Lubrificação

10 fases da lubrificação: o que a PETRONAS recomenda?

Antes mesmo de realizar a rotina de manutenção, um grande plano deve ser desenvolvido para que ela seja acertada. Quando esse planejamento é negligenciado, muitas falhas podem ocorrer: uso inadequado de lubrificantes, omissão de fases da lubrificação importantes, alocação de mão de obra equivocada, sem falar, claro, no risco para a indústria que é não ter a segurança de contar com a disponibilidade dos ativos.

Os cuidados com a correta lubrificação de sistemas e equipamentos começam muito antes da programação da parada. Eles se iniciam já na definição da compra dos insumos, onde mais de um setor deve estar envolvido para garantir a melhor aquisição. 

Após a escolha, um longo caminho ainda deve ser percorrido até a manutenção. Processos como a armazenagem do produto no estoque e controle devem ser estruturados para assegurar que o fluido mantenha suas características e, consequentemente, seu desempenho.

Armazenagem e manuseio de lubrificantes

Para auxiliar gestores de todos os setores a cumprirem essas etapas de pré-lubrificação, a PETRONAS elaborou um passo a passo com as 10 fases de lubrificação que devem ser cumpridas antes da parada das máquinas. Continue lendo e saiba mais sobre os cuidados recomendados por uma das maiores fabricantes de lubrificantes industriais do mundo. 

As 10 fases da lubrificação, segundo a PETRONAS Lubricants International

O material que você encontra abaixo foi desenvolvido pela equipe técnica da PETRONAS e reflete, exatamente, o procedimento adotado pela empresa. Veja abaixo quais são as 10 fases recomendadas da lubrificação.  

1. Número determinado de insumos

Procure reduzir o número de lubrificantes e graxas utilizados. Ter muitas opções pode parecer uma boa ideia, mas também significa maior chance de erros e mais custos de aquisição. 

Limite as alternativas e estude oportunidades de otimização, buscando por produtos que supram várias necessidades do maquinário ― ao invés de um fluido para cada critério. Para isso, observe sempre o pacote de aditivos contido no insumo e as recomendações do fabricante do equipamento.

2.  Informações compartilhadas sobre a lubrificação

Como você leu agora há pouco, uma lubrificação eficiente precisa, obrigatoriamente, do envolvimento de todos aqueles que lidam com ela. Neste momento, certifique-se que o setor de suprimentos sabe exatamente qual insumo negociar e quais as especificações técnicas necessárias. 

Essas informações devem, também, chegar aos colaboradores responsáveis pelas rotinas. Assegure-se de que as instruções foram repassadas à equipe. E mais importante que isso: que foram plenamente compreendidas por todos.

3.  Registros organizados

Todos os processos que envolvem a lubrificação dos equipamentos devem ser prontamente registrados. Com a chegada da Indústria 4.0, vários softwares já se propõem a ajudar nessa documentação, mas, independente de como os registros sejam feitos, eles são uma etapa fundamental para um bom plano de lubrificação.

Plano de lubrificação industrial

O detalhamento dos métodos de compra, por exemplo, ajudam a entender quais os melhores momentos para negociação; a descrição dos procedimentos de lubrificação servem de base para um processo padronizado, que pode ser seguido por todos, não ficando na dependência de um único profissional. Esses apontamentos também ajudam a acompanhar o desempenho dos insumos, sabendo se estão oxidando com antecedência, o que possibilita a busca por novos produtos e fornecedores.

4.  Dispositivos de lubrificação verificados

O momento da aplicação dos lubrificantes nas máquinas pode esconder um risco muito grave para a indústria: a contaminação do fluido. Portanto, antes de iniciar o trabalho, é preciso averiguar se os dispositivos utilizados estão limpos e aptos para o uso.

A busca por instrumentos mais eficientes também deve fazer parte do trabalho que antecede a lubrificação. Locais onde o serviço manual ainda é utilizado, por exemplo, devem considerar que este método é ineficiente por criar uma camada não homogênea de fluido e procurar por novas formas de realizar essa operação.

5. Conferência das condições de armazenagem e manuseio

O compartilhamento das informações sobre lubrificação deve envolver também os setores responsáveis por manter os insumos guardados até sua utilização. É no momento da estocagem que grande parte dos casos de contaminação do lubrificante acontece. Portanto, é preciso garantir que há espaço físico adequado para o aprovisionamento dos produtos.

O manuseio dos barris também deve ser padronizado. Estipulando as regras para manipulação, mitigam-se os riscos de que os responsáveis contaminem o insumo.

6.  Tempo de troca da lubrificação

Mesmo quando não contaminados nos processos de armazenagem e manuseio, os próprios sistemas podem danificar o insumo e afetar a sua vida útil. Mecanismos de desgaste como a abrasão, por exemplo, fazem com que partículas metálicas se soltem das superfícies, comprometendo a homogeneidade do óleo. 

Busque por técnicas que ajudem a aumentar a vida útil do óleo. Alguns produtos já têm características que visam a prolongar o desempenho do fluido, como a aditivação com antioxidantes.

7.  Óleo purificado

Muitas vezes, o óleo não está velho, apenas sujo. Após passar por um processo de purificação, as partículas metálicas e não metálicas são retiradas, devolvendo o desempenho uniforme ao produto.

Busque ou aperfeiçoe as técnicas de purificação da sua indústria. Muitos recursos podem ser economizados com procedimentos simples, como a centrifugação, para o aumento da vida útil do lubrificante.

8.  Controles de lubrificação

A partir dos registros, você pode dar início aos processos de controle da lubrificação. Todos os dados a respeito do que já foi realizado devem servir de base para a implementação de medidas que visam prevenir o excesso ou escassez de fluido, desperdício, contaminação e boas práticas para a compra desses insumos.

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Com esse controle, muitos gargalos podem ser encontrados e custos ocultos revelados. A cada nova rotina, outros procedimentos podem ser instituídos, tudo de acordo com a realidade da sua indústria.

9.  Treinamento de pessoal

Um dos grandes desafios que a Indústria 4.0 traz para todos os segmentos é no que diz respeito à mão de obra qualificada. De fato, muitas atividades estão passando pelo processo de automatização, mas a interferência humana ainda está longe de ser totalmente descartada nos trabalhos referentes à lubrificação.

É de suma importância que os envolvidos nas rotinas de manutenção recebam treinamentos e atualizações constantes acerca dos processos. Lembrando que todos devem ser documentados e instituídos como padrão.

10. Ações de manutenção preventiva

De nada adianta um bom plano de lubrificação se outros aspectos da manutenção forem negligenciados. Um bom exemplo é a contaminação do fluido, como falado acima. É inútil estudar e definir as prioridades de lubrificação e os sistemas do equipamento não serem minuciosamente inspecionados em busca de mecanismos de desgastes, como o caso da abrasão.

A lubrificação só pode ser considerada eficaz quando ancorada em ações concretas e estruturadas de manutenção preventiva. Contar com ajuda especializada, certamente, dá mais segurança ao gestor e aos setores que englobam a manutenção, como o de suprimentos. Para contar com um suporte técnico na hora de fazer o seu plano de lubrificação, entre em contato com a PETRONAS.

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