Estratégias de CustosLubrificação

O que compradores precisam saber ao adquirir lubrificantes na indústria de papel e celulose?

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Tanto na parte florestal quanto na industrial, a indústria de papel e celulose precisa de lubrificantes robustos para suprir as necessidades do maquinário. Em alguns casos, acertar na escolha não é tão difícil, mas, em outros, é necessário muito estudo e respaldo técnico para garantir um excelente custo-benefício.

Hoje, os compradores técnicos das empresas de papel e celulose têm responsabilidades maiores que apenas garantir o saving. Especialmente na compra de lubrificantes. Isso porque esses são considerados insumos estratégicos, que têm o poder de estender a vida útil dos equipamentos e assegurar que o planejamento da produção seja cumprido ao evitar as paradas para manutenção.

Para ajudá-lo a entender quais critérios considerar ao adquirir lubrificantes, conversamos com a equipe técnica da PETRONAS. Neste artigo, Alesson José Gama, Bruno Hauber e Vitor Souza comentam sobre os principais pontos de atenção. Acompanhe e tire suas dúvidas!

4 pontos de atenção na compra de lubrificantes para a indústria de papel e celulose

1. TCO e custo-benefício

Todo bom comprador sabe que existe uma grande diferença entre gasto e investimento. Na compra de lubrificantes para papel e celulose, isso precisa estar ainda mais claro. Afinal, uma aplicação maior na aquisição pode se reverter em ganhos financeiros logo mais. O TCO (Total Cost of Ownership) das máquinas é um dos pontos afetados, que se traduz facilmente em custo-benefício.

Guia: Melhores práticas da compra de lubrificantes

A prova disso vem de um dos clientes da PETRONAS, uma das maiores empresas de papel e celulose do Brasil. “Antes da aplicação do PETRONAS Tutela LC 1, a corrente do harvester precisava ser substituída diariamente. Após, isso acontecia uma vez a cada dois dias, ou seja, o tempo de atividade dobrou. Também houve uma redução expressiva no consumo do óleo. O valor, que antes era de aproximadamente 1,6 litros por hora, passou para 0,6 L/h. Esses são apenas os custos que conseguimos mensurar, mas sabemos que existem muitos outros que foram impactados indiretamente, como os gastos com usinagem das correntes”, comenta Alesson Gama.

2. Pacote de aditivos

Todo lubrificante é composto por um óleo básico, mineral ou sintético, e um pacote de aditivos. Estes podem ser antidesgaste, antiespuma, antioxidantes, aumentadores de viscosidade, de extrema pressão, etc. São esses componentes, na verdade, que diferenciam um lubrificante do outro. Portanto, eles devem ser rigorosamente observados. Neste ponto, o manual do fabricante e a equipe de manutenção são os principais aliados dos compradores. Afinal, ninguém melhor que quem projetou o equipamento e aqueles que interagem diretamente com ele para dizer quais os aditivos mais adequados para cada operação.

Os especialistas da PETRONAS são unânimes ao mencionar a importância do alinhamento entre setores de compras e manutenção: “São áreas com prioridades diferentes. Enquanto a de suprimentos briga pelo saving e por manter o orçamento, a de manutenção demanda produtos robustos, que muitas vezes extrapolam o que havia sido estipulado. Por isso, ter esses times em harmonia é fundamental para assegurar a confiabilidade na lubrificação”, explica Bruno Hauber.

3. Assistência e suporte técnico

Além de suprir as necessidades do maquinário, o comprador precisa saber que aquele fornecedor pode oferecer ajuda quando necessário. É comum, até mesmo em grandes marcas, que, após a compra, o profissional tenha acesso apenas a um 0800 para ter contato com a equipe comercial ou técnica. Porém, no segmento de papel e celulose, devido à complexidade do maquinário e dos insumos envolvidos, deve-se oferecer mais que isso”, pontua Vitor Santos. Ainda, segundo o especialista técnico da PETRONAS, esse tem sido um dos principais motivos para os compradores começarem a inovar suas bases e buscarem novas opções de parcerias.

Guia de Negociação

Esse critério é importante por muitos motivos. Isso porque os especialistas não estarão ao lado do comprador apenas durante a negociação, mas o trabalho se estende com o acompanhamento da performance. Assim, o fornecedor consegue medir o desempenho dos lubrificantes e, em alguns casos, sugerir a testagem de outras opções. Também pode orientar os profissionais da manutenção sobre as melhores práticas e aplicar a expertise adquirida em outros clientes em soluções específicas para a sua indústria.

4. Homologações

Tanto nas máquinas do plantio e colheita quanto nas envolvidas na parte industrial, os lubrificantes precisam de determinadas homologações. Entretanto, as necessárias na etapa de fabricação do papel, do MDF e do MDP exigem ainda mais cuidado. “Aqui, estamos falando de produtos que duram muito tempo e têm um volume de compra muito grande. Nas turbinas, ele pode chegar a 10 anos. Já os lubrificantes de transferência de calor são ainda mais longevos, alcançando 15 anos de operação. Por isso, o recomendado pelo fabricante do equipamento tem um peso enorme na hora de escolher o produto correto”, explica Alesson Gama.

Leia também: Homologação: especificações de fábricas do lubrificante.

Como você pôde ver, a compra de lubrificantes já deixou de ser uma simples negociação. Hoje, esses insumos exigem um olhar atento aos aspectos técnicos, financeiros e, até mesmo, processuais das indústrias de papel e celulose.

Suprimentos na era da transformação

Em entrevista ao Inovação Industrial, o Coordenador de Manutenção e Engenharia de Desenvolvimento da CENIBRA, Edvaldes José do Amaral, falou sobre esses temas. No artigo “CENIBRA discute Floresta 4.0 e fala da importância da PETRONAS como fornecedor estratégico de consumíveis”, você confere a importância de contar com bons fornecedores e como superar os principais desafios do setor sob a ótica de uma das maiores empresas da área no Brasil.

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