A indústria do cimento, como todos os outros segmentos, tem sentido os impactos da chegada da Indústria 4.0. A competitividade exigida faz com que diversos processos sejam automatizados e adequados, sempre com o objetivo de aumentar a produtividade. Isso não significa apenas produzir mais, mas que as empresas precisam manter um ritmo de produção constante, baseado na confiabilidade dos equipamentos.
Neste cenário, os cuidados com a preservação dos ativos nunca esteve tão em pauta. Afinal, para que a produção se mantenha e não seja prejudicada por paradas não programadas, um plano de manutenção preventiva é fundamental. Ele ajuda, inclusive, a aumentar significativamente a vida útil dos equipamentos, gerando ainda mais economia para a empresa.
No mercado cimenteiro, uma série de particularidades tornam o trabalho de elaborar um bom plano de manutenção um grande desafio. Especialmente no que diz respeito aos lubrificantes, essenciais para o funcionamento de toda a indústria. Isso acontece porque cada ativo tem uma necessidade específica a ser suprida, o que faz necessário um estudo de cada ponto de lubrificação.
Neste artigo, vamos ajudar você a entender melhor a respeito de um mecanismo imprescindível para a atividade cimenteira: as correias transportadoras. Ao final, você encontra informações sobre os lubrificantes mais adequados e os motivos que fazem deles tão próprios para esse sistema. Acompanhe.
Correias transportadoras: quais as características exigidas de um lubrificante?
Para qualquer equipamento, o procedimento para entender suas necessidades é o mesmo. Antes de mais nada, é preciso analisar as condições de operação e o ambiente onde o ativo se encontra. Essas avaliações são determinantes na hora de escolher o melhor lubrificante para correias transportadoras.
O ambiente de uma indústria cimenteira, quando é realizada a céu aberto, se assemelha ao da mineração, onde poeira e mudanças climáticas são fatores inerentes à atividade. Abaixo, você confere as principais características exigidas de um bom lubrificante para correias transportadoras e os motivos dessas especificações.
Extrema pressão
As correias transportadoras atuam sempre com cargas altíssimas. Desta forma, um óleo lubrificante sem aditivo de extrema pressão pode não suportar a carga e se romper, deixando os metais em contato. E, com esse contato, o surgimento de micropitting é inevitável. Para entender melhor sobre este problema, leia o artigo: Micropitting: impacto e como evitá-lo.
Os mancais presentes nas esteiras, peneiras, motores elétricos, empilhadeiras e roscas transportadoras são os sistemas mais afetados pelas altas cargas. As engrenagens abertas, caixas de transmissão e redutores também estão sujeitos à extrema pressão. Desse modo, os produtos escolhidos para lubrificação desses sistemas devem ter esse aditivo na formulação.
Aderência
A extrema pressão a qual as correias transportadoras são submetidas aumentam a temperatura do equipamento. Portanto, o lubrificante deve ter um alto ponto de gota. O que isso significa? Que ele tem boa resistência térmica, mantendo sua viscosidade e filme protetor intacto mesmo com o calor gerado pelo funcionamento do ativo.
A boa adesão do lubrificante também é necessária por conta de um fator que citamos anteriormente: as variações climáticas. Em caso de chuva, é preciso que o material se mantenha nas peças metálicas e não escorra. Há ainda a vibração do próprio mecanismo, que também faz com que o fluido tenha propriedades que evitem o escorrimento.
Proteção contra oxidação e corrosão
Os aditivos antioxidantes têm dupla função na indústria cimenteira: fazem com que a vida útil do fluido seja mais longa, o que aumenta o intervalo entre as trocas, e também atuam de modo a evitar a formação de depósitos nos rolamentos.
A propriedade anticorrosão também protege o equipamento da ação da água. Mesmo que o lubrificante esteja contaminado por umidade, esta característica assegura estabilidade mecânica e química, aumentando a vida útil do ativo.
Mais propriedades devem ser consideradas na hora de lubrificar as correias transportadoras, como proteção antidesgaste e contra ferrugem.
Qual o melhor lubrificante para correias transportadoras da indústria do cimento?
A resposta, claro, depende do sistema a ser lubrificado. Enquanto os mancais, cabos e engrenagens abertas necessitam de um produto altamente viscoso, como a graxa, os redutores e caixas de transmissão demandam de boa fluidez em baixas temperaturas. Ou seja: diferentes produtos podem ser exigidos dentro de um mesmo sistema.
Para ambos os casos, a PETRONAS desenvolveu lubrificantes de alta qualidade, que cumprem, rigorosamente, as mais exigentes especificações de entidades internacionais e com homologação das OEMs mais expressivas do mercado.
PETRONAS Tutela MR 2 EP
Esta é uma graxa a base de sabão de lítio. Isso faz com que o lubrificante consiga trabalhar em uma alta faixa de temperatura sem perder suas características. É especialmente utilizado em equipamentos com possibilidade de choque de carga.
Atende às especificações:
- Grado NLGI 1;
- Grado NLGI 2;
- Grado NLGI 3.
Além disso, a Tutela MR 2 EP tem em sua formulação todo o pacote de aditivos descritos acima, o que a torna, sem dúvidas, a melhor opção para mancais e rolamentos deslizantes das correias transportadoras.
PETRONAS Gear MEP
Próprio para os redutores e caixas de transmissão dos equipamentos de transporte, o PETRONAS Gear MEP é um fluido premium, formulado a partir de óleos básicos minerais de alta qualidade. O pacote de aditivos o torna uma solução para a utilização nos redutores de esteiras, alimentadores e roscas transportadoras presentes na indústria do cimento.
Como todos os produtos PETRONAS, o Gear MEP foi submetido a diversos testes que comprovam sua qualidade e eficácia nesses sistemas. Desta forma, possui as especificações:
- Fives Cincinnati Machine Gear;
- David Brown S1.53.101;
- ISO 12925-1 CKC/CKD;
- GM LS 2 EP Gear Oil;
- DIN 51517 Parte III;
- AGMA 9005-E02;
- U.S. Steel 224.
O pacote de aditivos inclui proteção antiespuma, além das propriedades descritas anteriormente. O PETRONAS Gear MEP também tem excelente resistência à formação de borras, o que faz com que realize uma limpeza completa, mesmo em condições severas.
Como você pôde perceber ao longo deste artigo, nem todo lubrificante é adequado para todos os componentes de um único sistema. Isso faz com que o conhecimento técnico seja essencial na hora de planejar a compra desse insumo.
Agora que você já sabe quais as melhores opções para os equipamentos de transporte, especialmente, das correias, considere essas informações na hora de montar o plano de lubrificação. O Portal Inovação Industrial disponibilizou um material gratuito com todos os detalhes que você precisa saber sobre esse assunto. Confira: Plano de lubrificação industrial: o guia completo para gestores.