Lubrificação

Mecanismos de desgastes de equipamentos agrícolas

Por mais moderno que o agronegócio venha se tornando, um velho problema ainda faz parte da rotina dos produtores: a deterioração das peças e equipamentos. Ou seja, mais do que nunca, frente a um cenário onde falhas na produção comprometem duramente a competitividade, a manutenção preventiva deve levar em conta os principais mecanismos de desgastes no maquinário agrícola.

A depreciação dos equipamentos é inerente ao setor. Pelo fato do maquinário ter contato direto com a cultura, o solo e ficar exposto a uma série de condições externas, aumentar a vida útil de peças e sistemas é um dos maiores desafios para os responsáveis pela manutenção. De fato, mitigar os mecanismos de desgaste é impossível, mas conhecê-los é o primeiro passo em direção à redução dos danos causados.

Continue acompanhando o artigo e saiba quais os mecanismos de desgaste mais comuns nos equipamentos agrícolas. Ao longo do texto, você entenderá a importância de identificar corretamente qual ação causa a degradação dos materiais para tomar as medidas acertadas.

Mecanismos de desgastes na agricultura: conheça os 3 principais

Antes de saber quais as famílias de degradação que mais atingem os equipamentos do agronegócio, é preciso entender o que são os mecanismos de desgastes. Eles se referem a uma série de fenômenos físicos e químicos que ocorrem na interação entre uma face de metal com outra, ou entre uma superfície e um fluido. Por conta dessa ação, surge o dano.

No agronegócio, três famílias de mecanismos de desgaste são mais recorrentes por conta das particularidades do setor. São elas: a abrasão, a erosão e a corrosão. Confira abaixo mais detalhes sobre cada uma.

1. Abrasão

Esse fenômeno pode ocorrer por dois motivos: duas superfícies em contato, onde a rugosidade delas é responsável por remover partes do material; ou quando há um corpo estranho entre essas faces de metal, como areia, por exemplo. Com o movimento relativo, muitas partículas, por menores que sejam, podem danificar os equipamentos. As colhedoras de cana são um bom exemplo: a presença constante de poeira faz com que a abrasão seja uma das principais fontes de custos com manutenção.

O que poucos consideram é que o próprio lubrificante utilizado pode levar à abrasão. Quando o processo de aquisição do fluido não considera as necessidades primordiais do equipamento e acaba adquirindo outro, de qualidade inferior, é comum que o filme se rompa, deixando as faces de metal em contato. Como mencionado acima, as rugosidades em atrito danificam as superfícies, fazendo com que aconteça o surgimento do micropitting.  

2. Erosão

Outro fenômeno que pode levar ao micropitting é a erosão. Ele acontece quando partículas duras entram em contato com a superfície e arrancam o material. Com o uso, essa remoção começa a ganhar proporções maiores que, se não estudadas e corrigidas, podem levar ao colapso total do sistema, afetando a disponibilidade dos ativos.

No agronegócio, um bom exemplo da ação da erosão é nas pás dos distribuidores de adubo. Com as partículas sendo espalhadas no ar, acabam se chocando com a pá em um ângulo raso, que leva à remoção do material da superfície.

3. Corrosão

A corrosão se dá pela interação da superfície com o meio em que está inserida. Ou seja, é um processo físico-químico de reação ao contato com chuvas, ventos ou contato direto com adubo. É ainda mais comum em locais de temperatura elevada ― lugares próximos ao mar também são mais propícios a esse fenômeno.

Outros mecanismos de desgastes também merecem atenção, a exemplo da fadiga, cavitação e adesão. De todo modo, a exposição do maquinário às condições de trabalho próprias do agronegócio o torna mais suscetível à degeneração por erosão, abrasão e corrosão. Vale pontuar que eles podem atuar de maneira combinada.

Por que os mecanismos de desgastes devem ser considerados pela manutenção?

É impossível erradicar os mecanismos de desgastes. Saber quais são os mais comuns nos equipamentos do agronegócio ajuda os responsáveis a colocá-los sob o radar da manutenção. Muitas vezes, eles podem ser a causa raiz da falha das máquinas, então apenas substituir a peça afetada em nada ajudará se o motivo da degradação não for mapeado e considerado.

Conseguir analisar o desgaste a fim de identificar o mecanismo que o provocou, permite ao gestor avaliar as melhores opções para reduzi-lo. Dependendo do caso, esse cuidado pode envolver outros setores, especialmente os de suprimentos e estoque.

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Como você leu há pouco, partículas de poeira podem fazer com que haja o aparecimento da erosão. Lubrificantes armazenados com os bocais virados para cima e próximo à circulação de máquinas e pessoas, podem ser contaminados no instante da abertura do barril. Isso faz com que a presença de impurezas no fluido seja responsável pelo desgaste causado aos equipamentos.

O plano de lubrificação deve considerar os mecanismos de desgaste no momento de determinar as necessidades de cada ativo. A busca por insumos deverá priorizar o que está descrito nas especificações do fabricante. No manual do proprietário, é possível encontrar todas as características necessárias para que o fluido ofereça o desempenho esperado.

Leia também: Guia: Melhores práticas da compra de lubrificantes

A correta manutenção dos ativos é de extrema importância para a competitividade do agronegócio. Negligenciar os cuidados preventivos e preditivos pode acarretar problemas como a quebra do equipamento nos meses de safra. Além dos custos para conserto ― reconhecidamente mais altos que os dispensados à prevenção ― a ausência de um dos ativos na produção impacta severamente os resultados.

Agora que você já sabe quais os mecanismos de desgastes mais comuns no agronegócio, procure por insumos que ofereçam proteção aos sistemas mais expostos. A equipe técnica da PETRONAS está à disposição para ajudá-lo a definir as suas prioridades de lubrificação e a encontrar os fluidos mais adequados. Clique aqui e fale conosco.

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