Atualmente, os indicadores de performance e métricas têm sido cada vez mais presentes na rotina dos gestores industriais. E não é para menos! Afinal, angariar informações que servirão para estratégia, certamente, é um dos principais pilares da Indústria 4.0. A manutenção dos ativos, claro, deve ser monitorada de perto, uma vez que insights importantes podem sair dos dados sobre as rotinas. Um dos mais relevantes, sem dúvidas, é o ROI da lubrificação.
Talvez, a sigla seja novidade para você, mas a definição já faz parte do seu dia a dia. A expressão ROI significa Return On Investment e o seu conceito é tão literal quanto a tradução: retorno sobre o investimento. Ele surgiu no marketing e tem a função de mostrar qual o lucro sobre cada R$ 1 gasto. Entretanto, por se mostrar uma métrica bastante útil, diversos outros setores, inclusive, o industrial, passaram a analisá-lo.
No artigo de hoje, você verá como a lubrificação pode se aproveitar dos dados gerados pelo ROI para tornar as rotinas ainda mais eficientes. Acompanhe!
ROI na lubrificação: o que esse indicador pode mostrar aos gestores?
A lubrificação é um dos pontos mais importantes quando citamos a manutenção dos ativos. E isso independe do segmento industrial, afinal, todos eles precisam contar com a disponibilidade dos equipamentos durante a produção. Outro ponto comum a todos os setores é a busca pelo saving, isso é, economia. As cimenteiras, por exemplo, sofrem pressão constante pela redução de custos, uma vez que diversos fatores da cadeia logística devem ser considerados para a distribuição do produto final. Assim, quaisquer variações nos preços do diesel ou do frete têm impacto direto sobre a lucratividade.
Entretanto, a economia não deve ser alcançada de qualquer maneira, então, saber diferenciar custo de investimento é essencial para não sacrificar a qualidade ― e a produtividade ― em prol do menor preço. É, justamente, para evidenciar que nem todo insumo mais barato é vantajoso, que o ROI serve.
A aquisição de um lubrificante de qualidade inferior à recomendada pelo fabricante, por exemplo, pode ser, imediatamente, uma melhor aquisição por conta do valor mais baixo. Porém, com o passar do tempo, acontece o inevitável: mais paradas para relubrificação, componentes prejudicados pelo filme protetor insuficiente e, em casos mais graves, o colapso do ativo. Dessa forma, a economia gerada na aquisição se mostra enganosa, já que decorrente dela existem uma série de outros gastos com reparos.
Enquanto isso, um produto com custo de aquisição mais alto pode se mostrar uma excelente maneira de otimizar os custos. Com um insumo de qualidade superior, o retorno sobre o investimento fica bastante evidente: menos paradas, extensão da vida útil da máquina e maior espaço entre as trocas de óleo.
Como funciona o estudo da PETRONAS que garante um ROI expressivo?
O TCO é outro indicador importante para a gestão e que deve estar presente nos relatórios de custos de manutenção. Ele representa o gasto total de aquisição e manutenção de um equipamento, o que facilita a encontrar o ROI de cada um dos lubrificantes. A PETRONAS Lubricants Internacional oferece aos clientes um serviço que visa a, justamente, encontrar esses valores.
O especialista técnico da PETRONAS, Murilo Melo, explica o que é e como funciona esse trabalho. “O TCO faz parte de um estudo que tem como objetivo encontrar o melhor produto para cada aplicação, sempre com foco na redução de gastos. A economia que buscamos pode acontecer tanto pela extensão da vida útil do óleo, que exigirá menos paradas para troca e, consequentemente, maior produtividade; como, também, a longo prazo, ao reduzir a depreciação das máquinas.”
Como os lubrificantes são um dos principais insumos de qualquer indústria, esse é um trabalho bastante minucioso. “No TCO, o impacto de cada produto é analisado separadamente. Isso porque cada aplicação requer um estudo próprio para definir o fluido mais adequado, aquele que garantirá melhor performance e que levará ao saving”, complementa Melo.
A metodologia aplicada para chegar ao lubrificante ideal foi desenvolvida pela própria PETRONAS, a chamada LubTime. Nela, o óleo é monitorado de perto pela equipe de assistência técnica e analisado por engenheiros e cientistas no Centro de Desenvolvimento, localizado na cidade de Contagem (MG).
“Após o período de testes ― que pode variar, dependendo do segmento do cliente e equipamento ― todos os pontos analisados e passíveis de mensuração são apresentados, sempre com valores. Assim, fica muito mais fácil visualizar o impacto de um bom lubrificante nos custos envolvidos na manutenção”, complementa o especialista da PETRONAS.
O que considerar da hora de analisar o ROI na lubrificação?
Embora exista uma fórmula para descobrir o retorno sobre o investimento, quando o assunto é ROI na lubrificação isso pode não ser tão simples. Para entender o motivo, vamos ao cálculo padrão utilizado para conhecer esse número:
O valor referente ao investimento não é difícil de encontrar. Porém, vale lembrar que ele engloba outros fatores além do preço pago na aquisição! O TCO, mencionado acima, é muito mais completo e, assim, fornece uma visão ainda mais realista sobre o ROI.
Por outro lado, a escolha de um lubrificante adequado ao maquinário não gerará receita, propriamente dita. Mas gera economia. E é esse o valor que deve ser colocado na fórmula. Aqui é onde está a complexidade do ROI na lubrificação, afinal, são diversos os pontos que são impactados. Os gestores devem, então, comparar os resultados com os anteriores. Por exemplo: com o lubrificante antigo, qual era a vida útil do óleo? Quantas relubrificações foram evitadas?
Ainda, é preciso considerar que, ao não ter mais paradas tão frequentes, reduz-se, também, as despesas com a mão de obra. Por isso, outra métrica importante para a composição do ROI é a “Homem-Hora” (HH). Esta visa a mensurar o tempo dedicado pelos profissionais nas manutenções corretivas, preditivas e preventivas. Ou seja, a receita envolve toda a redução de custos gerada pelo investimento.
De fato, calcular o ROI pode ser um pouco mais complexo para aqueles que ainda não contam com uma cultura de dados bem definida. Entretanto, quem dispõe de softwares de gestão e parceiros que auxiliam no monitoramento e análise desses KPIs, descobre que o retorno sobre o investimento é mais fácil e, definitivamente, mais preciso. No artigo Assistência técnica em lubrificação: saiba por que ela é fundamental! você confere os detalhes dos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais da PETRONAS junto aos clientes.
E para conhecer mais a fundo os indicadores da manutenção, baixe o nosso Guia Completo, gratuitamente. Para ficar por dentro das novidades do Portal Inovação Industrial, inscreva-se na lista exclusiva no Telegram!