Fundada em 1901, a Gerdau é a maior empresa brasileira na produção de aço. Isso a torna uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo.
Para entender como a produtora de aço enfrentou os desafios causados pela pandemia da Covid-19 e saber mais sobre o mercado siderúrgico, conversamos com o gerente técnico da Gerdau, Thiago Nakata. Neste artigo, ele comenta, também, as expectativas para o futuro e a importância da parceria com a PETRONAS Lubricants Internacional para a produtividade do negócio. Acompanhe!
Siderurgia na era da transformação
II: Todos os segmentos industriais têm vivenciado um boom tecnológico em seus processos e linhas de produção. No setor siderúrgico, quais as grandes transformações foram observadas nos últimos anos?
G: A siderurgia, no mundo e, também, claro, no Brasil, vem sofrendo nos últimos anos com uma sobrecapacidade global de oferta. Isso fez com que todas as indústrias buscassem otimizar seus processos, com o objetivo de aumentar suas margens e uma forma de se tornarem mais competitivas no mercado de aço, tanto no mercado interno quanto externo. Com a Gerdau não foi diferente.
A empresa vem investindo fortemente nessa simplificação, otimização e estabilidade do processo produtivo. Um dos principais focos se dá na frente digital, na chamada Indústria 4.0. A Gerdau aplicou muito nessa transformação. Isso porque, quando se fala de digital, é preciso, antes de mais nada, iniciar uma mudança cultural, de mindset.
E, claro, junto a isso vem embarcada uma série de novas tecnologias que visam a transformar, cada vez mais, o negócio em um negócio digital. Isso acontece tanto no processo industrial como nas demais áreas da empresa.
II: O ano de 2020 ficará marcado pela pandemia do novo coronavírus e o impacto nos mais diversos setores industriais. Como foi esse momento para o segmento de siderurgia?
G: Esta é uma pergunta extremamente complexa. Isso porque o setor da siderurgia global foi afetado de formas diferentes, pois depende do contexto de cada país, de cada economia. Falando da situação Brasil, fomos muito afetados no início do ciclo da pandemia, especialmente, nos meses de março e abril. Ainda havia uma incerteza muito grande, que impactou nossas operações. Mas, após esse primeiro momento, já vivemos um processo forte de retomada da nossa produção desde meados de abril. Sempre respeitando, claro, todas as regras sanitárias.
Parcerias para enfrentar os desafios
II: Como a parceria com a PETRONAS auxiliou a superar os desafios desse momento enfrentado pela Gerdau?
G: O nosso relacionamento com a PETRONAS é relativamente recente, quando comparado a outras companhias do setor. Mas acredito que de todos os nossos fornecedores de lubrificantes, a PETRONAS se destaca muito fortemente na área de desenvolvimento e tecnologia. Já estive três vezes no Centro de Desenvolvimento de Contagem e fiquei surpreso com as instalações, é impressionante a capacidade técnica da empresa.
Já contamos com o laboratório da PETRONAS diversas vezes no processo de homologação de novos lubrificantes. E contamos com a PETRONAS porque há uma grande confiabilidade técnica em tudo que é feito. Nossos especialistas da área de lubrificação sempre recorrem à PETRONAS por entender que qualquer tipo de avaliação e análise realizada em parceria com empresa, a confiabilidade é altíssima. Faz bastante diferença para a Gerdau.
Ainda há muitas oportunidades a serem mapeadas para avançarmos junto à PETRONAS, com alguns testes em andamento em nossas áreas industriais. Acredito que teremos sucesso e conseguiremos desenvolver mais lubrificantes em parceria.
A importância da lubrificação no processo siderúrgico
II: Qual a importância das graxas ― um dos principais produtos PETRONAS ― na manutenção?
G: Tanto as graxas quanto os óleos voltados à lubrificação, têm, obviamente vital importância para a indústria. Embora estejamos vendo a automatização acontecer, o setor siderúrgico ainda é bastante mecanizado. Estamos falando de empresas que, muitas vezes, foram construídas há décadas, com a dependência de um ótimo processo de lubrificação.
Mas é preciso ter os produtos certos, que tragam o melhor desempenho frente a um custo otimizado. Como comentei anteriormente, por conta da concorrência global, cada dólar é importante. Então, buscamos por alta tecnologia em lubrificantes que nos traga retorno potencial forte. Sem dúvida, é o que a Gerdau busca e a PETRONAS está entre os nossos principais fornecedores.
Outro ponto que temos focado muito é na questão da sustentabilidade. Para nós, de nada adianta uma graxa ou óleo de alta performance, mas que traga consigo um impacto ambiental e social forte. A Gerdau também está olhando muito para isso.
II: Em relação à lubrificação, como você enxerga o papel da PETRONAS no setor siderúrgico?
G: Na Gerdau, costumamos dizer que lubrificação é como se fosse o sangue que corre nas nossas veias. Ou seja, ela é fundamental para a sobrevivência do processo industrial. Sob o ponto de vista técnico, não há como sobreviver sem ótimos parceiros, sem excelentes tecnologias de lubrificação. A PETRONAS está, sem dúvida, na vanguarda desse tema.
Como comentei anteriormente, tive o prazer de visitar o laboratório em Contagem mais de uma vez. Para nós, existe a certeza de que não há nada igual aqui no Brasil em termos de tecnologia aplicada no desenvolvimento de lubrificação e, também, claro, na sua respectiva produção.
Ficamos muito felizes de contar com a PETRONAS como parceiro estratégico no que tange à lubrificação. Sem dúvida, está na vanguarda da tecnologia no setor de lubrificação.
A siderurgia é uma força importante para a economia e vem se renovando na velocidade da Indústria 4.0. A PETRONAS, uma parceira tradicional do setor, faz parte dessa nova fase, atuando como fornecedora de todas as siderúrgicas do país. Veja mais sobre a nossa participação no segmento do aço:
A solução para um problema antigo
II: Na Gerdau, você consegue pontuar algum caso em que os produtos da PETRONAS auxiliaram no desempenho, seja do maquinário ou da própria indústria?
G: Tínhamos um problema crônico nas turbinas de geração de energia na usina de Ouro Branco, que era a formação de verniz. Procuramos consultorias externas para ajudar a identificação da causa raiz, pois essa era uma reclamação frequente dos envolvidos na manutenção. E as turbinas são essenciais para a atividade, uma vez que produzem a energia que a própria usina consome a partir dos gases emitidos no processo siderúrgico.
Começamos, então, a implantar o óleo de turbina PETRONAS Jenteram Syn, nas viscosidades 32 e 46 e conseguimos, praticamente, acabar com a formação de verniz. Agora, estamos fazendo o enchimento de cada uma delas. Fizemos o teste em uma e já iniciamos em mais 3 turbinas. São vários processos que estão acontecendo no mesmo momento.
Esta entrevista faz parte de uma série produzida pelo Inovação Industrial com clientes de diferentes segmentos da PETRONAS. Continue acompanhando o nosso blog para ficar a par das novidades do cenário industrial brasileiro. Confira o portfólio completo neste link.
Foto de divulgação: Gerdau