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O Indicador Custo de Suprimentos é um parâmetro valioso para a área de compras. Junto a outras métricas, é capaz de oferecer uma visão sobre balanço de investimento-lucro e ajudar os profissionais a identificarem oportunidades de melhoria no ciclo de aquisição. No setor de transportes, isso é especialmente importante. Afinal, grande parte dos fatores que influenciam na lucratividade estão fora do alcance dos gestores. Oscilações nos preços do combustível, roubo de carga e defasagem da tabela do frete são apenas alguns exemplos.
Dessa forma, os esforços se voltam para os aspectos onde se pode ter algum controle. A área de compras, claro, é uma das protagonistas na busca pela redução de custos no transporte de cargas. Até porque, como lida diariamente com propostas, orçamentos e fornecedores, é natural que assuma uma posição estratégica quando o assunto é economia de recursos.
Neste artigo, você saberá melhor o que é o Indicador Custo de Suprimentos e como ele se relaciona com uma das esferas mais cruciais da manutenção dos veículos: a lubrificação. Acompanhe e conheça os detalhes.
Indicador Custo de Suprimentos: o que é e como se aplica no setor de transportes
Por muito tempo, o saving foi considerado o indicador mais relevante para medir o desempenho da área de compras. Porém, hoje, sabe-se que ele não é o único a ser considerado. Com veículos cada vez mais modernos e rígidas regulamentações chegando ao Brasil, como a Proconve P-8, a opção mais barata já deixou de ser sinônimo de um ótimo negócio.
O Indicador Custo de Suprimentos é simples de entender e de aplicar. Ele faz o comparativo entre o volume total de vendas (de viagens fechadas, no caso do setor de transportes) e o volume de aquisições. Ou seja, mede o percentual de uma venda que é investido na compra de suprimentos. Porém sua grande valia está nos insights que traz após seu resultado ser descoberto.
Imagine, então, que, após realizar essa checagem, o setor de compras percebe que 15% do que é ganho com um cliente é revertido na compra de lubrificantes. Um valor bastante alto que, certamente, está mostrando algum gargalo. Pode ser que a lubrificação proporcionada aos veículos esteja sendo insuficiente para suprir suas necessidades. Também pode haver algum vazamento que esteja fazendo com que mais óleo seja consumido.
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Como você pôde ver, encontrar o valor do Indicador Custo de Suprimentos é fácil, basta dividir o volume de compras pelo total de vendas. O que realmente torna essa métrica valiosa é a análise e as ações que serão implementadas após o resultado em mãos.
Além do Indicador Custo de Suprimentos: conheça outro indicador essencial para o setor de transportes
Não é apenas no setor de transportes que a área de compras tem se tornado cada vez mais estratégica. Em todos os ramos da indústria, está sendo descoberto como aplicar os conceitos e tecnologias da Indústria 4.0 auxilia os compradores a extraírem o melhor das negociações. Com acesso a softwares que facilitam a gestão de compras e que fornecem informações antes impossíveis de serem obtidas, os profissionais, agora, têm em mãos dados concretos para embasar suas decisões de aquisição.
Junto ao Indicador Custo de Suprimentos, o TCO (do inglês, “Total Cost of Ownership” e traduzido como Custo Total de Propriedade) deve ser observado de perto. Como o nome sugere, ele busca evidenciar o valor real de uma aquisição, considerando todos os gastos que podem ser inerentes a ela.
A lubrificação dos veículos de transporte de carga pode nos servir como exemplo. Imagine que os compradores, buscando economia, negociam um lubrificante que não leva em conta uma particularidade importante dos motores a diesel: a acidez do combustível. Por conta disso, a formação de fuligem aumenta e degrada o óleo rapidamente, exigindo a parada do veículo para troca do lubrificante.
Dessa forma, além do preço pago pelo insumo, deve-se levar em conta os gastos que ele ocasionou. Além da própria parada e substituição do produto, é preciso avaliar a necessidade de troca de filtros ou o desgaste de outros sistemas.
O Custo Total de Propriedade é um bom indicador para mostrar como nem sempre o saving deve ser o único parâmetro a ser observado. Ainda no mesmo exemplo, caso os compradores tivessem dado preferência por um lubrificante adequado às necessidades da frota, o valor investido na compra poderia se traduzir em menor consumo de óleo, devido à maior vida útil, e durabilidade dos componentes.
Como o alinhamento entre compras e manutenção pode melhorar o seu Indicador Custo de Suprimentos
Não foram apenas as métricas e tecnologias que chegaram junto à Indústria 4.0. Uma nova forma de enxergar os processos também tem sido fomentada. Antes, as áreas trabalhavam de maneira isolada. Agora, todas precisam ter ciência de que estão envolvidas em um único objetivo e que o trabalho de um departamento pode impactar toda a cadeia.
O setor de transportes, mais uma vez, fornece um bom exemplo. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), a grande maioria dos caminhões em circulação tem mais de 15 anos. E como todo ativo, quanto mais antigo, maiores devem ser os esforços de manutenção. Logo, os insumos adquiridos também precisam ser mais robustos.
É aqui que a parceria entre as áreas de compras e manutenção se mostra imprescindível. Afinal, de um lado temos uma equipe que interage diretamente com o veículo, conhece as necessidades que precisam ser supridas e o que fazer para manter a disponibilidade. Do outro, aqueles que serão os responsáveis por pleitear os insumos corretos ― e com negociações vantajosas ― para manter os cuidados preventivos em dia.
Agora que você já sabe mais sobre o Indicador Custo de Suprimentos e qual sua relação com o setor de transportes, leia também o artigo “Comprador técnico: quais as habilidades desse profissional?”. Aproveite e inscreva-se também no nosso canal exclusivo no Telegram. Lá você recebe em primeira mão todas as nossas dicas e novidades.
