Em qualquer indústria, nenhum problema é tão grave quanto a parada da linha de produção. É claro que isso é parte da rotina, afinal, a manutenção e a limpeza dos equipamentos devem ocorrer periodicamente. Agora, quando essa interrupção acontece fora do programado pelos profissionais, os danos podem ser bem significativos.
Atrasos na produção, mão de obra imobilizada e gastos maiores que o orçado ― situação recorrente quando falamos em manutenção corretiva ― são somente alguns dos percalços que as paradas da linha de produção impõem. De todo modo, existem maneiras de minimizar esses impactos e é sobre eles que trataremos neste artigo. Aqui, você verá como fazer para não deixar que uma interrupção coloque todo o seu cronograma em xeque. Acompanhe.
4 maneiras de reduzir o impacto das paradas da linha de produção
1. Planejamento e engenharia da manutenção
Quando o calendário de manutenções é seguido à risca, dificilmente ocorrerão paradas da linha de produção não planejadas. Ainda, alguns setores com demandas sazonais, tal qual o agronegócio, aproveitam a entressafra para realizar as rotinas preventivas e, igualmente, aprimorar a capacitação dos colaboradores.
Muitas indústrias têm investido, inclusive, na engenharia de manutenção. De forma resumida, esse profissional se dedica ao planejamento da manutenção, identificação de falhas, estudo da causa raiz e elaboração de planos que visem a otimizar e padronizar as rotinas preditivas e preventivas. Além disso, ele é o responsável por:
- criar calendários, planos e metodologia de confiabilidade da manutenção;
- acompanhar dos KPIs, os indicadores chaves de desempenho;
- elaborar o Planejamento e Controle da Manutenção (PCM);
- detalhar relatórios de custos e fazer auditoria dos gastos;
- gerir os ativos e os gastos relacionados a eles.
Com cada vez mais tecnologia empregada nos equipamentos e insumos, contar com o apoio de um profissional especializado no planejamento da manutenção é uma ação que, certamente, minimizará os impactos das paradas da linha de produção.
2. Análise da causa raiz da falha
Evidentemente, a prioridade diante das paradas da linha de produção é encontrar e sanar o problema que causou a interrupção. Entretanto, caso a equipe se dê por satisfeita ao ver a produção retomada, excelentes oportunidades de aprendizado são desperdiçadas. Investigar o que causou a parada é uma maneira de evitar novos transtornos relacionados ao mesmo motivo. Para isso, existe a Análise da Causa Raiz (ou RCA, sigla em inglês para Root Cause Analysis), que se baseia em encontrar, corrigir e documentar as falhas primárias, de modo a auxiliar na correta manutenção dos ativos.
Este método é importante, especialmente, para o setor de manutenção, uma vez que direciona os esforços das rotinas preditivas e preventivas. Apenas com a certeza de lidar com o problema certo é que será possível encontrar a solução mais adequada. Ainda, vale destacar que muitas hipóteses serão levantadas durante a procura pela causa raiz da falha. Mas é imprescindível que só uma delas seja apontada enquanto a catalisadora dos eventos posteriores.
3. Manutenção preditiva com monitoramento em tempo real
A manutenção preditiva com monitoramento em tempo real é uma das estratégias mais eficazes para minimizar os impactos das paradas na linha de produção. Essa abordagem usa sensores e tecnologias avançadas para acompanhar o desempenho e o estado dos equipamentos. Por meio da coleta e análise contínua de dados, pode-se identificar anomalias e prever falhas antes que elas se tornem críticas.
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Essa prática reduz significativamente o risco de interrupções inesperadas, o que permite que as equipes de manutenção intervenham de forma planejada e no momento mais conveniente. Igualmente, o monitoramento em tempo real fornece insights detalhados sobre o desgaste de componentes e, assim, ajuda a otimizar o uso de recursos e prolongar a vida útil dos equipamentos.
Outra vantagem é a integração com sistemas de gestão, que automatizam alertas e priorizam ações com base na criticidade das falhas detectadas. Isso aumenta a eficiência operacional, melhora a segurança no ambiente industrial e reduz os custos associados a reparos emergenciais.
4. Parcerias estratégicas com fornecedores
A Indústria 4.0 mostrou que os fornecedores de insumos industriais podem ser mais que meros vendedores. Eles são aliados fundamentais e podem, até mesmo, acelerar seu processo de inovação. Dessa maneira, eles são peças essenciais na hora de minimizar os impactos das paradas da linha de produção. E isso pode se dar de diferentes formas, como cumprir um prazo apertado para a entrega, oferecer uma negociação especial ou, então, ajudar na busca por soluções que aumentem a confiabilidade dos ativos.
Além disso, fornecedores estratégicos conseguem disponibilizar suporte técnico especializado e auxiliar na implementação de tecnologias avançadas, tais quais sistemas de monitoramento remoto e ferramentas de manutenção preditiva. Alguns parceiros, ainda, oferecem contratos de serviços que garantem assistência imediata em situações críticas, reduzindo o tempo de inatividade. Outro benefício é o compartilhamento de boas práticas e inovações desenvolvidas em outros setores, permitindo que as indústrias adaptem soluções comprovadas para seus processos. Essa colaboração fortalece a cadeia de valor e contribui para uma produção mais resiliente e eficiente.
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Minimizar os impactos das paradas na linha de produção exige uma abordagem multifacetada, que combina planejamento estratégico, tecnologia avançada e parcerias sólidas. Ao integrar práticas iguais à manutenção preditiva, à análise de causa raiz e ao apoio de fornecedores estratégicos, as indústrias podem não apenas reduzir o tempo de inatividade, mas também transformar desafios em oportunidades de melhoria contínua.
Além do mais, a adoção de ferramentas digitais e a capacitação constante das equipes reforçam a capacidade de resposta diante de imprevistos, aumentando a confiabilidade dos ativos e a eficiência operacional. Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que investem em estratégias proativas e colaborativas evitam prejuízos, bem como se destacam pela resiliência e pela capacidade de inovar.
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