcionamento por completo. Não é à toa que a análise Makigami é bastante procurada por ser uma excelente alternativa para diminuir o lead time. Para quem não conhece esse termo, ele se refere ao intervalo transcorrido entre uma solicitação e a sua entrega.

Veja também: IoT: o que é e qual seu impacto na indústria?

Essas são apenas algumas formas de ilustrar o impacto da metodologia na manutenção industrial. Portanto, fica evidente como ela auxilia a evitar erros, desperdícios, ganhar agilidade e nortear as decisões do negócio assertivamente.

Já que estamos falando sobre esse assunto, que tal ler nosso outro conteúdo que mostra 6 mitos sobre manutenção industrial que você precisa conhecer? Com certeza, ajudará a manter essa parte do negócio mais eficaz e lucrativa. Confira!

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