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A boa gestão da manutenção industrial é indispensável em qualquer segmento da atualidade. Do agronegócio ao transporte de cargas e construção civil, essa área tem potencial de diminuir prejuízos e aumentar o desempenho. Contudo, ainda é alvo de muitos mitos que sobrevivem há anos no dia a dia de líderes e colaboradores.
O problema principal é que eles se baseiam nessas histórias sem fundamentos para tomar uma decisão. Dessa forma, além de atrapalhar o trabalho e lesar a entrega ao cliente, essa situação também leva as empresas a rumos não planejados.
Então, criamos este conteúdo para desmistificar os principais mitos da manutenção industrial. Assim, você garante a assertividade dos trabalhos no seu negócio. Confira!
Veja os mitos sobre manutenção industrial que você deve conhecer
A falta de investimento nos profissionais e na tecnologia são alguns exemplos dos mitos citados a seguir. Bem como a crença de que alguns insumos não têm distinções entre eles. Leia abaixo e entenda!
1. Graxas automotivas e industriais são iguais
Muitos profissionais acreditam que as graxas automotivas e industriais não possuem diferenças. Porém esse é o primeiro mito sobre manutenção industrial que iremos desvendar. Mesmo que contem com os mesmos componentes ― óleo básico, aditivo e espessantes ―, a distinção entre elas está na aplicação.
Enquanto uma pode ser utilizada em caminhões, por exemplo, a outra é indicada para locais como a bomba de rejeito. Isso acontece porque, de acordo com sua atuação, a fórmula apresenta proporções variadas. No segundo caso, ela precisa ser resistente à água e à contaminação, por exemplo. Por acreditar nessa afirmação equivocada, muitas pessoas entendem que um produto não é de qualidade quando, na verdade, ele só está sendo utilizado de maneira equivocada.
2. Graxas são mais simples do que lubrificantes
Outro mito que apresentaremos sobre graxas na manutenção industrial é que elas são simples quando comparadas aos lubrificantes. Mas, indo em contraste ao que muitos pensam, seu trabalho acaba sendo bem minucioso.
O motivo é simples! Como sua consistência não é líquida, ela precisa de um esforço maior para manter a homogeneidade e a distribuição dos componentes de forma adequada.
Além disso, costuma ser mais difícil escolher qual o produto ideal para cada caso, mesmo com as homologações que citaremos abaixo. Para ajudar nessa tarefa, considerar a presença de contaminantes, intervalo de troca de óleo, temperatura da operação e velocidade do sistema é fundamental. Bem como o índice de umidade e a carga.
A última crença na manutenção industrial relacionada às graxas que deve ser eliminada é a de que elas não dispõem de homologações. Conhecer essas especificações é uma maneira de determinar com assertividade a atuação de cada uma. Confira abaixo!
- ASTM D 4950: aqui, a classificação é dividida em dois grupos. As que são recomendadas para chassi aparecem com o prefixo L. Já aquelas para rolamentos das rodas trazem a letra G.
- ISO 12924 e ISO 67439: apresentam os detalhes do produto utilizando letras e números. Nesse caso, as graxas aparecem por meio da letra X.
- DIN 51825: mostra qual a aplicação, formulação e características principais das graxas industriais para rolamentos.
- ANSI/AGMA 9001-C18: com o uso de siglas, ela identifica as particularidades relacionadas aos acoplamentos.
3. Manutenção industrial é responsabilidade apenas dos profissionais desse setor
A manutenção industrial aumenta a vida útil das máquinas, garante a segurança dos trabalhadores e os lucros de um negócio. Afinal, evita paralisações inesperadas na produção. Diante disso, fica claro que ela não deve ser uma obrigação somente dos profissionais desse setor. Inclusive, uma das áreas da empresa que deve atuar lado a lado é a de suprimentos.
Isso porque os trabalhadores da operação indicarão as melhores características dos produtos necessários para os equipamentos, como os lubrificantes. Mas eles não terão as mesmas habilidades de negociação e avaliação logística de um comprador técnico. Logo, o trabalho em conjunto auxilia a encontrar mercadorias de qualidade e com o melhor custo-benefício. Sem contar que é uma maneira eficiente de controlar o estoque. Outro ponto crucial é que, com a indústria 4.0, cada vez mais, os setores estão se integrando para uma administração inteligente.
4. Veículos de limpeza urbana não demandam bons fluidos hidráulicos
No setor de transportes, um mito comum da manutenção industrial é relacionado aos veículos que atuam na limpeza urbana. Segundo a narrativa, não vale investir em fluidos hidráulicos robustos, pois as mangueiras do sistema estouram com frequência e, assim, os vazamentos são comuns.
Todavia, é justamente um lubrificante com esse atributo que ajudará a evitar esse cenário. Por possuir boa filtrabilidade e compatibilidade com elastômeros, ele colabora para que as mangueiras tenham maior durabilidade. Porém, vale ressaltar que elas também devem ser de alto nível. Para finalizar este tópico, é interessante lembrar que o insumo carece de proteção antidesgaste e excelente estabilidade térmica.
5. Manutenção industrial não precisa ser atualizada
A tecnologia contribui para a evolução de todos os setores dentro de uma organização e, no de manutenção industrial acontece o mesmo. Em paralelo ao que muitos gestores acreditam, essa área tem sim inovações que podem ser aplicadas para melhorar o seu desempenho.
Uma delas é a automação. Na prática, essa ideia está ligada a acompanhar, em tempo real, o estado de funcionamento dos ativos. Dessa forma, ao invés de esperar o momento da revisão para identificar algum problema, é possível percebê-lo previamente. Um bom exemplo é a condição do lubrificante e o diagnóstico exato do desgaste de cada componente.
Outro fator relevante é a análise de dados, tão citada nos dias atuais. Sua popularidade não é sem razão, visto que é indispensável para um planejamento assertivo e lucrativo nas empresas.
Aqui, ela auxilia na programação e execução das ações de manutenção industrial, oferecendo informações valiosas como umidade, vibração e temperatura. Logo, softwares analisam esses dados e indicam quais medidas devem ser tomadas. Para saber mais sobre o assunto, leia nosso outro texto em nosso blog que explica quais investimentos fazem maior diferença na manutenção.
6. Aperfeiçoamento surge apenas com a prática
Por fim, o último mito que apresentaremos sobre a manutenção industrial é de que os trabalhadores não necessitam de capacitação. Mesmo quando se entende a importância das aplicações no setor, alguns gestores ainda o direcionam apenas para o maquinário ou para a tecnologia. Entretanto, os colaboradores devem entrar nesse mesmo grupo.
Sabemos que muitos dados são coletados por meio de inteligência artificial e que tarefas repetitivas são automatizadas. Mas isso não significa que o capital humano deve ser deixado de lado. Na verdade, esses elementos ajudarão as equipes a tomar decisões mais estratégicas.
Porém, para que esse resultado seja atingido, é preciso que as pessoas compreendam o cenário, as alternativas disponíveis e o funcionamento do mercado. E isso só será possível com treinamento e desenvolvimento do funcionário. Além disso, essa prática auxilia a reter talentos, aumentar a produtividade e a eficiência do trabalho.
Leia também: o papel da indústria no desenvolvimento do profissional 4.0.
Agora que você já conhece os principais mitos da manutenção industrial, temos uma dica! Descubra como escolher o melhor programa de manutenção para sua empresa em nosso blog. Até mais!