Estratégias de Custos

Investimento em manutenção industrial : como gestores devem encarar os seus custos

Com a chegada da Indústria 4.0, a tecnologia colocou os investimentos em manutenção em destaque. Hoje, já não há espaço para o feeling dos gestores e, definitivamente, a parada não programada de um equipamento deve ser encarada como perda de competitividade. Um dos setores em que isso fica ainda mais evidente é no energético. A parada de uma turbina pode interromper toda a produção de um parque fabril, naquelas que a geração é para consumo próprio. Também prejudica a distribuição final, como é o caso das usinas eólicas e hidrelétricas.

Entretanto, ainda há quem encare a manutenção como um “mal necessário”, não como  investimento. Em todos os segmentos, as inovações voltadas para a coleta de dados estão revolucionando a tomada de decisões. Quem insistir em negligenciar as rotinas preventivas e preditivas, certamente sofrerá um baque ainda maior diante da necessidade de uma intervenção corretiva.

No setor energético isso tem um peso ainda maior, visto a complexidade dos equipamentos e os altos valores envolvidos no conserto”, comenta Daniel Vasconcelos, especialista técnicos da PETRONAS.

Neste artigo, você entenderá como os gestores devem encarar os investimentos em manutenção e saber o que, de fato, são os custos envolvidos. Continue a leitura!

Custos x investimentos em manutenção: um exemplo do setor de geração de energia

Para ilustrar a diferença entre custo e investimentos em manutenção, vamos considerar o exemplo de uma usina de geração de energia eólica. A recomendação do fabricante da turbina é de que o lubrificante seja substituído em um determinado período. Assim, a parada do ativo é programada para que a troca seja feita no tempo especificado. Acontece que, ao chegar lá, nem sempre, o fluido está degradado e  ainda pode garantir a operação por mais horas que o previsto no manual. Dessa forma, essa manutenção, mesmo que dentro do cronograma, foi um custo para a empresa.

Imagine a logística envolvida na manutenção preventiva da turbina utilizada na geração de energia eólica. Primeiramente, essa atividade acontece em locais remotos, o que gera custos de deslocamento. Então, há a operação para levar algum colaborador até o local do serviço, que fica a mais de 40 metros de altura”, elenca Daniel Vasconcelos.

Não se pode ignorar, também, o impacto estratégico envolvido, pois esses ativos, assim como o alto forno da siderurgia, devem ter suas paradas evitadas ao máximo. 

Em contrapartida, nesse setor, a manutenção preditiva pode ser um investimento importante. Contar com sensores que medem a pressão e estado do óleo constantemente, avisando a equipe apenas quando a intervenção for imprescindível, evitando trabalhos desnecessários. Além disso, as informações coletadas por meio da tecnologia permitem uma análise muito mais completa e ações rápidas, que mitigam as chances de colapso dos ativos.

Investimentos em manutenção: entenda o que priorizar

Em todos os segmentos da indústria, a manutenção cumpre, basicamente, as mesmas funções:

  • evitar o colapso dos ativos e, assim, manter a produtividade;
  • prolongar a vida útil dos componentes e dos equipamentos;
  • estender o período de troca de peças e lubrificantes;
  • reduzir os custos de produção e gestão dos ativos.

Então, as prioridades de investimentos em manutenção devem levar em conta esses objetivos, que são alcançados de diferentes formas, a depender do segmento. Mais uma vez, o mercado de geração de energia serve como exemplo. Isso porque ele se subdivide em categorias importantes, como as eólicas, termelétricas e, também, aquelas que geram para o próprio consumo. Em cada uma delas, diferentes necessidades de manutenção. Abaixo, você conhece um pouco melhor as particularidades das usinas. 

Os investimentos em manutenção que fazem a diferença

Eólica

Investimentos em tecnologias preditivas podem minimizar muitos dos custos envolvidos na manutenção, como mencionamos anteriormente. Entretanto, Vasconcelos chama a atenção para um item de suma importância para o ativo central, “Nas turbinas eólicas, um dos pontos mais sensíveis é o multiplicador, uma caixa de engrenagens que cumpre a principal função: transformar a energia mecânica em elétrica”, explica. 

Por isso, a correta lubrificação das engrenagens é indispensável. O setor de manutenção deve se concentrar em encontrar produtos que suportem a operação extrema a qual a caixa de engrenagens está sujeita.

Termelétricas

Essas usinas nem sempre estão em funcionamento e são acionadas, basicamente, quando a rede de abastecimento necessita. O que pode parecer uma facilidade, na verdade, esconde mais uma necessidade de manutenção. “Equipamentos que ficam muito tempo parados podem falhar na hora em que precisam entrar em operação. Por isso, um cuidado comum é ligá-los, por um ou dois dias, para observar se estão funcionando como o esperado”, explica Daniel.

Nesse setor, o tipo de motor utilizado interfere na escolha dos insumos que serão utilizados, e isso inclui as usinas de cana-de-açúcar.

O combustível consumido pelo motor é o que determinará como a manutenção deverá tratá-lo. Os movidos a gás, por exemplo, tem necessidades diferentes daqueles que funcionam a diesel”, pontua o especialista técnico da PETRONAS.

Ainda, existem outros investimentos que, mesmo não sendo diretos no setor de manutenção, acabam impactando a lucratividade das empresas. Softwares que interligam os setores da empresa ajudam a identificar lacunas no orçamento, permitem controlar o estoque e encontrar fornecedores capacitados para suprir as necessidades do maquinário, são essenciais para um bom desempenho da indústria. Alguns gestores apontam o alto custo de implementação das tecnologias, mas quando falamos de investimentos em tecnologia é preciso considerar, principalmente, o saving que será alcançado a longo prazo.

É claro que muitos custos estão envolvidos na manutenção, mas, normalmente, eles acontecem devido à má gestão dos cronogramas e estoque. Insumos guardados há algum tempo, sem uso, devem ser encarados como desperdício.

A falta de planejamento e, também, as intervenções corretivas representam gargalos significativos para a lucratividade de qualquer segmento industrial.Continue lendo nossos artigos sobre estratégias de custos.

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2 Comentários

  1. Senhores,

    Gosraria de atuar na Petronas na Assistencia Tecnica como Engenheiro para realizar palestras, plano de lubrificacao, treinar equipe de vendas dos Distribuidores no Brasil e paises da America Latina.

    Conheco a equipe e ja fiz parte da equipe de Assistencia Técnica (estsguo realizado durante 1999 a 2000).

    Obrigado

    Eriomar Uchoa
    Cel. 11948353986

    1. Olá, Eriomar!

      Tudo bem?

      Como você viu, a PETRONAS é a patrocinadora do Blog Inovação Industrial e pelo seu interesse demonstrado na empresa, segue uma mensagem do RH para você:

      Somos a PETRONAS, uma empresa apaixonada pelo progresso!

      Para assegurar nosso propósito, estamos constantemente em busca de profissionais que não se contentam em sonhar com um futuro melhor, mas que também trabalhem para construí-lo. É assim que fazemos em mais de 90 países, investindo em tecnologia de ponta e cada vez mais responsável com o futuro do planeta.

      Na PETRONAS, acreditamos que atrair candidatos aderentes à nossa cultura e propósito, é um diferencial competitivo e ao valorizar a diversidade e a inclusão em nossos processos seletivos, enxergamos as diferenças como oportunidades, assegurando uma condição de pleno desenvolvimento para nossos colaboradores por meio de um leque multicultural de experiências que engrandecem nossa empresa.

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      Abraços,

      Equipe Blog Inovação Industrial

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