Lubrificação

Quais regulamentações um lubrificante industrial precisa ter?

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Os equipamentos utilizados no agronegócio, na construção civil, na siderurgia ou em qualquer segmento têm determinados pontos em comum. E um deles com certeza é a utilização do lubrificante industrial. Ele tem como objetivo auxiliar na manutenção dos ativos diminuindo o atrito entre as peças. Além disso, ele auxilia a reduzir o desgaste, limpar os componentes e resfriar os sistemas. Desse modo, é um excelente recurso para aumentar sua vida útil e garantir a produtividade dos negócios.

Contudo, nem sempre é fácil determinar qual tipo escolher para a sua realidade. Afinal, existem inúmeras opções no mercado que se adequam a diferentes situações. Ademais, é interessante verificar se o produto segue as regulamentações exigidas no Brasil. Elas direcionam a comercialização, importação, produção, rerrefino, coleta e outros pontos do processo.

Neste conteúdo, entraremos mais em detalhes sobre o tema. Leia abaixo e entenda!

Como funciona o processo de fabricação de um lubrificante industrial?

Antes de se tornar um lubrificante industrial, esse insumo é considerado um óleo básico. Porém, deve passar por certos procedimentos para estar apto ao uso no maquinário da forma correta. Para isso, deve receber aditivos que garantem as características necessárias para seu funcionamento de acordo com o cenário. Já que alguns necessitam ser mais viscosos e outros menos. Além disso, as exigências de temperatura mudam conforme o ambiente e o produto deve acompanhar essas condições.

Guia: Melhores práticas da compra de lubrificantes

Na prática, ele pode ter até 99% da base essencial e o restante precisa possuir os componentes. Ainda, podem ser classificados em 4 categorias. Confira quais são elas a seguir.

  • Óleo básico: o produto principal que dá origem ao lubrificante industrial. Ele é também subdividido em 5 grupos que variam entre óleos minerais, sintéticos e semissintéticos.
  • Óleo lubrificante rerrefinado: é igualmente considerado um óleo básico. É desenvolvido no processo de rerrefino dentro das especificações técnicas trazidas pela ANP, que apresentaremos neste texto.
  • Óleo lubrificante usado ou contaminado: são fluidos inadequados à sua finalidade por já terem sido utilizados anteriormente ou por estarem contaminados.
  • Óleo lubrificante acabado: formado a partir do item anterior ou de uma mistura dos seus vários tipos. Pode conter aditivos, mas não é obrigatório.

Na hora da fabricação, o primeiro passo é colocar o produto em um reator para poder adicionar os complementos exigidos. Normalmente, os aditivos compõem de 20% a 30% da fórmula. Depois, testes regulamentados são realizados para garantir que cumpre as diretrizes. Bons exemplos são os testes de particulado, de viscosidade e de decantação. Em seguida, o produto é envasado e fica pronto para a distribuição.

Quais são as regulamentações exigidas para um lubrificante industrial?

Existem 5 regulamentações trazidas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O objetivo delas é controlar os produtos, importadores, coletores e rerrefinadores para que os lubrificantes industriais apresentem o desempenho prometido. Sem contar que garantem que estão adequados para a comercialização. Veja, na lista, quais são elas.

Mais do que cumprir uma regra qualquer, atentar-se a essas regulamentações evita problemas para a sua empresa. Não é à toa, já que trabalhar com fornecedores que não as seguem pode resultar em insumos de má qualidade criados com tecnologias ultrapassadas. Por consequência, seu maquinário não terá as demandas de lubrificação atendidas e a produção sofre com paralisações e ociosidade dos colaboradores que não conseguem operar.

Checklist: 10 fases da lubrificação by PETRONAS

Para entender em detalhes esse assunto, você ainda pode conferir outro conteúdo em nosso blog. O texto que explica como a ANP regula o mercado de lubrificantes no Brasil é uma ótima indicação nesses casos!

Qual o papel das homologações na regulamentação do lubrificante industrial?

Fora as diretrizes citadas no tópico anterior, uma tarefa que a equipe de suprimentos deve ter em vista é a conferência das homologações. Elas são desenvolvidas diretamente pelo fabricante dos equipamentos, chamado de OEM. Em suma, significa que os engenheiros que construíram um determinado motor, por exemplo, recomendam aquele produto para aumentar o desempenho e a vida útil dele. Logo, não há direcionamento melhor para indicar os insumos que devem ser aplicados em um ativo do que aquele que vem de quem o elaborou.

Dessa forma, existe a segurança de que o lubrificante industrial irá atuar conforme o previsto. Ou seja, o desgaste das peças será reduzido, bem como o intervalo de trocas e as interrupções.

Portanto, no dia a dia, é importante que os profissionais envolvidos na compra e na operação tenham em mãos o manual de instruções. Afinal, além de direcionar o melhor lubrificante industrial, dirá o que não fazer e trará outras diretrizes importantes para as manutenções.

Leia também: Qual a importância das OEMs na escolha do lubrificante industrial?

Outro ponto positivo é que são solicitados grandes investimentos financeiros para conquistar a homologação. Então, você estará trabalhando com um fornecedor de grande porte e que tem capacidade para realizar todos os testes necessários. Assim, fica mais evidente o investimento em tecnologia e no alto desempenho do produto.

Para finalizar, que tal aprender como o lubrificante industrial pode auxiliar a aumentar seu poder de fabricação com menos recursos? Clique aqui e entenda como a correta lubrificação de equipamentos contribui para a produtividade industrial. Este conteúdo, sem dúvidas, ajudará a entender a importância dessa etapa e a aperfeiçoar os procedimentos que a envolvem dentro da sua organização. Confira!

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